Pesquisar este blog

sexta-feira, 10 de março de 2017

A política tão longe quanto se possa enxergar...

Resultado de imagem para camara dos lordes


Setenta e um anos, a caminho rápido para os 72, muita leitura, muito( ) conhecimento, e quanto mais conheço mais perguntas me faço e mais sinto que menos conheço, mais preciso aprender. Mas a trancos e barrancos algumas respostas consegui, de forma que me parecem satisfatórias, muitas ou quase todas não desejáveis, embora irrefutáveis, quase postulados, leis da vida tal como a conhecemos...

1- As maiorias no mundo

Socialmente os humanos se acomodam em pirâmides. Excetuando perseguições raciais e o modelo hindu de castas, é possível em qualquer sociedade mudar de posição entre a base e o topo, de forma mais fácil ou mais difícil, porém, de modo geral, as maiorias são mais carentes de instrução, de disponibilidades financeiras, de saúde, segurança, e fazem o trabalho mais pesado. Trata-se de um modelo de "sobrevivência" coletiva. Ao tratar o doente deve ser o médico a tratar e não o servente. Ao determinar a prioridade das obras, pode ser assunto de todos, mas quem as deve comandar tem que ser o engenheiro, e o economista tem que saber como se pagará e o povo tem que saber quanto vai tocar a cada um pagar.  

2- A democracia das "maiorias" 

Se alguém se guindasse ao poder e determinasse um sistema - se fosse possível tal sistema - de não haver nenhum cidadão sem instrução máxima superior, com fome, sem bons salários, sem serviços de saúde, sem segurança, seria chamado de déspota, ditador. Normalmente os rumos de uma nação se decidem pelo voto. Ganha a maioria dos votos. Espera-se que os eleitos para o governo correspondam aos anseios da maioria. Ora como vimos no item 1 acima, a maioria é mais ignorante, e a ignorância não se coaduna bem com o "governar", e os que governam terão que discordar da maioria e deixam assim de representar tal maioria. As maiorias querem sempre o "impossível", o céu na terra. A democracia não representa os cidadãos.

3- O futuro da política


O ideal parece ser um sistema de governo constituído por "equipes" de gestão que devem prestar contas aos cidadãos representados por fiscais contratados, tudo supervisionado por quem queira supervisionar, motivo pelo qual não poderão existir "segredos" de Estado. Estas equipes são disponibilizadas por empresas altamente técnicas e especializadas em gestão. Tudo deve ser aprovado previamente pelos representantes contratados pelo povo que os pode destituir a qualquer instante sem precisar comprovar seja o que for. Basta não gostar, assim como quem demite de empresa na iniciativa privada. Nada de "Partidos políticos" impregnados de "ideologia politica" normalmente falsa, que dizem governar em nome do povo e mentem "politicamente" nem sempre "polidamente".

Desta forma, sempre "representarão" a maioria, porque são contratados pela capacidade e qualquer um pode, desde que tenha razão, impedir ou anular ou levar a julgamento qualquer elemento do governo. Basta submeter suas preocupações. Uma câmara unica de anciãos pode representar o povo a nível municipal, estadual e federal.

Para representar a nação no exterior, pode indicar-se um ator ou uma atriz os mais belos e bem falantes que se puderem arranjar, que somente poderão comprometer a nação conforme a câmara de anciãos aprovar. Embaixadores, idem, depois de consultarem a Câmara.

A política tal como a conhecemos tem os dias contados. Se no futuro será assim ou não, o tempo dirá. O tempo sempre diz e fala por si só. E por vezes fala coisas que nos parecem hoje absurdas. Os governantes têm que ser contratados para que se possam demitir e desocupem a moita. Hoje são animais estranhos no ninho, que incomodam, e sempre se aproveitam dos cargos para alguma coisa, gastando dinheiro que não é deles.

Rui Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário