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terça-feira, 29 de abril de 2014

Warning... Boycot to the 2014’s world cup – Brazil!

Warning... Boycot to the 2014’s world cup – Brazil!



Buses are being burned out through of the streets.  Police and narcotraffic forces are fighting everywhere. Underway stations and wagons are not enough to transport all  people and timing is not a priority. If you come to the world cup, you will be in a wild country. Your life is not guaranteed. A lot of people dies because of “losted bullets”, what means that you died and never the murder will be find or punished. The Brazilian government is lead by a woman, terrorist in the early past of 60's , who got the power through Lula’s indication. To her, the power is more important that the people. Whatever is needed to keep the power, she will do what she wants don’t matter what or how or even when. Better Brazilian’s way of life, or better education, is a lie. Keep in touch  with the international media.




₢ Rui Rodrigues 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Notícias dos Fronts.

Notícias dos Fronts.

1.    Vietnam e a maconha.



Entre as notícias lidas nos jornais, nas revistas ou assistidas em jornais da mídia televisiva, não há diferença sensível da realidade informada por quem esteve na guerra do Vietnam e com quem tive contato. Um deles era filho do embaixador americano no Rio de Janeiro, por volta de 1969, outro foi um grande amigo meu, engenheiro, já falecido, o John Tankersley, com quem trabalhei em várias empresas e projetos, e alguns amigos de projetos em que participei na Bechtel e na Morrison Knudsen. Não vem isto a propósito de vôos em helicópteros atacados em dia de domingo quando lançavam panfletos, nem de construção de pontes sob ataque, nem de bombas de napalm ou de fósforo, nem uma referência às M-16. Vem a propósito da maconha. 

Num ambiente de guerra como aquele, e quem assistiu ao filme MASH pode ter uma idéia dos absurdos, fumar maconha era uma “obrigação” para se manter mentalmente são e aliviar a “barra pesada”. Todos os exércitos são assim. Ou é vinho, ou cerveja, ou maconha ou outras drogas e tudo junto. Guerra é uma situação anormal para ser vivida anormalmente. Mandamos nossos filhos mentalmente saudáveis para a guerra e os recebemos viciados, paranóicos, heróis sem futuro, guerras sem motivo, coisa de loucos, vaidosos, ambiciosos, que as declaram. Mas nem o capelão, lá no Vietnam, desprezava uma bagana da erva.

2.    Eu, Luiza e o francês.



Juramos juras de amor. Numa noite em que fomos roubar fruta, carro cheio, Luíza (chamemos-lhe assim) no meu colo, fizemos de tudo o que podíamos sem que os demais notassem até ela atingir o orgasmo, as pernas tremendo de prazer. Nunca entendi muito bem porque razão o perigo contribui para o aumento do prazer, mas é assim mesmo. De certa forma a adrenalina deve ser uma potencializadora do prazer.  Aconteceu ali pelos lados do castelo de Sesimbra há já muitos anos. Foi a primeira vez que percebi o que é o “amor”, e suas diferenças em relação ao “desejo” e à “vontade”. Primeiro pensei que havia sido pelo meu “abuso” em lhe dar prazer, mas logo abandonei essa hipótese, por uma razão muito simples que havia sido a sua conivência, participação e incentivo, seguido de gozo (havíamos nos conhecido dois dias antes).
Depois pensei que seria por minha situação de dependente financeiro de minha família (eu tinha apenas 15 anos) e ao podia pagar um hotel naquelas férias, nem nos aceitariam por sermos menores de idade, e não tinha onde levá-la para ambiente mais indicado do que aqueles onde a juventude costumava ficar mais á vontade: Ou entre os arbustos do campo, ou nas areias da praia à noite, mas em breve saberia que não foi por isso também que no dia seguinte logo após o almoço, ela subiu na garupa de uma lambreta de um francês que a convidou ali mesmo, perto de mim. Vi-os sumir pela estrada até desaparecerem de vista. Ela era linda, sem dúvida. Soube-o quando eu, chorando o amor perdido de forma tão estúpida, fui confortado pelo pai de dois amigos meus que a conheciam. Eu estava chorando no balaústre de um miradouro sobre o mar, sozinho, quando ele e a esposa passaram. Engoli as lágrimas de repente, sorri o melhor que podia, mas eles viram e me perguntaram. Pela intimidade – nos havíamos conhecido nos corredores do Liceu quando eu como chefe de turma defendi o filho por ter levado um tapa de um padre que nos instruía na cadeira de Religião e Moral - contei-lhes a verdade. Perguntaram-me o nome da moça. E eu disse. Então me disseram que eu não deveria chorar. Ela era assim mesmo, e minha história não era única. Disseram, e ainda me lembro muito bem, que não valia a pena chorar por uma menina como aquela porque eu valia muito mais do que ela.


Mesmo assim ainda continuei frequentado o Chinês (creio que existe até hoje), onde o meu grupo costumava tomar umas cervejas, mas nunca mais passou por lá até o final das férias. Percebi também que o amor é uma coisa muito simples. É familiar. O resto é desejo, vontade. Espero que ela tenha sido muito feliz e que continue sendo. O iludido era eu e chorar por mulher, jamais voltaria a acontecer. Não que não valha a pena chorar por elas quando sentimos a dor de uma perda dessa natureza, mas porque simplesmente temos que entender e respeitar a vontade dos outros e das outras. Tudo dura enquanto dura, e quando acaba... Termina.   

3.    As tralhas, o Betamax, a Super-8 e o Projetor.
Juntamos tralhas a vida inteira: Brinquedos de criança, fotos, cartas, e uma parafernália de bugigangas à espera de um uso tardio ou que alguém se interesse por nossos bric-a-braques. Mães sempre guardam o vestido de noiva para a filha, mas pais não guardam os ternos para os filhos, e se perguntarem a razão, tenho que chamar por Freud para ajudar. Talvez ele dissesse que nenhum pai incentiva o filho a casar e por isso não lhe guarda os ternos, com a alternativa de que os pais têm a certeza de que quando casarem a moda já terá passado e nem adianta reformar o terno. Talvez até Freud tivesse outra explicação: Se o filho quer casar, que compre seu próprio terno quando estiver bem de vida e possa casar, porque papai não incentiva uma coisa dessas. Mas então lançaram o Betamax. Enfiava-se um “cassete” grosso no meio, e na TV se assistia a filmes pré-gravados. Comprei o meu novinho em folha em Barranquilla, como sempre acompanhado de uma fita de instalação. A imagem era deslumbrante e uma voz dizia: Itz ei Beramax, itz ei a sôni! (It’s a Betamax, it's a Sony)... Dois anos depois virou tralha. Tinha sido suplantado por um outro tipo de equipamento similar e deixou de ser fabricado. Guardei-o enquanto havia fitas cassete de férias para ver. Depois foi para o lixo porque ninguém queria um Betamax. 


A câmara de Super-8 e o projetor que tanta alegria me tinham dado, e estavam com o fim anunciado pela mídia, foram parar nas mãos de um amigo meu. Chamei-o no escritório, o Rafael Borda, e disse-lhe: -Te dou um presente que não vale nada por 2000 pesos. Isso eram mais ou menos 60 dólares. Topou e me perguntou se eu não ficaria no prejuízo. Claro que não. Eu não queria era jogar no lixo. Outros que os jogassem. Minha ultima declaração de amor a equipamento que dera tão boas alegrias á família.

