Pesquisar este blog

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A famigerada copa Brasil 2014 da FIFA.

A famigerada copa Brasil 2014 da FIFA.


  1. O cenário Brasil.

Quando a fome se junta com a vontade de comer, temos sempre uma lambança. A lambança tanto pode ser comunista, como socialista, como capitalista, sob a égide mancomunada de ditadores como na Argentina de Videla, de reinados, de republicas, de quem “manda” nos governos que vêm na realização das Copas boas oportunidades para alguma coisa, mais que não seja, a promoção pessoal em governos de caudilhos e populistas, ou de partidos políticos no poder com vistas à reeleição ou para firmar sua posição de liderança. Em países mais democráticos, uma esperança de bons negócios. Para todos, afinal, sempre a perspectiva de bons negócios não importa quem paga as despesas, quase sempre as populações com os impostos provenientes do trabalho. Mas no Brasil, um país com os mais altos índices de corrupção, com um “ex-líder” populista no comando do governo onde impera soberana uma ex-guerrilheira completamente “tapada”, obsessiva e vingativa, unida a uma emissora de televisão que pensa estar sempre sobrenadando sobre a mídia desde que apoiada pelos governos a quem sempre pede ajuda financeira em troca de favores, e um senado cheio de políticos que têm contas a ajustar com a justiça e que pensam que sempre terão as bênçãos do governo desde que o consintam e o apóiem, todos os males se somam apoiados por uma população com os mais ínfimos índices de educação mundiais.

No Brasil as bênçãos são mais abençoadas e os malefícios são mais demoníacos. Somos brasileiros, não desistimos nunca, mas demoramos muito a escoicear o montador que nos empurra com a propaganda que nós mesmos pagamos para nos mostrar “o bom caminho a seguir”. O mensalão é uma prova de que os políticos não representam o povo brasileiro.  Foi assim que trouxeram a Copa do Mundo da FIFA de 2014 para terras brasileiras. Com todos aqueles “predicados” não é difícil entender porque razão a copa se realizou em terras tupiniquins: A Copa é um bom negócio para quem a usa, a FIFA é uma empresa e o governo brasileiro parece ser uma empresa particular de partidos, políticos, politiqueiros, amigos unidos do PT. Nenhum deles é comunista nem socialista. Ganham o dinheiro questionável do uso de impostos públicos. A FIFA é a única de princípios capitalistas, assim como as empresas de construção e de exploração de espaços, suportados por uma mídia e artistas pagos a peso de ouro: Há que convencer o povo que o que é bom para os EUA é bom para o Brasil – assim se dizia antigamente – e que o que é bom para a FIFA é bom para o PT.

  1. FIFA - Antes e depois de João Havelange

Até o reinado de Stanley Rous como presidente da FIFA, de 1961 a 1974, nunca se levantou acusação séria de corrupção em seus bastidores. Faleceu com 91 anos em Guildford, em 1986, livre de denuncias. Sucedeu-lhe João Havelange, brasileiro, porque apoiava os países africanos. Havelange ficou suficientemente rico para se dedicar a trabalho filantrópico junto às aldeias internacionais SOS, patrocinado pela entidade em 131 países. Para se livrar de acusações de corrupção [1], abdicou de sua posição de presidente de honra da FIFA.  Não trouxe nenhuma copa para o Brasil, embora tenha organizado seis delas [2].  Sucedeu-lhe Joseph Blatter, e há rumores de corrupção incluindo a realização da Copa de 2022 no Qatar. Franz Beckenbauer foi afastado de seu cargo no comitê organizador de copas na FIFA e promete cooperar com as investigações. Os resultados da comissão de ética da FIFA serão divulgados após a copa de 2014. Em termos de esporte muito se deve à FIFA. Não é isso que se questiona aqui.

