Pesquisar este blog

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Crônicas de Istojabasta- CF


1001, uma Odisséia na Estrada.

(Istojabasta fica no primeiro distrito do Reino Lagunar de Nichteroy, exatamente onde o Cabo é Frio, um pouco antes do terreiro onde se jogam Búzios, na estrada a caminho do território do Espírito Santoro. Um Reino de Faz de Conta)


Aqui você chega – também - em ônibus da 1001. Se for idoso, com direito a passagem grátis, os moços e moças da companhia de transportes de carne humana colocam à sua disposição ônibus sem ar condicionado nem cadeiras estofadíssimas em horários selecionados de acordo com a disponibilidade da 1001, que vê nesse serviço uma “condescendência” de sua empresa aos idosos servos do reino, e não uma obrigação republicana. Para esta companhia de transporte de carne humana a granel,a 1001, cidadãos com mais de 65 anos não falam, não reclamam, são isso mesmo: Carne humana rodo-transportável, porque devem ter alguém em algum lugar que lhes garanta o pensar e o agir. A maioria dos aposentados realmente se cala, como minha amiga Carmem de Boticabal Y Arzinares, para não se meterem em “confusões”, não vão ser depois perseguidos por perfeitos, imperfeitos, Califas e Burgomestres, ou por asseclas. Três famílias têm dividido ultimamente o reinado. Governam como se fossem os donos escrachados do poder. “Libertas Quæ Sera Tamem” um dia chegará ao Reino onde não se dá nada, não se economiza nada, onde unidades de Saúde são fechadas, a insegurança ganha da segurança, não se paga a professores, o lixo fede pelas esquinas, o turismo some dia a dia, cidades cheias de anúncios de “vende-se”, “passa-se ponto”. O “Inferno de Dante” veio de férias e chegou nas praias chupando sorvete de manga, assim como o cão das histórias de Suassunga.




Pega Gigamal - Num tá vivo, tá  morto!


Os anúncios, a propaganda mostram sempre gente de dentes brilhantemente brancos, sorridentes, caras de felizes, e as palavras usadas parecem de marqueteiros de partidos políticos vencedores ou de grandes empresas de moda. Está na moda o 4G, e ainda se pensa que neste país todo mundo quer ser “branquelo”. Recém chegado ao Reino do Paraíso onde se extraía pré-sal em busca de petróleo, procurei uma empresa de “Modems”, daquelas que fazem parte do Cartel das Comunicações, onde todas as empresas podem ser ruins sem temor de temer a lei que as protege. No dia 30 de maio de 2016 comprei um Modem 4G da Vivo, levei-o para casa, e esperei até a tarde do dia 31 para ouvi-lo cantar. Necas!… O efeito foi o mesmo que colocar uma banana numa gaiola de passarinho e esperar que ela cantasse… Então fui na Vivo e escutei a estarrecedora verdade escondida, vinda da mesa do lado onde uma madame-senhora, daquelas que herdaram as riquezas do falecido e trabalhador marido, reclamava também, mas por outros mootivos. Dizia ela que o seu plano era de duzentos e poucos reais e a conta veio com quatrocentos e cinquenta e queria saber das razões do excesso se o 4G dela nunca funcionava direito. A moça da Vivo respondeu que “onde” a vivo tem cobertura 4G funciona plenamente, mas que em Cabo Frio, o reino onde também reina a Mil e uma Viagens para o Reino das Mil e uma Noites, nem todas as áreas têm cobertura. Estava aí a explicação que não me tinham dado, e por isso pedi o “distrato” do contrato. Foi dificil. Quiseram até argumentar que quando a Vivo não tem 4G funciona com 3G, ao que eu respondi que meu contrato, agora em distrato, não era para 3G e sim para 4G, mas é assim que “se nos enganamos”… O “funcionário” (idiota) que hoje nos engana no balcão de uma companhia, é o cidadão que é enganado em outra companhia de vendas quando se “desuniformiza” e vai comprar outro produto.

Estas coisas pegam muito Gigamal, mas O povo tem que aprender a não trocar voto por meia duzia de reais, e aprender a dizer aos partidos politicos: Não, senhores, esse candidato que nos estão empurrando, nós não queremos”…

® Rui Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário