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sábado, 6 de dezembro de 2014

Vaidades não são pecados nem recrimináveis.

Vaidades não são pecados nem recrimináveis.



Sete pecados capitais mais uns quantos venais, perfeitamente desculpáveis a quem apregoa que são pecados – Sacerdotes podem paramentar-se vaidosamente, á vontade, mesmo que usem uma simples túnica cor de laranja. Para quem estuda e destroça o âmago das crenças e crendices, um prato cheio. Um desses pecados é a vaidade. Ou não será pecado? Desconfiemos que não seja, para vermos onde podemos chegar...

No mundo e mais em particular na espécie humana sempre houve os exageradamente ignorantes, os ignorantes, os conhecedores, os sábios em uma escala progressiva de zero a infinito. Os exageradamente ignorantes não aceitam carimbos e rótulos e movem-se pelo grande princípio de que todos devemos ser iguais. Costumam confundir conhecimento com arrogância, porque se sentem feridos por sua falta de conhecimento de que em geral não têm culpa. Pior ainda, sentem-se feridos pelo conhecimento dos outros, numa mistura de sentimentos correlacionados de injustiça, de prepotência, de desigualdade, de perda, frustração, orgulho e se não pararmos, de mais umas dúzias de sentimentos. Sei o que é isso. Já passei por isso quando era uma criança que decidiu não seguir a profissão do pai para estudar. Agradeço infinitamente a meu pai que poderia ter-me imposto sua vontade. Ainda tentou durante um ano, mas desistiu. Eu perdi esse ano.

Mulheres se pintam, se arrumam, andam sempre elegantes mesmo na pobreza. Serão vaidosas? Numa primeira análise puramente visual diríamos que sim, mas há algo mais por detrás desse pretenso “pecado” da vaidade. Elas se arrumam para se tornarem agradáveis, apetecíveis, aos olhos de outras mulheres, de homens, da sociedade, e o fazem em nome da apreciada beleza. Homens também se “arrumam” pelos mesmos motivos, exatamente os mesmos. Trabalhos mais braçais em ambientes não limpos e arrumados como obras, fábricas, etc. fizeram do homem um ser aparentemente mais “relaxado” do que as mulheres (exceto em domingos feriados e festas) mas com o advento dos termos modernos e da igualdade entre os sexos, essas diferenças estão desaparecendo. Mas seria apenas pela apresentação, aparência, que se opta pela vaidade de sermos “belos”? Claro que não. Sem essa beleza diminui a atração sexual, perdem-se empregos. A vaidade é uma questão de sobrevivência e de transmissão genética. É a voz, a mensagem, da natureza mais exuberantemente expressa nas belas e mais perfumadas flores, no namoro para acasalamento de aves com suas danças, nas belas cores, nos gestos e falas.

Dizer que vaidade é um pecado, é um acinte á nossa inteligência. E inteligência, como sabemos, sempre foi atacada por religiões e regimes totalitários, porque contestam e mostram a beleza que existe muito para lá da escuridão dos que sofrem por causa de injustiça, de prepotência, de desigualdade, de perda, frustração e dos que usam a crendice para obterem poder, dinheiro, mesmo que não aparentem vaidade como os sóbrios monges e os Stalin de roupas sóbrias e muitos crimes na consciência...

Somos todos vaidosos e orgulhosos de nosso “eu” freudiano, mesmo que sejamos completamente ignorantes, e neste caso, nos refugiamos na fé. Deus sempre resolve, pelo menos é essa a fé, o que não temos capacidade para resolver. De desejos a guerras... Como se Deus não tirasse férias várias vezes por dia, por mês, por ano, por décadas séculos e até milênios...

Ser de "esquerda" depois da queda do muro de Berlim e dos países comunistas no mundo, passou a ser uma religião Basta olhar as discretas roupas de Merkel, da Dilma, e de outros líderes ricos da esquerda caviar. Chamam a atenção pelo que parecem e não pelo que são, no que pese a abissal diferença de inteligência entre Merkel e Dilma 

® Rui Rodrigues

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