  1. Brasil, FIFA e “Não vai haver Copa”.

Era evidente que haveria Copa. Primeiro porque algumas confederações de futebol hesitaram ou não confirmaram suas candidaturas à realização da Copa. Foi o caso de Chile em conjunto com a Argentina tal como se chegou a cogitar em 2005; o Canadá ficou em compasso de espera caso o Brasil não conseguisse cumprir com as premissas; A candidatura Colombiana obrigaria á cessão para o México por questões financeiras e o presidente Uribe desistiu de concorrer em 2007; Uma pretensa “Comunidade Andina” constituída de Colômbia, Equador, peru e Bolívia nem foi oficializada, mas estaria fadada ao insucesso por causa das altitudes dos campos de jogo, além desses quatro países estarem automaticamente classificados; os EUA, hipótese levantada por Blatter seria uma opção caso o Brasil não cumprisse com as exigências estabelecidas, tal como o Canadá; Hugo Chavez, o desastrado e cômico presidente da Venezuela, apresentou sua candidatura quando as inscrições já estavam encerradas. Sobrou a candidatura do Brasil. Um dos primeiros passos da presidente Dilma Rousseff, pouco experiente em economia, em contratações e em gerir uma democracia, foi baixar um decreto – e país onde se governa por decretos não tem nada de democrático com um congresso comprado – estabelecendo o sigilo das despesas para a Copa - além de um outro segundo o qual há uma reserva financeira que pode ser usada pelo Estado sem ter que dar satisfações a ninguém. Num Estado com tantas deficiências na educação, na segurança, na saúde e nos transportes públicos, dizendo-se socialista, era de esperar que os investimentos nacionais se voltassem para estas áreas. Em vez disso, a presidência, o PT e seus partidos associados financia porto em Cuba, perdoa dívidas de conhecidos ditadores africanos, baixa decretos atrás de decretos alterando leis e uma principalmente, o decreto 2.300 sobre contratações, a pretexto de dar velocidade ao andamento de projetos, e construções em geral. A transposição do Rio São Francisco não foi realizada deixando o Norte e Nordeste sem água, o gado morrendo, e acumulando erros atrás de erros, o governo brasileiro atrelado ao Congresso Nacional levou o povo para as ruas. Um dos slogans era “Não vai ter Copa”...Mas sempre que o povo sai ás ruas por um movimento lídimo e patriótico, a ala destruidora dos partidos políticos, do governo e dos políticos associados, vem para as ruas também, para desvirtuar. 

Até hoje o governo brasileiro e o Congresso atrelado com os respectivos partidos políticos ainda não quiseram entender que não vai ter Copa. Claro que está tendo Copa, mas vai custar muito caro aos que se distraem com futebol no governo. O preço será cobrado a qualquer momento, antes, durante ou após as eleições. Duzentos milhões são brasileiros neste país e não desistem nunca. Era melhor para eles, os que governam com o Senado atrelado com os respectivos partidos políticos que tivessem desistido da Copa. Para nós, povo brasileiro, agora seria tarde para desistir. Como brasileiros torcemos pela seleção nacional, mesmo que a Copa fosse realizada em outros países, mas parece que não estavam interessados. Depois de Stanley Rous, a FIFA mudou muito. Ficou rica. Não ela apenas, como entidade, mas tal como no governo brasileiro, os políticos também estão encontrando suas fontes de enriquecimento.Governos passam, o povo fica. A "pilha" da emoção da Copa é da Globo, da FIFA e do governo brasileiro. O dinheiro já foi gasto, as obras afora os estádios não... Você, contribuinte vai continuar sem educação, sem infraestruturas, sem transportes dignos, sem segurança e sem saúde públicas. E haverá apagões de energia e financeiros. 

® Rui Rodrigues

  










[1] No livro Foul! The Secret World of FIFA: Bribes, Vote-Rigging and Ticket Scandals, lançado em 2006, o jornalista investigativo Andrew Jennings descreve Havelange como um dirigente corrupto. Segundo Jennings, o filho do fundador e ex-diretor da Adidas, Horst Dassler, comprou votos de delegados indecisos na primeira eleição de Havelange. Dois anos depois, o brasileiro retribuiu o favor entregando a Dassler o poder exclusivo sobre a comercialização dos principais torneios mundiais. Em 2011 já havia  renunciado do COI, dias antes da entidade anunciar decisão sobre casos de corrupção que envolviam o nome do brasileiro  .
[2] Um dia se saberá como que a Globo conseguiu a exclusividade para a transmissão dos jogos da Copa da FIFA. Em 1981, o Comitê Executivo da FIFA nomeou o poliglota Joseph Blatter como secretário-geral da entidade e, em 1990, o promoveu a diretor executivo (CEO). Sob o seu comando, foram realizadas cinco Copas do Mundo: Espanha 1982, México 1986, Itália 1990, Estados Unidos 1994 e França 1998. Nesse período, junto a Havelange, ele teve um papel preponderante nas negociações dos contratos de televisão e de marketing da Copa do Mundo da FIFA e na modernização do formato comercial do evento até o ano de 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário