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quinta-feira, 8 de março de 2012

Baixo Clero.


Baixo clero.
                  Essa semana os políticos do baixo clero do PMDB ameaçaram colocar o governo nas cordas. Chantagem mesmo! O pior, é que essa chantagem não é só contra o governo, é também  contra as lideranças do partido, que, segundo eles, tem vantagens também, só não as repassa para a base do partido. Ou seja, os caciques do partido estão negociando o voto dos colegas e não estão repassando as vantagens conseguidas. Segundo eles, o PT está tendo vantagem na distribuição de verbas e cargos, o que pode lhes dar vantagens na eleição desse ano. O que tiraria do PMDB o título de partido com o maior número de prefeitos. Para mostrar sua força de persuasão, os senadores do PMDB votaram, para começo de conversa, contra o governo na recondução do Sr Bernardo Figueiredo para a direção da ANTT, ele havia sido indicado pela própria Presidente Dilma. Votar contra ou a favor de qualquer projeto, indicação, ou o que quer que seja, de acordo com sua consciência, é a função de cada parlamentar. A princípio, sou contra o voto negociado pela liderança de cada partido, creio que o certo, é que todas as votações fossem nominais e feitas no plenário. Os partidos devem entrar com a ideologia, ou seja, a regra geral que teria a força de aglutinar os parlamentares filiados a ele.
                 Como no Brasil não temos partidos políticos, e sim vários ajuntamentos de pessoas em torno de siglas sem sentido algum, cada sigla com seu interesse e, dentro delas, cada parlamentar também com seu interesse individual, ao invés do interesse coletivo, vemos essa chantagem. É muito difícil falar em democracia, quando as leis que nos regem são debatidas por alguns deputados e senadores, líderes de bancadas, os caciques de cada partido, e quando os debatem não visam o que o projeto causar de bem ou de mal, simplesmente mandam sua base, ou o baixo clero, votar contra ou a favor, de acordo com seus interesses eleitorais (não ouso dizer que haja outros interesses menores ainda rsrs...). O grande restante, nem sabe que sua função é debater leis, projetos, orçamentos, aplicações dos nossos impostos. Eles acham mesmo que estão lá apenas para representar suas regiões, seus prefeitos, em busca de verbas melhores que seus adversários. Não há escrúpulos, não há ética. É simplesmente assim: vocês congelam as verbas que nos prometeram e nos votamos contra. Não queremos nem saber quais as conseqüências das leis que criamos ou reprovamos. Se não nos dão as verbas, criamos dificuldades para vocês. É um jogo sujo, em que às vezes o governo é refém noutra é chantageador. Promete verbas, consegue votos, depois congela as verbas, e vai negociando a conta gotas, com o baixo clero. Os caciques, bem, esses nada têm contingenciados, pois, como líderes, são influentes. Não existe lealdade, promessas de lealdade são feitas em troca de favores e são descumpridas de acordo com o lado para o qual o vento toca. Quem oferece mais, leva a “lealdade” momentânea.
                   Não melhoraremos nosso país enquanto não tivermos leis boas. Não teremos leis boas enquanto não tivermos bons legisladores. Não teremos bons legisladores, enquanto votarmos em troca dessas verbas, desses favores. Só melhoraremos a qualidade do poder legislativo, o mais importante da República quando votarmos como cidadãos preocupados com o país todo e não com nosso estado, nosso município, nosso bairro.
Um abraço, Paulo César Pacheco.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Butecologia!


Butecologia!!

                   Quando ouvi a música “Eguinha Pocotó” achei que seria o fundo do poço, que nada poderia aparecer pior do que aquilo. Realmente, acho que não surgiu nada pior nesses poucos anos, mas, na mesma condição, apareceram muitas, não tem como dizer qual é pior. Surgiu um funk, há alguns anos em que uma moça – Tati Quebra Barraco – dizia que a marca de fogões Dako era boa, teve outra moça dizendo que a b... é dela e por isso faz com ela o que quiser. Alguns axés, alguns sertanejos imbecis – o pior é que os caras dizem que é universitário. Tem ainda a Banda Calipso com a Joelma e sua voz horrível. Teve aquela do Crosfox, tem o Luma Santana, tem um tal de Gustavo Lima, com o seu “tche, tcrererê, teche, tchê...”. Tem os grupos de pagode, Vocês se lembram de uma música de pagode, em que o cara, feio prá caramba, dizia “Vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo...”. Quase me esqueço do Michel Telô e sua ofensa à música brasileira.
               Pois bem, hoje ouvi uma que, sem dúvidas, é do mesmo nível da “Éguinha Pocotó”, se bem que acho que, nesse nível, estão todas. Essa de hoje, é de uma dupla, chamada João Carreiro e Capataz e a música é a “BUTECOLOGIA”. Não vou descrevê-la, achei-a uma ofensa. Peço aos amigos que a procurem e ouçam. Depois comentem aqui.
              Tenho dito e escrito aqui, que nossas chances de fazer desse lamaçal de sociedade em que vivemos, num país decente, são cada vez menores. Ouvindo um lixo desses, dá vontade de desistir.

Um abraço, Paulo César Pacheco, 02/03/12.