Não guardo mais tralhas, e aprendi a viajar com uma mochila  para qualquer lugar do mundo. Cabe tudo o necessário para passar pelo menos uns 15 dias limpo, lavado, cheiroso, barbeado, arrumado. Tralhas só ocupam lugar, atrapalham-nos a vida, e não servem para nada. Casa “clean” sem muitos móveis, de modo geral só o necessário, dão menos trabalho.

Um dia conto outras notícias de vários "fronts".

® Rui Rodrigues   


segunda-feira, 21 de abril de 2014

O que podemos mudar no mundo para ser mais justo?

O que podemos mudar no mundo para ser mais justo?

A humanidade busca um mundo melhor, assim se entendendo como um mundo mais justo. Vimos tentando isto há milhões de anos. Primeiro pensávamos que ensinávamos muito bem a nossos filhos e que eles se desviavam do bom comportamento porque não nos “ouviam”, embora só raramente fossem surdos.  Por isso lhes batíamos. Agora já entendemos que não adianta bater neles, e que, pelo contrário, o efeito desejado é exatamente o contrário como se tem comprovado. Mudar a essência de cada um de nós é bastante difícil, porque nosso tempo e nossa dedicação aos filhos são precários: O trabalho do dia a dia nos assoberba e nos exige quase toda a atenção que lhes possamos dedicar. Nossos filhos passam mais tempo com “estranhos” do que em família desde que passam a freqüentar a primeira aula do primeiro ano do primeiro colégio. A influência do meio é sempre maior e mais diversa. E uma grande verdade é que a humanidade se rege pelo coletivo e muito raramente por um indivíduo. Neste caso, temos sempre uma figura de um “populista” que, se guindado ao poder, se transformará num ditador. Está no perfil humano: Ninguém gosta de perder o que já conseguiu, e quanto mais se tem mais se quer, com temor de se perder substancial parte do que se tem num mau passo, ou num imprevisto do que chamamos política, economia, ou negócio. Então vamos desistir de um mundo melhor? Não! Vamos, pelo contrário, avaliar em poucas linhas, que caminhos poderíamos trilhar para obtermos um mundo duradouramente mais justo.

À primeira vista há vários caminhos que aparentemente nos levariam até ele. Vejamos quais e que probabilidades têm de êxito.

1.      Um mundo governado por mulheres.

Criou-se um mito de que homens são diferentes de mulheres. Não é propriamente um mito, os homens são fisicamente diferentes das mulheres, mas o meio que rodeia homens é o mesmo que rodeia as mulheres. A inteligência para se adaptar e sobreviver nele é idêntica a ambos os sexos. As reações são similares. Quando os homens saíram para os campos de batalha nas duas grandes guerras mundiais, faltaram nas cidades para efetuar o serviço pesado que não poderia ser realizado por idosos e crianças. As mulheres enfrentaram o batente com todo o mérito. Algumas ferramentas foram adaptadas para elas, é certo, mas o trabalho foi realizado. O patriarcado está sendo abolido exatamente pela evolução de um conceito mais do que justo: A igualdade dos sexos. É lamentável que a humanidade não tenha enfrentado a necessidade da igualdade há muitos séculos atrás, mesmo durante o começo da humanidade, mas por aqueles tempos, a inteligência era pouca, a evolução muito lenta, a força predominava, e quem a tinha era o homem. Os livros a que chamamos de sagrados expressam isto exatamente. É hora de adaptar os livros “sagrados” escritos por inspiração divina e se conseguirmos enxergar que Deus não poderia ter sido tão injusto. Ou falhamos na inspiração divina ou nosso Deus não é tão justo assim. Precisamos urgentemente decidir entre estas duas hipóteses urgentemente para que não continuemos caminhando no mesmo erro a estrada da evolução humana. Chegaremos mal e atrasados ao destino justo.

Homens e mulheres podem hoje avaliar em conjunto – porque passam pelas mesmas alegrias, situações e percalços, com a mesma intensidade - as dificuldades na política, na economia, em todas as manifestações humanas. As dificuldades são as mesmas. Homens ou mulheres no poder têm que enfrentar os mesmos problemas, e de tão iguais – somos todos humanos, da mesma espécie - não haverá mudanças substanciais neste mundo a caminho da justiça geral e irrestrita. Todas as qualidades e defeitos são comuns de gênero. Ambição, por exemplo, como dizer que mulheres não são ambiciosas de poder? Que não querem riqueza seja de bens ou de favores? Que não trairão ou trairão menos? Que usarão menos das forças disponíveis?

Nada mudará de essencial com as mulheres no poder.

2.      A volta de um sistema de governo comunista




Certamente que o medo do comunismo freou um pouco a ambição do capitalismo. Os sindicatos se desenvolveram á sombra do medo da ambição do capitalismo e da ditadura do comunismo: Os sindicalistas sabiam que a ambição do capitalismo lhe diminuía os salários, mas tinham trabalho embora não suficientes para as suas necessidades. Sabiam também que no comunismo nem poderiam reclamar ou fazer greves. Foram-se sustentando fortes até que um por um dos países que se diziam comunistas começaram a falir. O comunismo precisa de dinheiro, e o dinheiro somente se consegue no capitalismo. Por isso, Cuba e a Coréia do Norte, os dois únicos países comunistas que ainda restam, dependem da ajuda de terceiros países. Estas perdas do comunismo enfraqueceram os sindicatos, o capitalismo ambicioso recrudesceu á sombra do socialismo, um meio caminho paralelo entre o comunismo e o capitalismo, um meio termo. Mas quem resiste ao dinheiro, á compra de uma casa, de automóvel, de umas férias na Europa, EUA ou no Caribe, ou em qualquer lugar? Nem comunistas, nem socialistas e muito menos os capitalistas. No capitalismo troca-se qualquer coisa por dinheiro, inclusive influência e favores. No comunismo trocam-se as mesmas coisas sob o controle do estado. No socialismo troca-se tudo por qualquer coisa com a permissão do estado. No socialismo e no capitalismo, troca-se tudo o que se produz interna e externamente. No comunismo troca-se o quase nada que se produz internamente depois que os melhores e mais importantes produtos foram exportados. A balança comercial nunca fecha positivamente porque falta estímulo à produção e ao trabalho.

A volta do comunismo poderia diminuir um pouco da ambição capitalista, mas não mudaria nada. Já foi tentado e deu errado em menos de um século [1]. Foi um sistema político de curtíssima duração. Divide o nada entre toda a população e precisa de capital de ajuda externo. Não é solução. É mais um problema. Além do mais, somente com um governo ditatorial o comunismo consegue sobreviver por um tempo razoável em qualquer república: O que um ser humano dá de livre vontade não é suficiente para manter um programa comunista como, por exemplo, casa para todos os cidadãos. Nem todos os cidadãos de uma nação doando. É preciso que seja obrigado a doar para que o montante necessário seja levantado para o programa, e mesmo assim, depende da economia dessa nação. O mesmo se aplica a manter respirando uma nação com grande índice de pobreza. Mas à força, a ditadura não subsiste por muito tempo.


