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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Um ponto sobre uma reta, sobre... (se gostar de astronomia)




Nada neste universo nem em outro qualquer se pode construir alguma coisa, seja o que for, até o próprio universo, se não houver pelo menos um ponto. Mas um ponto só, não é suficiente. É muito pouca coisa, porque universos costumam ser muito grandes, cheios de volumes. Então precisamos também de pelo menos mais um ponto para se fazer uma reta, e muitos outros, para fazerem uma infinidade de conjuntos de retas, fazendo elas mesmas, cheias de pontos, uma infinidade de superfícies. E as superfícies, unidas, fazem volumes. Uma imensidão de volumes. Agora já podemos imaginar como se fazem universos enormes, infinitos e até qualquer criancinha pode fazer seus universos, ou pelo menos imaginá-los. Podem pintá-los de qualquer cor, sempre com muitas estrelas, um sol, e um planeta onde os elefantes não estejam em circos nem leões em jaulas, nem pássaros em gaiolas. E muito menos ninguém mandando em ninguém com policiais de cassetetes, balas de borracha e balas perdidas, canhões de água e bombas atômicas. Qualquer criancinha se pergunta quem foi que fez o mundo desse jeito que sempre tem alguém com força mandando nos outros para começar uma desordem, a título de impor a ordem. Os pontos dos “ii” não deveriam ser os mesmos para determinar um ponto final ou um ponto parágrafo. São essencialmente diferentes, e a única coisa em comum é circulo feito de uma reta só que de tão pequena e redonda, virou um ponto. Um ponto é um círculo infinito extremamente comprimido até virar um ponto. Já um Universo parece ser um ponto que saiu do papel para o espaço e se transformou numa esfera imensa, universal, cheia de pontos, retas, superfícies e volumes.   Há um universo em cada ponto que escrevemos. Pelo menos é o que vemos ao microscópio. Estão cheios de poeira, há micróbios neles, e isso nos deixa uma pergunta: Pode um universo ser plano – como uma folha de papel - e ter coisas volumosas sobre ele? Poderíamos dizer que essas coisas volumosas não pertenceriam a esse universo tão plano e fino como uma folha de papel? Ou então, quem sabe, nós e os volumes, que como sabemos somos parte de um universo plano aparentamos ter volume porque o tempo se expande dando essa impressão (de volume). Afinal, tempo e espaço unidos têm essa mesma propriedade: Quando o tempo se expande, o espaço encurta. Quando o espaço se expande, o tempo encurta, como se um se transformasse no outro.
Qualquer físico ou astrônomo dirá que isto é um absurdo. Como seria possível que todos vivêssemos num universo plano, bem na borda, onde o tempo fosse comum a todo o Universo – O passado ficaria no interior do universo – e o futuro se construísse na medida em que o “agora” evolui para ele segundo a segundo na borda externa, “avolumando-se” no correr do tempo em expansão para o futuro?

Claro que este nosso universo não poderia ser assim. Daria encrenca. Eu mesmo reconheço que não poderia. Nenhuma hipótese, mas daria um ótimo filme de ficção científica. Idas ao futuro somente na velocidade do tempo, porque o “agora” ainda não se teria expandido para o futuro... E viajar ao passado... Sem hipótese! O passado estaria confinado num plano tão fino como uma folha de papel e nós somos “volumosos”.

® Rui Rodrigues.

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