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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A virada sexual do pós-guerra

Introdução.

(do verbo introduzir... Sexo sem introdução, principalmente depois dos prolegômenos, não é dos melhores)

Cada qual entende as coisas como quer ou como pode entender. Se tem muito conhecimento geral entende de uma forma, se tem muito conhecimento especifico entende de outra, e se não tem conhecimento nenhum, mas pensa que tem, compreende tudo de forma a mostrar que não entendeu nada quando questionado... Para dirimir essas duvidas, existem os exames vestibulares. Em países decentes, os examinadores são conhecedores específicos. Em países indecentes, os examinadores são do partido e têm uma lista de quem aprovar dependendo se pertencem ou não ao partido. Para estes o mérito não importa nada. A fidelidade fala mais alto.  Isto posto, para que se entenda do mérito de entender sobre a humanidade e suas necessidades mais prementes, falemos de sexo, que todo mundo entende mesmo sem professor... Falar de amor neste contexto, não... Amor nada tem a haver com sexo. Amor leva ao sexo, mas o sexo nem sempre leva ao amor e aí...Aí exatamente que está o busílis da questão, e muita gente se deita e depois custa a se levantar...

1 - O desejo sexual


Está até na Bíblia, em "Cânticos" de Salomão, a maior apologia aos prazeres do sexo, não interessa o quanto os sacerdotes atuais queiram mostrar um lado diferente santificado. Também está em todos os "livros sagrados" de todas as religiões ... Também não interessa o quanto os sacerdotes queiram nos convencer que o "vinho" que Jesus obteve da transformação da água era "diferente". Todos os antigos egípcios. judeus, muçulmanos, etc, tinham mulheres "a dar com um pau" (em todos os sentidos) reunidas em haréns e tomavam cerveja ou vinho... Isso em Roma era normal... Mas vedavam o conhecimento a crianças... Mas ainda no meu tempo de esconderem livros de sexo, já na era moderna, o assunto que mais abordávamos em nossas conversas particulares - nós crianças - meninos e meninas, pelos quatro anos de idade, era sobre sexo... Todo mundo queria fazer sexo... O problema era que meninas podiam engravidar... E para os efeitos deste texto, homens não engravidavam, como os eunucos... Estão começando a perceber, né? O harém , que sempre existiu de forma legal ou não, religiosa ou não, parece que tinha mais portas a se abrirem pela madrugada. Por outro lado, meninos conviverem com meninas era vedado para lhes garantir a virgindade, e meninos com meninos, ou meninas com meninas, podiam conviver sem maiores problemas. Ora isto promovia a separação entre os sexos, a segregação, e o treino ou aproximação sexual entre crianças de mesmo sexo.  A infância e a adolescência masculina eram uma seara onde os mais "fracos" física ou mentalmente, ou por qualquer outro motivo eram "reduzidos" a meninas. Acontece em sacristias não tão raramente por coerção, intimidação... E os hormônios gritam por sexo... Quando não se pode mais "segurar a barra", a vontade de transar é tanta que fica difícil se segurar... Mas vamos adiante, porque com uso de preservativos a segurança está garantida, "lavou está novo", ninguém tem que se meter na vida de ninguém, mas ninguém gosta de trabalhar, juntar dinheiro, imoveis, para sustentar ou dividir com amantes. E com incertezas, a segurança e a motivação para formar famílias perde-se nas baladas. 


2- A guerra  



Houve muitas guerras na antiguidade em que os soldados eram obrigados a passar muito tempo fora de casa. Uma delas foi a guerra dos cem anos. Mas eles levavam mulheres para cozinhar, meninos como escudeiros, gente para todo o serviço. Feios podiam não ter sexo, mas no meio das hordas, os mais belos e ferozes tinham... Quem com quem, dependia mais da disponibilidade do que da qualidade, depois de vencidas as "relutâncias". O importante era esvaziar o saco, acabar com aquela vontade que indisciplinava, que desviava a atenção. A pior das guerras foi a primeira mundial mais que a segunda. Não havia mulheres no front. Na segunda guerra houve uma mudança importante: Serviços mais leves, do front para a retaguarda, começaram a ser executados por mulheres. Agora sim, o sexo nos acampamentos começava a aliviar as tropas... Mas eram muito poucas mulheres para um enxame de homens. Muitos homens passaram a ser mulheres por um milhão de motivos, não apenas porque "nasceram no corpo errado"... Uns sim, outros não, outros intimidados, outros para se sentirem protegidos, outros para se sentirem "amados" ou importantes, outros para se sentirem "fortes" e poderosos na companhia dos maiorais... Outros ainda para se vingarem mais tarde!... De tudo um pouco, mas não - apenas - porque nascessem num corpo errado. Sexualidade é uma coisa muito complicada. Não se pode reduzir a "corpo errado"...  Mas na segunda guerra mundial as mulheres foram também para o front. Evidentemente que nenhum soldado poderia voltar do front dizendo que era gay porque não havia mulheres no front e tivera que "ceder"... Mas muitos cederam... 