3.      Socializar o planeta.

O socialismo é um sistema de governo representativo como outro qualquer, a meio caminho entre o comunismo e o capitalismo. Para cumprir com metas sociais baseadas na doação de insumos e concessões às classes menos privilegiadas, usando dinheiros públicos, é necessário que o partido no poder entre em acordo com os demais partidos e a classe produtiva da nação, os capitalistas, para poder doar sem reclamações que levem o povo para as ruas, e que evite a fuga de capitais. Quanto mais abrangente for o governo, mais aumenta a necessidade de verbas para cumprir as metas e diminuem as aplicações em obras públicas. As concessões são uma porta aberta para a corrupção. Quanto mais ambicioso os planos gerais de socialização, maiores os gastos nos planos e maior o rombo na balança comercial, no equilíbrio financeiro, maior o desvario no equilíbrio entre a aplicação de recursos nas necessidades básicas de investimento e os planos sociais. Seria necessária uma fonte de fabricar dinheiro – sem gerar inflação – para manter o equilíbrio econômico. Os países com governos socialistas na grave crise econômica de 2008 estão em más condições, com exceção da Alemanha ainda: Não conseguem manter os planos de investimento produtivos, de infra-estrutura e sociais em mesmo nível e aumenta a corrupção. Não há dinheiro suficiente para manter os “padrões”. A Alemanha é como um “Tio Patinhas” Irlandês, altamente produtivo, inventivo, com uma população dentro dos limites permitidos pelo bom senso de forma a que as classes trabalhadora e improdutiva estejam equilibradas a ponto de não gerar pobreza. O povo alemão economiza e sabe aplicar, sua educação é estrita, gerando determinação e responsabilidade. O povo alemão sempre foi assim, e a pesar do alto nível de vida não se vêm praticando turismo com gastos exagerados nos locais de veraneio. Não fazem alarde, como por exemplo, os brasileiros esbanjando e alardeando dólares em Miami, portugueses nos bons tempos em praias do Caribe, japoneses pelo mundo todo nos tempos de ouro do pós-guerra até pouco antes da crise de 2008. Quem viaja agora pelo mundo todo continuam sendo americanos e nórdicos, russos e chineses [2]. Cubanos e norte-coreanos sempre foram impedidos de sair do país desde que lhes foi imposto o regime comunista.
Ainda que com mulheres no governo, o socialismo não tem apresentado resultados convincentes e práticos de ser o caminho certo para um mundo - ou nação - mais justo.  Não, de forma suportável. É um sistema altamente instável sob qualquer ponto de vista, principalmente econômico pelas razões já expostas.

4.      Dar mais poder ao Estado








É tempo perdido, dinheiro jogado fora. Num sistema com alto poder do Estado, os políticos acabam por fundar uma oligarquia de poder e se transformam numa ditadura. Ditaduras sempre foram derrubadas, os ditadores têm tempo pré-determinado no poder até que sejam depostos e suas estátuas derrubadas. Basta ler os livros de História de qualquer nação.

5.      Dar mais liberdade ao “neoliberalismo”






É tempo perdido, dinheiro jogado fora. A ambição e a ganância humanas, se não controladas, empobrecem as populações na competição na redução de custos e aumento de lucros. A arrecadação de impostos se dirige exclusivamente para a produção decaindo os investimentos no setor social.


6.      Adotar a democracia participativa.



Há muitas formas de “democracia participativa”, a maioria esmagadora sendo não democrática, porque colocam entre o povo e o “governo”, ou mesmo no governo, intermediários que mantêm certos poderes e acabam por encaminhar ou conduzir os cidadãos, acabando finalmente numa ditadura. Só há uma Democracia Participativa, real verdadeira [3].

Uma democracia sem intermediários em que tudo é votado pelos cidadãos através de rede social fiscalizada pelos próprios cidadãos, de forma absolutamente transparente, e na qual os “políticos” são meros servidores públicos sem qualquer tipo de poder. Fazem apenas cumprir as leis aprovadas pelos cidadãos. O “presidente” expressa a voz da maioria dos cidadãos e não tem poder de declarar guerra, não decide por si só. Os votos podem ser retirados on-line, pode perder o cargo em menos de 24 horas, assim como qualquer eleito para cargo público. Não há imunidade política para nenhum cidadão. A distribuição de verbas recolhidas de impostos é feita de acordo com as votações populares. Para maiores detalhes, verificar em http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/
Neste sistema de governo, não importa se os “políticos” são homens ou mulheres, nem qual a “filosofia” política. São homens e mulheres quem vota nos projetos de governo segundo sua própria solicitação para que sejam votados.

É impossível a compra de votos ou votos de cabresto. A Constituição é aprovada pelos cidadãos mediante votação item por item.

7.      Resumo

Todos os regimes políticos que a humanidade teve a oportunidade de conhecer e pôr em prática faliram exceto os que reconhecidamente se entendem como democráticos, embora não o sejam realmente: Há sempre interesses em jogo, nem sempre em prol da população ou de sua maioria, muitos acordos escusos pelos corredores, e muitos políticos ambiciosos estão no poder. Neles se pode declarar guerra e explicar-se depois. As verbas são distribuídas de tal forma que não provocam revoltas em populações que sabem que podiam ser mais bem distribuídas, mas cujas deficiências não são tão graves que levem a uma sublevação. Quando a ambição ou vaidade se sobrepõe aos interesses nacionais, e quase sempre em nome desses interesses, surgem as ditaduras. Normalmente, de quatro em quatro ou de cinco em cinco anos, os políticos eleitos são tão protegidos que é extremamente difícil retirá-los do poder. Nesse ínterim desempenham seu trabalho para os partidos e votam normalmente mesmo sob pressão da oposição.

São governos Representativos, que representam não necessariamente os cidadãos em todos os seus atos.

A Democracia Participativa é o governo do povo, pelo povo e para o povo obedecendo a vontade da maioria. Dizem que para isso é necessário ter bom nível de instrução ou que o País não pode ter muita extensão territorial nem população muito numerosa. Não é verdade. Quem não entende do assunto se sentirá “inadequado” a votar. Cada cidadão vota no que entende ou nos servidores públicos que mais lhe agradam para fazer cumprir as leis que os próprios cidadãos pediram para ser votadas e que tenham sido aprovadas, quer a nível nacional, quer a nível estadual.

O mundo da "representatividade" já está velho, decrépito, por demais conhecido e desmascarado. 

® Rui Rodrigues



[1] A revolução proletária de 1917 pôs fim ao Império Russo e estabeleceu o comunismo como sistema de governo. Quase cem países se lhe seguiram incluindo a China. Estamos em 2014 e só persistem dois países comunistas: Cuba e Coréia do Norte, falidos, tal como todos os demais antes de o deixaram de ser. Passaram-se 97 curtíssimos anos de existência deste "novo" sistema de governo que "imporia a justiça social no mundo inteiro". Fracasso total.  Foi o mais curto período de existência de um sistema político de que se tem notícia

Um corpo humano dissecado



Aqui, pelo Bar do Chopp Grátis, passa todo tipo de indivíduos, sem exceção. Certo dia de Outono passou por     aqui uma mulher atraente, acompanhada de um sujeito franzino, cuja beleza contrastava com a dela. Ele era realmente feio. Ambos bem vestidos eram igualmente inteligentes. Sua conversa chamou a atenção da clientela, e os sons do tinir de copos e pratos e a vozearia foram diminuindo a tal ponto que em qualquer recanto do imenso bar se podiam ouvir suas vozes embora falassem em tom razoável. Todos escutaram o que disseram, e como concordavam entre si, não importa qual deles teria sido o “dono” das palavras e frases. Eis o resumo do que disseram, uma nova visão do que, para eles, é um ser humano.

Concluíram que, mais cálcio, menos cálcio, mais comprimento menos comprimento, todos os ossos humanos eram iguais, a tal ponto que, na ausência de um exame de DNA qualquer osso humano é inconfundível e tem apenas uma classificação de origem: São ossos humanos! Concluíram o mesmo para a carne: Com maior ou menor graus de gordura e de alguns elementos químicos, toda a carne deles é indistinguível uma da outra: É carne humana. E assim também para as vísceras e o sangue. Concluíram que os seres humanos se distinguem uns dos outros apenas pela aparência externa da pele, do cabelo, pelos adereços e roupa, pela cor dos olhos e pelas impressões digitais. Dissecaram o que era um corpo humano em sua materialidade: Uma humanidade de irmãos indistinguíveis em sua essência material, a não ser pela primeira linha de diferenciação aparente que é a cor dos olhos, dos cabelos e da pele, além das impressões digitais e pela segunda linha, ainda mais material, dos adereços e roupas. Diferenciação aparente, porque todos as peles são praticamente iguais química e fisicamente, assim como os cabelos e os olhos. No fundo, e sob todos os aspectos, a materialidade é idêntica. Não fosse o que “vemos” e “entendemos”, todos seriamos rigorosamente iguais, unidades autônomas constituídas essencialmente de carbono.



(Todos esperaram pela dissecação da “alma”, do espírito ou do “eu” próprios de cada um. A curiosidade era muito grande. Todos pediram mais bebidas, mais salgadinhos. Naquele bar o chopp era e sempre foi grátis, mas os salgadinhos carregavam em si o preço dos chopps ainda mais salgado.).

Para eles, a alma, o espírito ou o “eu” de cada um, era como um outro corpo com ossos, carne, órgãos e pele, todos de diferente constituição entre si, porém todos também iguais na essência, tal como aconteceu com a dissecação da parte material do corpo humano.

Os “ossos” desta parte “imaterial” do complemento do corpo humano são a “inteligência” intrínseca que se revela logo ao nascer: os corações sabem como bater e em que ritmo, os pulmões funcionam normalmente, os braços, pernas e cabeças se movem de igual forma para todos os recém-nascidos. É algo que corresponde ás funções do “bulbo raquidiano” e sistema reptiliano [1], de comando inacessível a qualquer ser humano e que regula as funções vitais: Ninguém pode comandar seu coração para que pare repentinamente, ou que seu estômago ou o fígado parem de funcionar. A carne é a realidade do mundo observável, a influência do meio, que varia de indivíduo para indivíduo.No entanto, para todos é essencialmente idêntico, porque o mundo observável se mostra a todos de igual forma. Todos vêem o mesmo mundo embora possam viver sob influências ou realidades diferentes, como quem nasce em “berço de ouro” ou quem nasce numa favela, mas todos vêem os dois lados. Se tentarem ignorar algum deles é por sua própria determinação, por omissão, condescendência ou determinação.  Isto corresponde ao neocortéx cerebral [2], onde reside a consciência da razão. A emoção, para eles, está nos órgãos vitais deste “segundo corpo” imaterial e corresponde ao nosso sistema límbico [3], voltado para as emoções, as artes, a sensibilidade.

Para eles, em sua dissecação do corpo humano, sendo um material e outro imaterial, mas de formação “semelhante”, no imaterial cada “órgão” tem sua função. Neste, os olhos servem apenas e exclusivamente para sentir, conjuntamente com os “ouvidos”, e a boca expressa o resultado de todo o envolvimento de todos os órgãos: É uma capa como a pele, a primeira linha de identificação de cada corpo humano, aquilo que aparece e transcende para os outros seres da mesma espécie. Um outro animal de outra espécie, não percebe as diferenças entre os seres humanos, porque não os julga pelas “capas” de pele material ou de “pele” imaterial, a alma, o espírito, o “eu” de cada um.

Ao avaliarmo-nos uns aos outros, é sempre por estas capas de pele material e imaterial, jamais pela totalidade do indivíduo, o que ele realmente é. Não seria nenhuma heresia, á verdade, dizermos que vivemos num mundo irreal, exatamente por que julgamos o que vemos e não temos meios de ver tudo de forma completa e total, sem capas, por debaixo da pele física, da pele moral, ética, sensível, da imaterialidade. O que vemos, não é a realidade. Temos plena consciência disso, mas teimamos em julgar pelas aparências, pelo que vemos com nossos deficientes sentidos. E certamente nunca nos entendemos a menos que sejamos tão parecidos em todos os fatores que constituem a nossa imaterialidade, ou que estejamos dispostos, por convicção ou conveniência, a concordar com terceiros.



Sigmund Freud foi muito claro em sua tese ao descrever o funcionamento do cérebro humano, seus problemas, seus desajustes. O casal do bar que foi ouvido atentamente pelos demais fregueses não foi tão claro, mas as semelhanças de nossa imaterialidade com a constituição de nosso corpo humano nos dão razões para, pelo menos, meditarmos sobre o que de nós é “construído” para efeitos de vida em sociedade e o que realmente somos. O que gostaríamos de fazer e não fazemos, para atender as leis de convivência das sociedades, e o que mudaríamos para que as sociedades pudessem viver mais em paz e tranqüilidade sem que essa paz e essa tranqüilidade fossem apenas uma obrigação vital para o convívio. Ao ser apenas uma obrigação vital, e não uma enraizada opção de consciência, damos a oportunidade a que, por acharmos que podemos prevalecer nossas opiniões, deflagremos a guerra e a violência. Grandes filósofos como Zaratustra, Moisés, Jesus, Buda e outros, que passaram por este mundo entenderam perfeitamente estes mistérios do comportamento humano, baseado nas influências do meio externo modificando o “eu” próprio de cada um ao longo dos anos, e nossa adaptação às leis de convívio e dos padrões de comportamento estabelecidos pelas sociedades nas quais nos inserimos.



A nossa ilusão e o nosso alheamento do mundo real, aquele que não podemos ver por nossa própria deficiência, é como uma química tão peculiar à que nos faz ter prazer no sexo, na comida, nos cheiros, nas paisagens que nos passam pelos olhos, onde o bom e o mau se confundem segundo quem os observa e analisa, a tal ponto que a chuva pode ser tão boa para os agricultores (ou tão ruim se for em demasia), quanto poder ser tão ruim para veraneantes.

