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sábado, 7 de outubro de 2017

Crônica besteirólica da Avestruz.

A imagem pode conter: céu e atividades ao ar livre


Uma avestruz, por exemplo, que pipocou do ovo hoje, vai viver em média até 2.067. Ela não sabe se nasceu porque um ser bondoso resolveu dar-lhe o prazer de gozar das delícias de viver ou se nasceu para alimentar onças com sua própria carne, humanos com as penas para desfiles de carnaval, mas ela desconfia que deve ser tudo por acaso.

Sinto-me impotente para resolver este problema existencial dos avestruzes de uma granja que tem aqui perto, mas disse-lhes duas coisas: Que os passarinhos por mais raquíticos que sejam têm o mesmo problema, e que deveriam reduzir o tamanho descomunal dos ovos pra não arrebentar a cloaca por onde eles saem. Eu não como avestruz porque não sei se alguma delas namora algum empregado da granja. Nunca se sabe, porque tem pescador tarado que come arraia.

Foram os portugueses que trouxeram os avestruzes para o Brasil, mas não importa se trouxeram os animais vivos ou só os ovos que aqui chocaram. Por isso quando nasceram os primeiros avestruzes eles não sabiam onde estavam, se era em África ou na América do Sul, o que não lhes fazia a mínima diferença. São muito curiosos e como precisam de pedras na moela pra digerir as sementes que comem, podem engolir até nossa câmara fotográfica que elas acham interessante mas não têm ideia para que serve.

Na saída da granja bateu aquela coisa meio estranha de que por pouco, muito pouco, minha diferença para um avestruz poderiam ser simplesmente as penas, porque até a carnaval já fui. Há coisas que não importa como foi, nem como é, nem como será. Deve ser por isso que usam todos o mesmo corte de cabelo, mais pra Kim-Jong que pra Trump.

Rui Rodrigues

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