Os exércitos sempre foram majoritariamente masculinos, e na marinha nunca haviam permitido mulheres a bordo desde os tempos das galés, para não ocasionar brigas por ciúmes. Num paralelo de "proibições arrazoadas" a Igreja católica não permite que padres se casem, na verdade, para que não juntem dinheiro das esmolas e o deixem para as esposas... Mas como sexo é - mais que naturalmente - prazer, com alguém terá que ser... Mais ou menos como no front, porque a vida é uma batalha, e há que ter alguns prazeres senão resta o suicídio ou a revolução, que nada mais seria, no caso, que uma forma de suicídio social! 
O que parece ser muito provável, é que num isolamento restrito a um único sexo, como em prisões, uma boa parte tenha o seu "par" de quem recebe carinho, atenção,prazer, e sirva de judas para aliviar a tensão... Em alguns exércitos deve ser assim também. Como os comandantes poderiam admitir isto publicamente, sendo o exército de machos... E a opinião pública? Quem mandaria seus filhos para as forças armadas? Mas imagine-se num sistema idiossincrático em que as mulheres não possam ter relações sexuais a não ser com seus maridos, podendo até serem mortas e apedrejadas... Neste caso, e durante toda a puberdade e adolescência, e mesmo durante o inicio da fase adulta, meninas vivem apenas com meninas e meninos com meninos. Podemos imaginar até que ponto irão as amizades, e nada havendo em contra, não se toca neste assunto, como se fosse tabu. Deve ser muito grande a masturbação particular e acompanhada por amigos de forma altamente secreta e confidencial. O que sedimenta ainda mais a amizade e o companheirismo.      

3- A revolução sexual

(Na foto Phill Bloom, a primeira mulher a ficar nua num programa de TV- 1967) 

Meninas e meninos sempre andaram lendo nas bibliotecas paternas, e passavam a informação para os outros. Meninas fingiam não saber de nada para não estragarem a reputação. Não se pode imaginar que o noivo ou o marido perguntassem: Onde aprendeu isso?  Então, homens podiam ter haréns - de mulheres- mas as mulheres não podiam ter "haréns" de homens guardados por eunucos porque não podem existir "eunucas" a menos que cortassem o clitóris pra não ter desejos homossexuais ou heterossexuais ou o que quer que seja... Mesmo que todas as mulheres do mundo assumam todos os postos masculinos do mundo há certas coisas da natureza que jamais poderão ser mudadas. Somos fruto da natureza e não das vontades individuais e temos limites. O artificial não é igual ao natural. Se não houver haréns de homens, haverá de mulheres, ou dos dois. Caminhamos para um mundo em que o harém é "universal" e todo mundo participa, a menos que haja uma "reviravolta": Assim como os Bonobos, uma tribo de macacos africanos, que praticam o sexo como forma de eliminar as dissidências internas (pensávamos que já havíamos ultrapassado essa fase simiesca, mas parece que voltamos). Fatalmente haverá a necessidade de prevalência da verdadeira moral, aquela que mais se identifica com a natureza no que tange a um processo evolutivo natural tal como a natureza determina. A humanidade vai para onde for e não para onde a mandam ou querem mandá-la, alguns "educadores" comprometidos com a politica ou com particularidades de cunho próprio e particular sem estudo cientifico apropriado.


A segunda guerra mundial veio dar uma importância ao sexo feminino que antes não tinha. Independentizou a mulher, porque ela provou que poderia ser igual ao homem, e onde faltasse a força, o progresso tecnológico a supriria. Agora temos que ter muito cuidado com as mulheres, nós homens... Elas agora nos escolhem como sempre escolheram, mas tomam a iniciativa. Eu explico... Antes da segunda guerra mundial faziam de tudo para ter a seu lado os homens que queriam no estado de namoradas, noivas, casadas ou amantes... Hoje não precisam fazer de nada. Nem satisfações dão!... Escolhem os mais bonitos, os mais sarados, os mais inteligentes nem tanto, mas os menos dotados podem escolher entre as menos dotadas, ou seus homens também, ou serem eunucos, porque se castrarem na infância para serem meninos de coro, como era prática italiana para garantir a vida confortável dos filhos no Renascimento, já não se usa. Os últimos parece que chegaram com D. João VI.      

4- Conclusões para o futuro. 



Se olharmos a história Universal, podemos verificar que aquilo a que chamamos de "moral", de cunho sexual, vem se libertando de tabus dia a dia no que pese a renitência de algumas religiões que não se adaptam ao mundo que evolui, não acompanham a evolução da humanidade sem perceberem que a humanidade vai e as religiões morrem. O mundo "virtual" está cheio de deuses mortos desde muito antes de 12.000 anos atrás quando os sumérios inauguraram a primeira civilização de que se tem noticia. Religiões são como a evolução de uma espécie. Olhando por três ou quatro gerações, pouco se nota, mas ao longo de milênios, as diferenças são enormes. Muitas religiões estão perdendo fiéis. Outras embora ainda cresçam, mostram uma tendencia a diminuir. Outras religiões surgem, tentando corrigir os erros das que vão definhando. 
No entanto há outros fatores que levam por vezes a uma retomada de um caminho abandonado no passado por se verificar a necessidade de se voltar a padrões em prol do que se possa entender - no inconsciente coletivo - como de beneficio geral. Pode ser que um dia se volte a dar importância, por exemplo, a um hímen intacto. Um hímen pode parecer um absurdo da natureza, mas a natureza - e não a religião - não tem nada de absurdo. 


Cada coisa que existe tem sua razão de ser e é importante. Talvez algum dia através da manipulação genética consigam produzir seres humanos sem umbigo e sem hímen. Não creio, por outro lado, que se tenham estabelecido paralelos entre o aumento do consumo de drogas, e o decréscimo da satisfação sexual pela sua banalização, mas apostaria que o aumento do consumo de drogas se deve a banalizar muitas das coisas desta vida que devem ser mais "comedidas". Mas, de qualquer forma, é sempre bom saber quem está debaixo de uma burka: Se é Ana, Francisca, ou um outra coisa.   
Sexo é um "mecanismo" da natureza para a reprodução, baseado na atração e compensação por prazer. Qualquer coisa fora disso deve ter outro nome: Sacanagem parece apropriado... Sacanagem é o sexo descompromissado, por puro prazer... Muçulmano ortodoxo, por exemplo, não deve fazer sacanagem... Ou faz? Sexo seria um termo puramente cientifico.   



® Rui Rodrigues

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