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quinta-feira, 22 de março de 2018

lO teatro do Èssetêéfe

(com o elenco de nossa trupe "datavênia" do teatro dos onze ex-Celência".)


Disseram: Temos que votar o Habeas Corpus!!! (Mas o habeas corpus sempre existiu... chover no molhado é desperdício de água...)
Depois disseram: Mas depois de se condenar alguém duas vezes, até com aumento de pena, prende-se esse alguém quer seja alguém ou não seja ninguém importante...
E outro disse: Imagina reunir o Supremo para cada um dos 3 milhões de presos deste Brasil, que normalmente são analfabetos e não são ninguém... Não iriamos sair deste inferno supremo nem no dia do juízo final...
Foi então que outro disse: Olhem... A Páscoa está chegando, tenho que falar urgentemente com o coelhinho da ilha de Páscoa e peço gentilmente que me libere para ir ao banheiro dar uma gargalhada (era a deixa para a cena da virada...
E isto dito para uma plateia de queixo caído, disse o time de capas pretas em uníssono: - Então temos que adiar o julgamento da coisa, e o alguém que já foi alguém e agora não é ninguém, pode andar por aí mesmo sendo condenado a 12 anos e seis meses, mais cinco minutos pra lhe tirar a tornozeleira...

E entre sorrisos, vosselências, coraçõezinhos com as mãos, piscadelas, o batoque conseguiu, tal como combinado, estancar a vazão do aquário, onde todos são peixinhos uns dos outros...

E assim desceu o pano em mais um ato de uma peça Beckettiana, de Samuel Beckett, de teatro. Alguns ainda esperam Godot...

O réu condenado deveria já estar preso... Godot também não era ninguém. Mas Lulot continua livre porque alguém tinha um encontro muito importante com o coelhinho da Páscoa e mudou o rumo da votação.

Lula, o ex-presidente, futuro ex-presidi[ario, mas sempre bandido, agora é um "paciente"... Espera pacientemente ser absolvido porque não poderão prender candidato a presidente dentro de um prazo estabelecido para as eleições...


Rui Rodrigues

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