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sábado, 15 de agosto de 2015

O filósofo Sócrates e o Brasil atual.

Sócrates, o filósofo que sabia muito mais que todos, chamou a si, lá do fundo da alma toda a humildade que podia reunir e disse a célebre frase: “Só sei que nada sei”. Foi um dos principais fundadores da Democracia.
Mas desconfio que Sócrates era mais político do que filosofo, embora o sentimento da Democracia, posto a nu como sistema político, tenha sido de um brilhantismo e de um heroísmo impressionantemente fantásticos. Ganharia um Nobel hoje, com todo o merecimento. Ele era Grego.
Ainda bem que não veio nas caravelas do Cabral, porque se um filósofo do seu porte declarava que nada sabia, então quem se atreveria a dizer que sabia alguma coisa?  Seriamos um povo dominado pela humildade, admiração do mestre, e subserviência pela dúvida entre o certo e o errado.
Discordo de Sócrates e não me perguntem porque razão, mas quanto a mim, “Só sei o que sei, e há muitas coisas que não sei”. Há uma diferença, quase um abismo, embora também com humildade: Não nego o que sei que sei e não o junto politicamente com o que não sei, generalizando o que não é generalizável.

É por isso que minha visão do Brasil diverge talvez de muita gente. É que entendo o Brasil como uma nação que recebeu muito cedo um choque político e amadureceu em decorrência: De repente passou de colônia a Reino Principal de um Império, sem esforço algum, lutando uma guerra “externa” que nunca chegou aqui. Já vai longe a história, mas tentem imaginar a situação: A Europa se destruindo em guerras, destruição para todos os lados, e há um reino que luta por um dos lados, mas onde a guerra não chega...E mesmo a independência não foi uma “guerra”.[1] Dom João VI casou-se no Brasil, e mesmo depois da guerra terminar na Europa, não queria sair daqui. Nossa  idiossincrasia se instalou na forma de resolvermos nossos problemas pessoais, nacionais e internacionais de forma tranquila e democrática e permanece desde os descobrimentos até hoje. Mas não se enganem os aproveitadores da história e da nação: Somos um povo que sabe defender-se com garra e heroísmo.


Até 13 anos atrás éramos a inveja do mundo inteiro, a sexta economia, o povo mais feliz do mundo. Somos ainda hoje um “reino” onde os piores males do mundo parecem não chegar. Mas como pode isso acontecer?

Creio que se pode explicar.

Uma nação democrática se constitui basicamente de “governo, Povo e... Ambiente”. Sempre esquecem o ambiente quando definem uma nação. É tempo de falarmos do Ambiente como parte intrínseca, mas não é apenas o Ambiente da natureza. É mais do que isso. É o ambiente “geral” da nação, incluindo a economia, as artes, as ciências, as facilidades de locomoção, a eficiência dos serviços de segurança pública, de educação, de saúde públicas e tudo em geral de que depende uma nação para viver em paz, tranqüilidade, com ordem e progresso. E no nosso caso atual, o governo é “representativo”. Deve governar em razão da vontade da maioria, para atender seus principais e necessários desejos, e é pelo voto que se define quem é a maioria e a quem o governo deve “agradar” principalmente, sem esquecer jamais as minorias porque também são BRASILEIRAS.

Experimentalmente isto se constata pela forma normal e coerente de colocar uma garrafa em pé pela base e não pelo gargalo. O bom senso nos diz isso. Há muitos outros exemplos.Então, em relação ao pensamento de Sócrates, e considerando o exposto para fechar este tema, o que é que eu sei?
Não apenas sei que o PT e a base aliada desde que assumiram o Brasil, bonito por natureza, varonil de encantos mil, mudaram o seu ambiente político, a ponto de psicologicamente a nação se achar impotente. O estrago foi tão grande no ambiente geral, que gente boa se transforma em sádicos algozes, gente forte em masoquistas, o mal assola a nação, e nem vale a pena entrar em detalhes. A forma de pensar da população está mudando da paz para a raiva e a revolta, é a inconformação. Estamos nos tornando num povo mais belicoso, mais revoltado. Não são dores de crescimento, são dores de não crescermos como nação, a nossa que sempre foi das melhores do mundo.


Nem no futebol acertamos mais, e o funk destronou o samba. Um dia o desfile será de 'escolas de funk", mas aqui para nós, que se dane o futebol e o samba, que o que importa é vivermos bem. Vamos colocar essa garrafa em pé, pela base. É de água, cristalina, pura. Quando estiver em pé, pode tomar com toda a energia de forma segura, com muita educação para não se engasgar. Água é saúde!

® Rui Rodrigues  



[1] E a “ditadura” no Brasil foi das mais leves de todo o  mundo.  

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