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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sociedades em transformação e o Mundo Gay


Sociedades em transformação e o Mundo Gay

 Vista do Espaço não se adivinha o que vai pela Terra
A humanidade tal como pensamos que a conhecemos, parece tão complicada quanto o ser humano em si, e se já é tão difícil entender todo o perfil de um ser humano e suas características, podemos imaginar como será ainda muito mais difícil entender a humanidade, um enorme ser composto de pequenas células a que chamamos de “seres humanos”, nem com tanta propriedade, ou pelo menos com propriedade duvidosa. Somente por volta de 1915 com o aparecimento de Sigmund Freud a complicada mente humana começou a ser desvendada. Hoje já sabemos onde se encontram os centros de memória, que a metade esquerda do cérebro comanda o sistema nervoso do lado direito de nosso corpo, que as enzimas têm papel fundamental nas sinapses - que são as comunicações entre neurônios - que existem substâncias que se produzem no cérebro que nos dão alegria ou tristeza conforme a nossa percepção pessoal. E um infinito de coisas que ainda são muito poucas para que tenhamos a descrição completa de como funcionamos. Só recentemente os EUA empreenderam uma pesquisa para mapear todo o cérebro humano a exemplo do projeto Genoma.
 Votos para as mulheres - Londres
Acreditava-se antigamente que ser homossexual era uma doença, tal como a síndrome de Down, que também não é doença. Também se acreditava que com eletro-choques se poderia curar uma “doença” a que chamavam de “histeria” e toda a “anormalidade”, acreditava-se, poderia ser curada com eletro-choques. O escritor Paulo Coelho foi mandando para um hospital, o Pinel, porque tinha “desvio” de comportamento. Acreditava-se em muitas coisas que nem vale a pena enumerar porque somente iria provar que as verdades de ontem já não são necessariamente as de hoje porque a humanidade evolui onde não existam governos que tolham o pensar, solapem a iniciativa privada, restrinjam a educação, matem a esperança de evoluir. Aparentemente estivemos andando à deriva durante milênios e só agora entramos no futuro, e sabemos quase tudo. Ledo engano. Nossos ancestrais pensavam exatamente como nós pensamos hoje. Pensavam que sabiam tudo e que pouco haveria para descobrir. Voar era um sonho impossível só reservado às aves, golfinhos eram peixes como os outros, mulheres tinham que usar cintos de castidade e homossexuais eram a vergonha da tribo, do bairro, da nação, eram apedrejados, condenados à morte. Há sociedades que evoluem mais rapidamente do que outras, porque neles há mais das liberdades a que me referi acima.  E a humanidade muda devagar, mas sempre cada vez mais rapidamente. Chegaremos a um estágio de progresso que não poderemos acompanhar. Depois de sairmos das Universidades como os mais brilhantes e atualizados cientistas, podemos ficar fora do mercado dez anos depois, porque as pesquisas técnicas evoluirão de tal forma que nesse espaço de tempo nos teremos transformado em analfabetos técnicos, completamente defasados das ultimas inovações tecnológicas.
Stephen Jay Gould - PaleontólogoComecei a gostar das obras de Freud ao ouvir falar dele quando tinha aproximadamente meus doze anos, mas só pude lê-lo aos dezoito através de uma obra de Emílio Mira Y López, um discípulo seu. Passei meus anos seguintes cavoucando em livros de biologia, astrofísica, paleontologia, lendo tudo o que podia e que achasse que iria complementar o que já aprendera. Quando passei os olhos pela obra de Darwin, o mundo ficou menor ainda do que depois de ler sobre Freud. O mesmo aconteceu quando li Jay Gould. E o mundo se encurtou ainda mais ao ler Stephen Hawking sobre a sua mecânica do universo.  Quando consegui entender melhor – mas jamais definitivamente - o mundo que me cercava, vi que tudo estava entrelaçado e a teoria do Caos estava no contexto do tudo. Quando vi que as mulheres estavam indo para as guerras como parte de corpos de exército, o ventre materno tinha perdido definitivamente a consideração que tinha antes e já nem tinha a mesma importância: Podiam ser abatidos em combate como qualquer pênis. O aparecimento da pílula não foi o grande passo ou o pretexto para a independência feminina, mas uma boa alavanca, seguindo um trabalho feito anteriormente pelas sufragettes na França e na Inglaterra, quando saíram às ruas exigindo o direito de votar. Hoje as mulheres israelenses saem às ruas pelo direito de orar a D’Us no muro das lamentações, coisa que por oito mil anos foi apenas privilégio dos homens. Não há nenhuma religião que não seja machista, e já podemos adivinhar que, não por falta de fé, mas por lógica divina, as religiões deverão ser abertas ao público feminino. Não se pode imaginar uma guerra real entre sexos, que possa fazer parecer uma brincadeira a “guerra fria dos sexos” a que estamos já habituados desde que Mary Quant subiu a bainha das saias de quase um metro.
Charles DarwinMas a humanidade não muda por “moda” ou modismos, seguindo as mulheres do Afeganistão o comportamento das americanas nem as malinesas as de Israel ou da França. A humanidade não muda porque aparece um “líder” com novas idéias filosóficas e todo mundo corre atrás. O futebol é o esporte preferido dos homens, mas não em todo o mundo. É que este evolui mesmo, para valer, e a lógica do “caiu a ficha” acaba por bater à porta de todos nós. O que faz sentido e aparenta ter lógica, seguimos e fica conosco para quase sempre, acarinhado, cultivado como filho, até que a evolução nos permita dar mais um passo. Mas há algo muito importante e que não é visível: O Subconsciente coletivo. O Subconsciente coletivo é um conjunto de premissas fundamentais que não percebemos de forma consciente, mas que reside no mais profundo de nossa mente. É por isso que uma guerra nuclear total jamais acontecerá. Por mais que se ameace, se finja que haverá guerra total, há no subconsciente coletivo o “espírito de sobrevivência”. A humanidade não se quer extinta a si mesma. Em todas as guerras que já houve no mundo, o fim da guerra apareceu no ultimo segundo em que uma nação iria desaparecer – Nação como perfil psicossomático, a identidade de um grupamento social, uma nação sob uma bandeira de pano ou uma bandeira genética. Por mais terríveis que possam ter parecido, e foram, as guerras até nossos dias, nada nem ninguém se extinguiu. Da mesma forma, por mais que devastemos as florestas, a vida na Terra não acabará por causa disso, nem que a humanidade seja varrida do mapa. Há um equilíbrio na natureza, leis na natureza que a preservam, não importa quem ou o que sobreviva, desde que algo sobreviva. A vida neste planeta já foi praticamente extinta por três vezes, com 98 por cento da vida extinta realmente. Os dois por cento que sobraram deram origem a toda a diversidade que conhecemos hoje.
A humanidade sabe que a superpopulação na Terra traz problemas como os que foram verificados em testes com ratos por Pavlov. Manipuladas as áreas de vida, a alimentação e a superpopulação, criando situações de extremo estresse, os ratos se comeram uns aos outros em lutas ferozes nem sempre por alimento. A humanidade não quer de forma subconsciente que se chegue a uma situação dessas vendo familiares tombarem e serem comidos em nome da sobrevivência. Precisamos provar que somos humanos e não apenas animais. Tudo no universo está interligado e tem uma explicação.
Stephen HawkingOnde estão os homossexuais que controlam de forma subconsciente a natalidade em qualquer lugar do mundo, nos países de religião muçulmana? Estão lá. Escondidos, calados, dissimulados para não sofrerem punição.  No entanto, os respectivos governos dizem que isso é proibido pela religião. Pelo contrário, no mundo livre ocidental grande parte da população está preocupada com o numero crescente de homossexuais e transexuais, dividindo o mundo em homossexuais e homofóbicos sem considerar quem aceita a homossexualidade como eu, mas não é homofóbico. O mundo não tem que se preocupar com isso. Ninguém tira o lugar de ninguém e o equilíbrio necessário à humanidade será encontrado e estabelecido sem perigo de extinção da espécie. Mulher é um ser muito gostoso se usada com carinho, atenção, amor, e sempre haverá algumas disponíveis que gostam de homens ou preferem homens.

