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domingo, 20 de agosto de 2017

Pontapés no vento. Socos no ar.



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Um dos maiores erros cometidos por conta da ignorância é acharmos que "eles", os romanos invasores, hititas, egípcios, assirios, os bárbaros, os ingleses, franceses, portugueses, espanhóis, italianos, holandeses, belgas, americanos, japoneses, alemães, "nos invadiram", "nos comeram as mulheres", "nos escravizaram" e "nos roubaram" tudo...Como se o ideal humano fosse um rio, uma tribo sem rei, sexo comunitário gratuito, e eles mesmos já não tivessem sido invadidos, comidos, roubados, escravizados, .O mundo vem mudando e vai mudar mais sem regredir, mas o discurso para angariar dinheiro grátis continua o mesmo, não importa se estudou história ou não, e vivem bem, cercados de luxo e luxuria, de um progresso derivado de aprendizado e auto-correção que não querem ter de aprender porque teriam de trabalhar.
Os que trabalhamos precisamos aprender!
Os outros podem falar besteiras...
Não é pelos 20 centavos.
É que enquanto houver miséria, haverá miseráveis que apesar de ignorantes ficam ricos vendendo esperança, mulheres e crianças: Arrumam-se, perfumam-se, aprendem a falar mesmo não sabendo fazer contas ou escrever direito, decoram texto representam papeis do que não fazem, mas dizem que são.
Quem aprendeu passou mais uma fase da evolução humana.
Aprendemos a dissimular, aprendemos as artes da representação.
Qualquer um pode ser artista. Basta ter um papel, um diretor, um endinheirado para lhe pagar. Nem que seja o Estado, a Igreja, alguém da classe mídia ou da classe média.

Alguns desses emanados atropelam gente inocente em calçadas, esfaqueiam transeuntes, explodem-se para matar, degolam aos montes com pompa e circunspecção. Outros usurpam o poder dizendo que o povo que manda. Outros são apenas artistas de boa pinta. Também há quem cheire e fique irritado e destrambelhado pensando que chegou ao topo dos "tops".

(E ao dizer estas coisas se perdem amigos, quando não se é um Fernando Pessoa, o que disse que o poeta é um fingidor, fingindo ser dor a dor que deveras sente)

Rui Rodrigues

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