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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Yoga neuronal

(Exercitando os neurônios pela meditação transcendental).
A imagem pode conter: céu e noite


O que nos assemelha com os raios de luz é que tanto nós, seres humanos, quanto eles, estamos viajando no tempo, embora em velocidades diferentes. Praticamente parecemos parados. Os raios de luz são a coisa mais rápida que existe neste Universo. Raios e humanos, somos viajantes do tempo. Curiosamente não há um só raio que nos chegue do futuro, assim como nenhum humano.

Temos telescópios que captam raios de luz que nos chegam do passado, num ponto, por exemplo há 8 bilhões de anos. Se fixarmos o telescópio nesse ponto podemos assistir em tempo real a um filme do que vai acontecendo nesse ponto a partir do momento em que começamos a filmar. Esse filme não acelera. Se for uma estrela e ela demorar mais um bilhão de anos para explodir, teremos de esperar mais um bilhão de anos para vermos esse acontecimento...

Tudo o que nos chega do passado com pouco mais de cem parcos anos está morto, exceto umas oliveiras que têm pouco mais de 2.000 anos, e umas sequoias americanas com mais de 15.000.... Ossos, múmias, cerâmicas, muros de pedra, ferramentas....De montão... De vivo, nada... Nem sons... E de matéria e energia, nos chega tudo sob a forma de ondas, raios, energia...

A vida é uma anomalia. Uma maravilhosa anomalia aparente exceção, delicioso tropeço da natureza com regras e leis extremamente bem definidas, e que vale a pena curtir. Mas lembre-se: Nossa viagem no tempo é limitada. A partir de certo ponto não emitimos sons, e a única forma de legarmos algo para o futuro é escrever...

Escreva para seus filhos e netos. Eles vão entender qualquer mensagem. Quem sabe no futuro alguém apreciará algo que você escreveu ou fez, mas lembre-se novamente: Do futuro nada nos chega e você jamais saberá disso... Nada... Jamais... Nem uma esfera cheia de nada do tamanho imaginável de um nada... Pó seria infinitamente grande demais...


Rui Rodrigues

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