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domingo, 29 de janeiro de 2017

A gênese do filhote de musaranho

A Evolução do musaranho em seis dias que o sétimo não conta.


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Olhando-me no espelho, considerando a ciência evolucionista, decididamente comprovada, sem a menor dúvida, embora restem algumas sobre alguns detalhes, pareceu-me a mim, que sou leigo, mas profundamente interessado, que aconteceu algo assim a um cérebro primitivo a ponto de quase não pensar, recém nascido de um musaranho:
- Preciso de uma boca com dentes e mandíbulas fortes.... E olhando em volta e vendo do que havia, tomou pra si o que de melhor havia e a boca se fez, com um buraco no final que não ia pra lugar nenhum. Ficava ali a comida toda embatucada. Então o cérebro de musaranho primitivo pensou:
- Preciso de uns tubos enrolados para descer toda a comida e um saco onde seja triturada por ácidos...
E assim se fez e olhando em volta e vendo do que havia, tomou pra si o que de melhor havia e era já o terceiro dia, que o primeiro tinha sido o nascer com cérebro vindo de um musaranho. Mas aquilo, a comida, ficava ali remoendo, remoendo, mas não tinha para onde sair. A comida ia se estragar de ficar tão embatucada. E o cérebro de musaranho primitivo pensou:
- Preciso de algo bem intestino, onde a comida escorregue e seja sugada para manter meu organismo ativo, aquecido, operante, pensante...
E olhando em volta e vendo do que havia, tomou pra si o que de melhor havia e assim se fez, com intestinos grosso e magro, de fino trato intestinal, mas mal cheiroso de dar dó a reis, presidentes, ministros, bispos e plebeus, de triste sina. Mas ficava tudo empastelado, criando gases e pressões, que impediam o cérebro de musaranho de pensar. E íamos já para o quinto dia que este foi o quarto e o primeiro foi quando nasceu a cabeça de musaranho, que ora pensou:
- Preciso de um opérculo, uma válvula, um esfincter, pra esta merda toda sair...
E olhando em volta e vendo do que havia, tomou pra si o que de melhor havia e era o quinto dia e assim se fez, mas o cérebro olhou para si mesmo viu, reviu e disse:
- Preciso de ferramentas para arranjar comida e ver melhor do que há de melhor...
E olhando em volta e vendo do que havia, tomou pra si o que de melhor havia e foram um par de pernas para se locomover, um par de braços com mãos para fazer ferramentas, e uma mulher. Fez logo um par de óculos que transformou em lunetas e ia desvendar os segredos do pasto onde se encontrava. E era o sexto dia. Olhou-se no espelho e disse-se a si mesmo:
- Ah!!!.. Como me sinto feliz, como é bom viver... Se Deus ajudar estraga!... Vou tirar o sétimo dia para descansar....

Então, caíram raios do céu, Deus apareceu, tomou conta do pedaço, disse que era dele, maldisse o filho de musaranho, a mulher se revoltou contra ele, os órgãos de vez em quando entupiam, e quando tudo pára regride ao pó de que era feito... No sétimo dia o filhote de musaranho não descansou porque foi um inferno...

Decididamente, precisam fazer espelhos melhores! Ainda somos muito toscos em construir máquinas de materiais inorgânicos, e o que fabricamos de material orgânico segue modelo de uns 4,5 bilhões de anos. Alias, perfeito, eficiente, belo, divino!

Rui Rodrigues

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