Há um longo caminho, um caminho realmente muito longo para a total compreensão do que é realmente um ser humano. Ficaremos admirados no futuro ao constatarmos que nenhum controle poderá controlá-los, por que seu poder de camuflagem é realmente importante para a sua própria sobrevivência. É por isso que sistemas políticos demasiadamente controladores da mente humana sempre foram vencidos pelas massas ou por parte delas. A humanidade e as sociedades não podem ser controladas por longos períodos de tempo. Sua revolta contra o controle está na essência de sua constituição, deflagrada em função de sua capacidade de suportar o insuportável, na medida em que, sob certas condições, se dá a vida pela liberdade, porque sem liberdade não vale a pena viver. O PT e sua base aliada, e as ditaduras de veludo atuais na Venezuela, Uruguai, Cuba, Bolívia e Argentina, não perceberam isto. Cuba está começando a perceber. 

® Rui Rodrigues





[1] Bulbo raquidiano, bolbo raquidiano, medulla oblongata, medula oblonga, ou simplesmente bulbo é a porção inferior do tronco encefálico, juntamente com outros órgãos como o mesencéfalo e a ponte, que estabelece comunicação entre o cérebro e a medula espinhal. A forma do bulbo lembra um cone cortado, no qual a substância branca é externa e a cinzenta interna. É um órgão condutor de impulsos nervosos.Relaciona-se também com funções vitais como a respiração, os batimentos do coração e a pressão arterial, e com alguns tipos de reflexos como mastigação, movimentos peristálticos, fala, piscar de olhos, secreção lacrimal e vômito (mais específico da área postrema). Por isso uma pancada nessa área ou a sua compressão por parte do cerebelo, que se encontra posteriormente, pode causar morte instantânea, paralisando os movimentos respiratórios e cardíacos. (Ver em (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bulbo_raquidiano )

[2] Neocórtex, "novo córtex" ou o "córtex mais recente" é a denominação que recebem todas as áreas mais desenvolvidas do córtex. Recebe este nome pois no processo evolutivo é a região do cérebro mais recentemente derivada. Essas áreas constituem a "capa" neural que recobre os lóbulos pré-frontais e, em especial, os lobos frontais dos mamíferos. É a porção anatomicamente mais complexa do córtex. Separa-se do córtex olfativo por meio de um sulco denominado fissura rinal. Possui diversas camadas celulares e diversas áreas envolvidas com as atividades motoras, intimamente envolvidas com o controle dos movimentos voluntários, e funções sensoriais.(ver em http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoc%C3%B3rtex )
[3] Na superfície medial do cérebro dos mamíferos, o sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais. É uma região constituída de neurônios, células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico.
Originou-se a partir da emergência dos mamíferos mais antigos. Através do sistema nervoso autônomo, ele comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na regulamentação metabólica de todo o organismo (ver emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_l%C3%ADmbico ).

domingo, 13 de abril de 2014

Desvendado o caso do vôo Malaysia MH-370

Desvendado o caso do vôo Malaysia MH-370


“Ziru-Ziru-Eit” [1] é um agente triplo que trabalhou para o M-16 britânico, a CIA americana e a  Bu Guojia Anquan (ou Guoanbu) da China (中华人民共和国国家安全部中華人民共和國國家安全部). Cidadão nascido no território especial chinês de Macau, nos tempos do mandato português, quando se aposentou pegou em suas tralhas e veio para o Brasil. Ficou esquecido até que foi requisitado pela CIA por três motivos: Sua experiência, seus olhos puxados e a cor amarelada de sua pele que facilitavam sua penetração em países orientais e o previsto desaparecimento de um avião comercial em circunstâncias muito estranhas: O vôo MH-370 da Malaysia Air Lines.

  1. Espião de olhos amendoados interrompe coito – 28 de fevereiro 2014
Ziru-Ziru-Eit, ou melhor, Ziruziru, é um espião mais de origem britânica por força do trabalho (viveu muito tempo em Hong-Kong) do que portuguesa (nasceu em Macau), estava transando com uma chilena gostosa que conhecera em Búzios, quando o seu celular – cedido pela CIA caso viesse a ser necessário - tocou. Gritou um “puta que o paliu” sonoro, desmontou da chilena e foi atender enquanto a moça de coito interrompido acabava o processo de prazer manualmente, gritando extasiada: - No te pares... Hijoeputa... Hijoeputa...
Escutou atentamente o que lhe diziam do outro lado da linha. Ia aquiescendo com a cabeça como se tivesse alguém a seu lado atento e precisasse demonstrar-lhe sua aquiescência. Tinha uma memória sensacional como todo e qualquer espião digno do nome, de forma que nem precisou anotar nada do que lhe diziam. Terminada a ligação, dirigiu-se ao banheiro, lavou o saco no bidê, apanhou a sua mochila-kit – tinha várias todas sempre prontas para viajar – vestiu uma roupa leve e saiu batendo a porta depois de gritar para a moça quase desmaiada sobre a cama: - Eu te ligo logo que puder. É uma emergência.

Antes de bater a porta tirou um pequeno aviãozinho de papel de um compartimento externo da mochila – um origami - atirou-o na direção da cama onde estava a moça e saiu definitivamente. Cada mochila tinha um aviãozinho de cortesia sempre preparado para as suas saídas às pressas, um velho hábito de cortesia. A moça pegou o aviãozinho, viu que tinha um texto escrito e leu:
- Tive que sair às pressas. Voltarei em breve para você. Aguarde-me e me desculpe sempre que pensar em mim até minha volta.


  1. Algures na fronteira do Irã com a Ossétia do Sul – 01 de março de 2014
Noite escura e fria em céu enevoado que escondia a Lua. Primeiro desceu do céu, numa clareira da floresta, um helicóptero russo. Menos de dois minutos depois desceu e pousou um iraniano. De cada um dos dois helicópteros desceu apenas um homem que se dirigiram um em direção ao outro. Apertaram-se as mãos. Um raio de Lua que conseguiu furar o bloqueio de nuvens iluminou por segundos os dois homens: Dmitri Medvedev e Mahmoud Hahmadinejad. Era um encontro  sigiloso, importantíssimo. Ninguém sabia do encontro nem mesmo os pilotos, de total confiança dos serviços secretos das duas nações. A partir de certo ponto ainda dentro das respectivas fronteiras os dois helicópteros tinham sido dirigidos automaticamente através de GPS.  Essa era uma das funções dos satélites  estáticos russos. Mas lá em cima não havia apenas satélites russos. Muitos deles eram americanos. Pelo menos um era e estava assestado para aquela clareira.
Após uma conversa que não demorou mais do que dez minutos os dois se despediram e os helicópteros alçaram vôo retornando a seus territórios.
- Ai!... Cruz credo...De quem é este cachorro? – perguntou Medvedev, o corpo todo retesado, levantando o joelho esquerdo para cima do direito sobre o assento e levando as mãos para junto ao peito num gesto de nítida repulsa.
- Não é meu, disse o piloto. – pensei que fosse de Vossa Excelência, disse o segurança. 
Chegaram à conclusão de que o cachorro deveria ser selvagem daquela região, e entrara no helicóptero enquanto aguardavam o Hahmadinejad. Não viram problema nisso e resolveram largá-lo em Moscou quando chegassem lá.
Em menos de um minuto o Coronel Rinty (o cachorro era treinado pelo exército americano para cativar desconhecidos e tinha aparelhos eletrônicos de escuta e vídeo implantados. Fazia parte da operação de espionagem “Snowthen”). Mas a bordo começou uma grande amizade entre o São Bernardo, coronel Rinty, e Medvedev, a segunda estrela maior do kremlin depois de Putin, o presidente.


  1. Palácio do Kremlin, 01 de março de 2014.

Em sua enorme mesa envernizada sem qualquer documento para despacho, ornamentada apenas com o brilho do verniz e uns bricabraques de arte proletária russa – umas bonequinhas de encaixar umas dentro das outras – Putin, o presidente russo levantava e abaixava freneticamente o calcanhar direito para cima e para baixo como se movido por motor elétrico. Estava impaciente. Levantou-se, descalçou um sapato, tirou a meia, sentou-se no chão e começava a roer a unha do dedão do pé quando pelo interfone ouviu a comunicação da portaria: - O camarada Medvedev  chegou, camarada Putin.
Finalmente! Desabafou para si mesmo um Putin agora bem mais alegre. Voltou a vestir a meia mesmo pelo avesso, calçou o sapato que agora parecia mais apertado, passou a mão pelos cabelos olhando para um espelho imaginário e dirigiu-se à geladeira disfarçada de estante no fundo da sala. Quando Medvedev entrou, ele já estava com dois copos de vodka na mão. 
-Ele não é uma gracinha? Perguntou Medvedev enquanto soltava um cachorro preto enorme, um São Bernardo peludo.
Putin não teve tempo de responder. O cachorro atirou-se ao peito do presidente e o lambeu no rosto.
- Que porra de cachorro é esse, Med? Perguntou Putin.
- Encontrei-o na clareira ontem à noite quando me encontrei com o Mahmoud. Estava meio perdido na floresta e entrou no helicóptero. Foi amor à primeira vista. Ele não é uma gracinha, Putin?
- Depois vejo isso. Agora vamos a uma vodka e falar sobre o que interessa. Ele tem pulgas?
- Não... Só umas verruguinhas minúsculas sem importância. Mas deixa-te contar do encontro com o iraniano... Vai ser dia 07 de março deste ano. A operação foi elaborada para o 11 de setembro, mas substituída pela dos aviões que derrubaram as torres gêmeas, que foi muito mais eficaz. Agora foi implementada logo que os ucranianos se revoltaram contra a adesão à Rússia por prevenção. Como você mesmo disse, ou foi o Snowden, não me lembro, é bom ter sempre uns planos prontos em caso de necessidade.
- E como vai ser o plano? Perguntou Putin enquanto se servia de outra vodka e oferecia mais um copo a Medvedev.
- Mahmoud não deu a informação completa para não o comentarmos com ninguém, por segurança Pediu para ficarmos atentos ás comunicações malaias e chinesas. Isso é bom para nós para distrair as atenções da Ucrânia...
- Qual é o grau de certeza de sucesso? Putin estava preocupado, uma das raras vezes em que franziu o cenho em toda a sua vida.
- Cem por cento. Desastre aéreo, um só sobrevivente que já recebeu uma boa grana no Irã e que ao saltar de pára-quedas no meio do oceano índico será recolhido por um barco de pesca. Se a operação tiver dado errada, recolhem o sobrevivente e dão-lhe uns tratos adequados para sabermos onde se errou. Se a operação der certa, deixam o cara se afogar no oceano e vão pescar. Simples, né?
Ah... E não vão encontrar facilmente os restos do avião...
E Medvedev entornou a vodka de um trago só.

- Parabéns, meu amigo!... Ficaremos então atentos (disse Putin). Amanhã trataremos da crise da Ucrânia como ela merece. O mundo ficará dividido entre acompanhar a crise e o desastre aéreo. Beijinho para despedir...
E os dois se beijaram ao modo russo mais íntimo, na boca com direito a um linguado.   
- Aquilo é uma ereção? Perguntou Putin a Medvedev, apontando para o pênis do São Bernardo... É grande!
- É...- Respondeu Medvedev – nos divertimos bastante durante o vôo de helicóptero ontem à noite. Você vai gostar, prometo!

E Medvedev saiu da sala com o andar bamboleante digno de uma Marilyn Monroe em seus dias de maior glória.

  1. Pentágono, EUA, 01 de março de 2014.
Uma sala enorme cheia de computadores telas de TV, mesas, gente trabalhando, mapas do planeta, comando de satélites, celulares, tinha sido montada para a “operação Snowthen” que visava a detecção de ações e de problemas envolvendo territórios, fronteiras e países de influência russa, o que compreendia países como a China, Malásia, Irã, Vietnam, Síria, Paquistão, dentre outros, e até  Brasil Cuba e Venezuela na América latina.
O coronel Tankersley começou a rir de forma quase incontrolável. Ele costumava ser muito sério, mas daquela vez não agüentou. Logo que se recompôs, sob os olhares admirados do pessoal da sala, pegou o telefone vermelho. Do outro lado, o presidente Barak Obama atendeu.
- Sim, coronel... Novidades? 
- Sim, senhor presidente... O coronel Rinty foi adotado...
- Desculpe, coronel Tankersley... Quem é o coronel Rinty?
- Bem, senhor presidente, eu comando a operação Snowthen, senhor, e combinamos um código... “Au-au”, lembra?
- Ah... Sim... Quer dizer que está atuando... E o que descobriram?
- Vou mostrar-lhe, senhor presidente, Via WEB. Por favor, ligue o seu computador. Aguardarei na linha até que me dispense, senhor... Mas saiba também que nosso agente especial está em campo, senhor.
- Certo... Espere... Já está... Estou vendo os dois... E... O coronel Rinty está com eles... Incrível... (E Barak Obama caiu na gargalhada...)
- Está dispensado, coronel Tankersley... Já desconfiava, mas não sabia que os dois se amavam tanto... Excelente trabalho, coronel... Um beijo pra você!  (e desligou rindo). Um coronel repentinamente sisudo remoeu meia dúzia de “fuck, fuck, fuck” enquanto teclava em ritmo alucinante em seu computador.  Esquecera de dizer ao presidente que o parlamento Russo autorizara Putin ao uso da força na Crimeia naquele mesmo dia. Estava lhe mandando um relatório sucinto, de uma página, para corrigir o esquecimento. Ficariam atentos ao dia 07 de março de 2014, mais especificamente na Malásia e na rota do vôo MH-370.

