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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Adoção de cachorro cãopanheiro, carente e de raça.



Adoção de cachorro cãopanheiro, carente e de raça.


Pode me adotar que não vai se arrepender!

Solto pouco pêlo, faço minhas necessidades e até tomo banho sozinho, todos os dias, sem custos adicionais em lojas de beleza canina. Basta-me água de um chuveiro e sabão ou sabonete. Claro que prefiro sabonete para ficar mais cheiroso. Não como muito, mas como de qualquer coisa, o que sobra das travessas e panelas. Do prato não. Normalmente o que sobra nos pratos é o que ninguém quer. Aliás, não exijo nada e estou sempre de bem com a vida. Sou extremamente saudável e nunca fui a médico. Só para tomar vacinas quando era um cachorrinho na casa em que nasci. Fui bem ensinado e sei fazer muitas coisas. Não sou castrado mas tenho a cabeça no lugar e não saio por aí atrás de qualquer cachorra só por que estou com vontade desenfreada.

Aprendi a miar. Se desejarem me adotar, posso latir, ladrar ou miar. Imito passarinho. Á vezes ronco, mas é raro. Aprendi a conter os meus intestinos e não solto “pum”. Sei exatamente onde se fazem as “necessidades”, que é no banheiro, e vou sempre lá quando estou apertado. Na rua não faço necessidades porque fui bem ensinado e nem precisa levar aquele saquinho de plástico e luvas de plástico para apanhar e guardar as minhas necessidades. Quando preciso vou ao banheiro. Fui bem ensinado. Posso ficar no meu canto caladinho, fazendo companhia, de frente ou de lado para a TV, gosto de escutar música, e se tiver um computador por perto, sempre fico de bituca nas postagens das redes sociais. Gosto de tudo o que se move. Faço a maior companhia. Escreva num bilhete o que quer, dê-me uma bolsa e dinheiro e me mande no supermercado que trago tudo direitinho e o troco também. Não é qualquer cachorro que faz isso. E aprendi a não roer móveis.    

Nada de bebida. Basta um carinho, um cafuné, uns beijinhos e fico numa boa, feliz da vida. Se for dar uma caminhada, me leve. Sou um bom “cãompanheiro”. Tenho uma vantagem quando for num restaurante: Nenhum garçom sente vontade de me botar para fora, nenhum dono proíbe que eu entre, porque sou simpático, tenho olhar meigo, comporto-me muito bem e não incomodo ninguém, mas se precisar espantar ladrão sou dos melhores. Ninguém encostará a mão em você. Nem ladrão se atreve quando estou por perto. Agora imagine a seguinte situação: Você está carente e gostaria de um afago. Também aprendi isso. Afago como ninguém afaga. Faço todos os tipos de carinho e se não gostar, não lambuzo. Mas se gostar, lambuzo pra valer. Minhas lambuzadas, o seu prazer, o seu conforto. Se pedir mais, sempre tem. É o mínimo que posso fazer por quem me dá carinho. Carinho com carinho se retribui. Também aprendi isso.

Também sei dirigir, mas preciso renovar a minha carteira de motorista. Sou um aposentado de baixo salário e alta instrução. E só aceito uma dona. Dono não! De dono estou fora... Mas se prefere um cachorro de verdade, posso compreender perfeitamente.



Anúncio lançado na Internet por um morador de rua que teve acesso a uma LAN.  
Rui Rodrigues

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