Parece haver algo ainda mais profundo que advém dos princípios de Darwin, de Freud, da Mecânica Quântica, da Astrologia e da Teoria do Caos quando analisadas em conjunto: O universo é assim, porque desde o principio foi regido por leis que o tornaram assim, permitindo o surgimento deste planeta com a vida que nele vemos, tal como. No fundo, ao olharmos para uma floresta, seu aspecto nos parece caótico, tudo desalinhado. A natureza do mundo vivo é assim, mas há lugares de vida onde não nos parece tão desorganizada, tão desalinhada. È o mundo dos seres humanos com suas fileiras organizadas de exércitos, criando leis para a vida, a exemplo das leis do universo. Porém, no mundo inerte das rochas, vemos cristais com seus átomos tão alinhados e organizados, que chegam a ser transparentes, brilhantes, diamantes. E nós apreciamos tudo isso. A desordem, a ordem, a anarquia e as leis. Em algum lugar, em qualquer instante um pouco disto e daquilo são sempre necessários, ora como num vulcão que nunca se sabe – ainda - quando vai entrar em erupção, ora como as águas calmas de um lago. Ou ainda como a seriedade britânica de seu parlamento ou a bandoleiragem do senado em Brasília, na Grécia, em Portugal, na Espanha e em muitos outros países do mundo, onde até tramitam condenados da justiça, mas isto de condenados da justiça só em Brasília. Porém o mundo evolui e haverá mudanças.   
Parada gay 
Tenho orgulho de não ser homossexual, nem senador neste país, mas tenho orgulho de quem é homossexual. Sou democrata, parece-me que entendo o mundo em que vivo e creio na humanidade porque não há alternativa para ela. As leis da natureza a impedem do suicídio. A Terra não tem o nome de Gaia à toa. Os livros - sagrados ou não - devem ser revistos para não criar divergências ignorantes entre fiéis que não têm condições de entender o mundo que os cerca.

Um brinde à vida, um brinde a todos os seres hetero, homo, ou o que quer que sejam, até abstêmios sexuais. Mas como em tudo, é necessário perceber o entorno e o contorno da “moda”. Mudar de apetite sexual na senilidade pode significar que se trata apenas de uma desilusão, uma falta de opção com o sexo oposto, um modismo para ficar na onda, um desejo de experimentar e depois se defrontar com a realidade de não encontrar saída a menos que se mude de bairro, cidade ou nação.

© by Rui Rodrigues   

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