  1. Em um bairro de Kuala Lumpur, dia 02 de março de 2014.

Antigamente espiões tinham que fazer todo o trabalho no campo de operações. Agora eram simplesmente “uns braços humanos” do sistema. Tudo era feito nas agências de espionagem e os dados transmitidos por comunicação segura para o teatro de operações. Por isso a importância de Snowden, um agente americano que desertara de seu posto nos EUA e estava agora na Rússia, foragido. Ele sabia tudo sobre espionagem no éter dos bits que corriam em código pelas ondas das estações de transmissão de sinal para a Internet e outros “centros” secretos de comunicação política e militar. Até os celulares da ministra do Estado Alemão, Ângela Merkel tinha sido invadido, assim como membros do próprio senado americano. Snowden tinha um amigo colorido no Brasil e não era à toa. O Brasil é um país de largo uso da Internet, com acesso fácil, enorme volume de bits em circulação, uma dor de cabeça para o governo que quer reprimir a população impedindo-a de falar o que quer por essas vias de comunicação. Usaram Snowden e sua espionagem para votarem no senado uma lei para impedir e limitar a comunicação.

Ziruziru já em Kuala Lumpur, num hotel de terceira classe, sentiu vibrar o celular que tinha comprado ainda no aeroporto. Apertou a tecla para ligá-lo e viu na tela o aviso de um e-mail cujo emissor já conhecia. Acessou o e-mail. Imediatamente um programa foi descarregado em segundos. Seu celular agora era uma linha de bits impenetrável. Ninguém mais em lugar nenhum do mundo poderia interferir nessa “linha” de comunicação entre ele e o Pentágono. Desligou o celular e subiu para o seu quarto. Lá voltou a ligá-lo. O primeiro documento era uma lista de passageiros do vôo Malaysia MH-370 que partiria de Kuala Lumpur para Pequim na tarde do dia 07 de março ás 16:40.Na lista parcial, e do que lhe chamava a atenção, já confirmados, constavam três americanos (ele era um deles), dois canadenses e seis australianos que bem podiam ser também “americanos” com passaporte facilitado politicamente para efeitos de espionagem, um russo e dois ucranianos. O resto não lhe chamou a atenção. A maioria era chinesa. A lista definitiva ele saberia logo que se sentasse em sua cadeira de primeira classe, instantes depois da partida. No entanto algo lhe chamou a atenção. Faltavam os iranianos, como o Pentágono avisara para que ficasse atento, já que a operação era iraniana. Ziruziru tinha certeza absoluta que eles apareceriam no ultimo instante. Voltou a ligar o celular para ter certeza de que nenhum detalhe lhe passara, mas a mensagem havia desaparecido como que por encanto. Tinha que ficar muito mais atento da próxima vez que recebesse uma mensagem.

  1. A situação se complica na Ucrânia. 06 de março de 2014.

Na Crimeia as coisas corriam ao agrado de Putin. Durante meses forçara o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych a trazê-la de volta para a esfera de influência russa. O povo, pelo contrário, queria que ela fizesse parte da União Européia. A população revoltou-se porque lhe parecia natural que se fizesse um Plebiscito ao melhor estilo democrático. Viktor não tinha a menor intenção disso em seu suntuoso palácio em Kiev. Nem ele nem Putin. Quando em 23 de fevereiro o presidente da Ucrânia foi deposto pelo Parlamento, Putin se preocupou bastante. Tinha que por em prática o plano “B”, bem mais difícil, que chamaria a atenção do mundo livre. Precisava de um terceiro plano que distraísse pelo menos um pouco a opinião pública. Algo de grande impacto emocional: Uma catástrofe!
Sabia que o Irã era um refúgio para os “heróis santos” do Islã, dispostos a morrer por uma boa causa islâmica, e alcançar o paraíso onde sete virgens os esperariam. Putin mandou então tropas para a fronteira da Crimeia, a primeira e mais importante parte a ser tomada da Ucrânia. Seu projeto maior era trazer para a esfera russa toda a Ucrânia, mas o destino obrigava a que a tomasse por partes. Hoje, dia 06 de março, o Conselho Supremo da Crimeia votou e aprovou sua anexação à Rússia.
Dias negros pela frente, pensou Putin, e o disse a seu amigo Medvedev que brincava na sala com o São Bernardo, deixando a mão escorregar de vez em quando pelos órgãos sexuais avantajados do animal que ficava todo excitado.
- Nós os pressionamos com o gás da Sibéria, Putin!
- Claro que sim... A Europa não têm como se abastecer de gás em outras fontes. Pelo menos num período próximo. Acho que vamos empurrar a Europa para abrir mais poços de gás, e extrair gás de xisto. Até lá tomamos conta da Ucrânia. Depois volta tudo ao normal.
- Amanhã é o dia. Prepara-te porque o mundo vai desabar em cima da Rússia pela Crimeia, e vamos torcer para não juntarem os fatos com o avião da Malaysia.
- Não importa... Disse Putin... Esta crise vai me reeleger na Rússia. Ou a mim ou a você... Fica tranqüilo. Aprendemos rapidamente como funciona o capitalismo democrático: Somos ricos. Se a coisa pegar por aqui, nos exilamos na Suíça ou no Caribe. Brasil, talvez...
E depois de um longo beijo de amor camarada, os três saíram do Kremlin.
No Pentágono, o coronel ria mais uma vez ás gargalhadas. Do outro lado do computador, Obama e Michele batiam com os pés no chão de tanta dor nas arcadas dentárias e nos músculos de seus cérebros de tanto rir.

  1. O embarque no vôo MH-370 da Malaysia Airlines. Dia 07 de março.
Do dia 02 de março até o entardecer do dia 06, Ziruziru dedicara-se a memorizar as listas de passageiros e os informes da Inteligência do pentágono, e a fazer algumas compras especiais. Recebera via inteligência, em Kuala Lumpur, uma máscara especial para gases, com ampola de oxigênio, que lhe permitiria passar pelo menos uma hora oxigenado. As exigências alfandegárias de verificação de bagagem em Kuala Lumpur eram suaves por que não havia terrorismo por lá. Quando no banheiro do aeroporto, minutos antes de embarcar recebeu uma chamada do Pentágono e conferiu a lista, notou que dois passageiros tinham embarcado com passaportes falsos. Os passaportes tinham sido roubados de dois italianos. As fotos deles estavam no relatório do pentágono. Eram dois iranianos, que finalmente haviam aparecido.
Desde que os localizou na fila de embarque passou a observá-los discretamente. Nenhum deles falou ou olhou para o outro. Não chamavam a atenção. Notou também os outros dois americanos. Provavelmente um deles seria da inteligência americana, mas por questões de segurança nenhum saberia da existência do outro. A medida destinava-se a uma possível falha de algum deles. Se um falhasse, o outro assumiria o seu trabalho. Duzentos e trinta e nove pessoas a bordo, incluindo 12 tripulantes.

Prestou atenção também no comandante, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos e no co-piloto, Fariq Abdul Hamid, de 27 anos que voava pela primeira vez como co-piloto e tendo apenas experiência em cinco outros vôos como “co-piloto de checagem”. Para a inteligência americana nenhum dos dois representava perigo algum. Tirando o restante dos tripulantes e dos passageiros, o principal perigo parecia vir dos dois iranianos. E preparou-se para o pior. Estava ali para isso. Tinha que voltar para sua chilena gostosa, lá no Brasil. Tinha que completar o coito interrompido. Tinha que sair vivo dessa, mas tinha suas dúvidas. Ás 16:41 o Boeing 777-200ER com 53.465 horas de vôo elevou-se nos ares a caminho de Pequim. Ouviu choro de crianças. Eram cinco: três chinesas e duas americanas.



8.      O vôo MH-370 da Malaysia Airlines. Quase uma hora de vôo, 17:30.



Por volta das 17:00, com mais ou menos meia hora de vôo, Ziruziru sabia que algo estava errado: O comandante pelo comunicador pediu educadamente que desligassem qualquer aparelho eletrônico por que “poderiam” interferir no computador de bordo.  Para o treinado Ziruziru, isso era sinal de que já estavam interferindo, porque o avião continuava “inclinado”, subindo sempre e já deveria estar “nivelado” pelo tempo de vôo. Se subisse a uma altitude próxima dos 13.000 metros, isso significava que haveria descompressão e todos morreriam a bordo. E se continuasse subindo isso só significava que ou a cabine de comando havia sido tomada ou que o próprio piloto ou co-piloto haviam programado um vôo “diferente”. Mas como “tomar” a Cabine de comando do Boeing, se ninguém tinha passado pela primeira classe, onde estava sentado, a caminho da cabine do piloto? Se sua hipótese estivesse certa, isso só seria possível se um hacker estivesse a bordo interferindo eletronicamente no computador do avião.Às 17:25 o avião ainda continuava desnivelado


Então Ziruziru resolveu agir. Primeiro consultou seu celular com GPS e verificou a altitude: 11.000 metros. Até aí poderia ser considerada uma altitude normal, embora não fosse comum. Só não poderia continuar subindo mais. Levantou-se e foi até a cozinha do avião na cauda da classe comercial. Os dois iranianos estavam tranqüilos, quase em meditação. Não olhavam fixamente para ninguém. Um deles logo na segunda fila da comercial. O outro a meio da aeronave. Logo em seguida sentiu seus ouvidos - treinados em tantos vôos que já efetuara – começarem a sentir uma leve descompressão. Sua adrenalina subiu repentinamente ao sentir o perigo e voltou rapidamente para a primeira classe. Ao passar pelo iraniano na segunda fila notou que ele tirara uma máscara e se preparava para usá-la. Olhou para trás e viu que o outro se levantava já usando também uma máscara. Não teve dúvidas que eles iriam tomar a cabine de comando onde havia condições de mantê-la pressurizada mesmo que houvesse despressurização no restante da aeronave. Não tinha tempo a perder. Sentou-se em sua poltrona, e tirou sua máscara que colocou discretamente cobrindo-se com o cobertor do avião. Ouviu murmúrios a bordo. Logo em seguida alguns gritos roucos de angústia. Em menos de 15 segundos só haviam mortos no avião exceto ele e os dois iranianos, mas não sabia se havia mais deles ou cúmplices com máscara. 

Quando os dois iranianos chegaram á porta da cabine, Ziruziru sacou sua arma e atirou. Os dois caíram mortos. Atirou na porta da cabine para entrar. Lá dentro, como suspeitava, também haviam morrido o piloto e o co-piloto. Verificou os aparelhos da aeronave. Todos desligados, incluindo o “transponder” [2]. Agora era o único ser vivo a bordo, sem qualquer comunicação possível. Sentou-se confortavelmente na cadeira do piloto e tentou manobrar o avião manualmente. Olhou o relógio. Eram 17:35. Conseguiu manobrar os “flaps” [3] e o avião deu uma guinada para a esquerda baixando a altitude. O avião começou a descer. Poderia voar ainda por umas quatro longas horas, mas o oxigênio de sua máscara não duraria tanto. Nem se ele usasse as máscaras dos dois iranianos mortos.
Com o avião estabilizado, dirigiu-se a seu assento e apanhou sua mochila, na verdade um pára-quedas. Depois foi até o assento onde os iranianos se haviam sentado. Olhou sua bagagem. Nela havia duas pequenas bombas programadas para as 17:40. Ele não tinha mais tempo disponível nem  para desarmar as bombas. Eram duas e poderia falhar numa delas. Calculou que o avião estivesse agora a uns oito mil metros. Voltou à cabine e destravou as portas. Ali mesmo logo na saída do compartimento da primeira classe, abriu a porta devagar e saltou. Um par de minutos depois viu a explosão.Não sobraria nada do voo MH-370.



             9.      Final




O desaparecimento do avião gerou controvérsias de 7 de março até hoje, 13 de abril, porque não se encontraram destroços, e por outros motivos [4]. Sabe-se, entretanto, que a Crimeia passou para o controle russo, e que provavelmente outras partes da Ucrânia cairão sob seu domínio. A União européia e o mundo ocidental aplicam sanções crescentes de efeito sobre a Rússia que depende do gás exportado para a UE. Putin, Medvedev e o coronel Rinty continuam muito amigos e não raro dormem os três na mesma cama. Medvedev continuará tomando seus porres homéricos.O povo chinês continua indignado porque ninguém sabe de nada, coisa a que deveriam estar habituados, mas a empresa de aviação não é chinesa. Então podem reclamar. A caixa preta – que na verdade é amarela - do avião esgotará suas baterias em mais um par de dias e ficará perdida provavelmente para sempre.  Sem avião e sem corpos para serem estraçalhados em morgues para verificação da “causa mortis” ninguém saberá o que aconteceu a menos que as agências de inteligência resolvam abrir o bico.  Sem provas, os mortos serão dados como desaparecidos, e sem atestado de óbito não se pode provar que morreram. Assim, só os netos  poderão receber indenização da companhia aérea se algum dia a obrigarem a isso. Ali pelas bandas de Búzios, no Brasil, uma chilena vive feliz sem coitos interrompidos e toda vez que chega aos céus pelas mãos do competente Ziruziru, grita desesperada como estivesse sendo esfaqueada. Os dois gostam de muita emoção. Ela perguntou-lhe onde tinha ido. Ele disse que ao Uruguai. Deu-lhe de presente um lindo pacote de “Sativa Canabis” puríssima, livremente cultivada por lá. No meio internacional da espionagem, Ziruziru nunca pegou um vôo da Malaysia Airlines. Ele está pensando em escrever um livro de memórias antes que perca a memória definitivamente com a idade. 



 

® Rui Rodrigues





[1] Não confundir com James Bond, o famoso espião britânico, que tinha autorização para matar. Ziru-Ziru-Eit tinha permissão não só para matar como também para dar uns tapas nas vítimas para extrair informação e dentes sãos. 
[2] O transponder é um transmissor de rádio na cabine do piloto, que se comunica através de um radar de solo com o controle de tráfego aéreo, transmitindo dados da aeronave. Evita colisões. É um radar aperfeiçoado.
[3] Placas embutidas (e algumas extensíveis) que funcionam como lemes para aumentar a resistência ao ar, dando sustentabilidade e manobrabilidade  aos aviões.   
[4] Sinais de destroços foram informados por chineses e americanos, mas as buscas não resultaram em nada positivo. Os russos mostraram-se comedidos em dar opinião apesar de seus satélites. Os celulares dos passageiros continuaram dando sinais de operacionalidade apesar de se saber que esse sinal é emitido pela empresa que gera os sinais. A aeronave parece ter-se dissolvido no ar.