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sábado, 22 de junho de 2013

Carta aberta ao Governo e ao Congresso nacional.


Carta aberta ao Governo e ao Congresso Nacional
(Para ler com calma e muita atenção)
A política nacional vandaliza a nação  
Em face da incredibilidade do setor político da nação quanto aos movimentos de rua  e à aparente ignorância sobre o que se passa, como se isso fosse possível num elenco de “eleitos” que por conhecerem os desejos da nação, a representam, aqui vai a explicação e vontades expressas nas ruas.
Se estivéssemos na década de 60, poderíamos dizer que nossos políticos são da “velha guarda” e os movimentos de rua da “jovem guarda”. Porém muitos de nossos políticos são exatamente dessa década, e como muito tempo já decorreu sem que nada de sensível mudasse neste país – vivemos nas ruas e pelas ruas reclamando - nossos políticos e nossa política são hoje da “guarda medieval”. Ficaram muito atrasados, usando uma constituição que pode ser alterada como  querem sem pelo menos consultar o povo para uma nova constituinte, como daquela vez em que se chamou o Ulysses Guimarães. Com tantas alterações através de PAC, transformou-se numa colcha de retalhos, um trapo que qualquer político pode alterar como no humilhante caso da PEC-37, um autentico AI-5, ato institucional do tempo da ditadura.  
Não há mostras do governo de voltar atrás neste assunto, e evidentemente que o povo já demonstra nas ruas a sua insatisfação. Para um governo e um congresso que deveriam representar o povo, se estão tão certos de que estejam certos, façam um plebiscito. A constituição ainda os permite. Digo ainda, porque, quem sabe, vem aí mais uma PEC impedindo ou limitando plebiscitos. Este é um temor dos manifestantes, que representam toda a sociedade mentalmente saudável desta grande nação, tão grande, que fiquem certos, é muito maior do que o seu governo.
O povo está nas ruas contra a corrupção... Mas há condenados que estão soltos, e pior ainda, mandando no Congresso, votando no Congresso, dando opinião. Ora, não seria o caso de tantos corruptos se demitirem de seus cargos? Claro que não. O sistema lhes assegura que continuarão impunes, e é isto que o povo não quer. A burocracia para tirar um voto de confiança dado é tão grande, e o tempo de quem trabalha tão curto para outras atividades que não sejam o trabalho, esmorece vontades, faz desanimar. Então o povo vai para as ruas numa demonstração só, que engloba os altos custos inexplicáveis das passagens de transporte público, o desmazelo e desinteresse das empresas de telecomunicações em melhorar o serviço e deixarem de cobrar pelo que não propiciam, gente morrendo em filas de hospitais porque além de faltarem médicos falta de tudo e nada funciona, ensino péssimo, horrível, morre gente pelas ruas em assaltos diariamente por que falta segurança pública. Mas é tão alto o valor dos impostos cobrados aos cidadãos e o valor arrecadado tão alto, que somente a corrupção nos preços unitários, nos valores globais, nos salários de governantes e nos desperdícios por péssima administração podem explicar porque razão somos tão ricos financeiramente como uma sexta economia do mundo, e tão pobres como nação de pessoas que trabalham durante toda a sua vida sem ter nada de decente nem no que respeita ao essencial. Nem são necessários números nem olhar as avaliações mundiais para sabermos que se rouba muito e se desperdiça muito no nosso setor governamental. Mas mesmo depois do pronunciamento da presidente da nação não  há sinalizadores de que algo irá mudar. O discurso de Dilma Rousseff foi de força, de que tudo continuará como sempre esteve. Como o povo já conhece bem, muito bem, nossos políticos, já não se engana nem se pode enganar.
Não há um único ministério que funcione a contento, porque os cargos são de confiança e não de capacidade. Qualquer um pode convencer ou enganar um ministro e sua assessoria, a começar por esta mesma. O sistema é todo ele falho, voltado para a corrupção, sob lindas leis que não se cumprem, a começar pela primordial de que o governo deve representar o povo, e o faz através de propaganda. As propagandas são sempre muito lindas como no regime de Stalin ou de Mao tse Tung, ou mesmo dos Ayatolás, mas não resolve o nosso problema nem resolveu o deles, nem em Cuba, nem na Venezuela, nem na Argentina. E perdemos o trem do México, do Chile e da Colômbia que criaram um Mercosul separado, porque nesta organização comercial se misturou política com negócios. As obras da Copa bradam aos céus de todos os engenheiros e economistas desta nação, que não só no planalto existem engenheiros e economistas. Aliás, de valor, de gente que entenda da profissão, não há nenhum porque todos são, no governo, “de confiança”. Não da nossa, senhores e senhoras, da vossa confiança.
Sentimo-nos numa jangada de pedra, navegando cada vez mais para fora do mar da confiabilidade internacional, do comércio internacional, da educação, da saúde, da segurança, dos transportes, das nações. Estamos a ponto de nos reduzirmos a um bando que tem uma bandeira com crack e outras drogas espalhadas por todos os lados.
O que fizeram com o nosso Brasil, o nosso querido Brasil? Porque sois tão insensíveis, gente tão ruim, da pior espécie que mata mais em seus desvios e desperdícios do que os vândalos dos movimentos de rua?
Não votaremos nas próximas eleições, até que por iniciativa própria tomem as medidas para sanar o setor político. Esperamos que agora não restem duvidas do que se quer, mas se ainda restar alguma, como sabem perfeitamente o que é certo e o que é errado, consertem vossos erros de imediato, antes que este país caia numa revolução civil que ninguém quer, mas da qual nada se teme. Este pobre povo não teme a morte.
O que queremos é participar das decisões de governo... Queremos uma Democracia Participativa. Não queremos uma nação vandalizada pela política. 

©  Rui Rodrigues

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