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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O Facebook e a minha proteção





O Facebook e a minha proteção

Impressões de Rui Rodrigues – ver (ou não ver) emhttps://www.facebook.com/rui.rodrigues.5268?ref=tn_tnmn

Antigamente, no tempo dos reis, quando mandavam em tudo, a palavra deles era lei. Era impensável contestar alguma coisa. Luis Caroll expressou muito bem essa característica daqueles reis em seu livro “Alice no País das Maravilhas” naquela cena marcante em que a “Rainha de Copas” grita histericamente:

- Cortem-lhe a cabeça!

O Facebook é, evidentemente, uma rede social, e sem dúvida, interessante, mas não a única, e apesar de virtual, é comandada por um rei “real” que impõe a moral dos murais, e a “política” da virtualidade em sua rede, além, é claro, de em face à “economia” e à “gestão” de seu negócio, estabelecer os métodos e mecanismos de controle da “moral” e dimensionar as instalações, equipamentos e pessoal para o funcionamento do site e policiamento dessa “moral”. Em tempo de baixa do valor das ações, é costume fazer-se economia, robotizar-se o sistema, diminuir a supervisão, enxugar o sistema. Não é raro, e pelo contrário, até é normal ver-se que ao fim deste processo de enxugamento as empresas acabem por perder o interesse do mercado, serem vendidas para esperançosos que apostam em sua recuperação. Ás vezes dá certo, outras dão errado.

Mas são milhões talvez até mais de um bilhão de usuários usando essa imensa rede que é o facebook. Como “controlar”, deixando bem clara a “seriedade” da rede? Sim, porque num mundo pleno de injustiças, é nas redes sociais que se discutem as injustiças deste mundo, e por isso o seu enorme sucesso. Mas, repito:

Como “controlar” o facebook e seus usuários, deixando bem clara a “seriedade” da rede?


Entendeu o rei real do site virtual que se podem pedir amizades a quem julgamos conhecer, quer, por identidade de pensamento, quer por ser amigo de amigo, ou por que nasceu na mesma vila aldeia ou cidade, ou por que seja freqüentador de suas postagens. Em sua política, considera “assédio” quando a solicitação de amizade é indeferida pelo solicitado uma ou mais vezes. Este aspecto é fundamental para que o solicitante seja privado de pedir amizades por períodos crescentes de 10, 30 dias. Os usuários podem ter suas contas suspensas ou banidas por outros motivos, uns justos e outros duvidosos.

Governar um site de rede social é como governar uma nação. É difícil, reconheço, e exige bastante pessoal qualificado para geri-la. E, sobretudo de leis – e de seus mecanismos de aplicação - que sejam justas, inquestionavelmente justas! O contrário já temos muitas vezes na própria casa, e quase sempre nos governos de “reizinhos” que governam as nossas nações reais.

O usuário ingênuo como eu, mas não anormal, pressupõe que, quando se pede amizade no facebook, haja um mecanismo automático que, em sendo negada pelo solicitado, se impeça novo pedido para não “incomodar” ou “assediar” o usuário “incomodado” ou “assediado”, e isso acabaria com o problema. Afinal, com tanta gente com quem nos podemos identificar, e dados os nossos limites de memória real, é bem possível que por mais de uma vez se peça amizade ao mesmo usuário. Mas como dar a impressão de que o site é “sério”? E quanto custaria mudar o sistema de pedidos de amizade para esta nova situação? Nosso rei do facebook decidiu que continuará deixando que se peça amizades, incentiva a solicitação de amizades dando sugestões, mas ao limitar os recursos do site a quem vê rejeitado o seu pedido de amizade continua a render o conceito de “seriedade” do site limitando-lhe este recurso. Se este mundo fosse real, o usuário poderia até ser preso, pagar indenização por perdas e danos. Colocar mais gente real na administração do facebook para avaliar o grau de assédio ou de incomodo, deve estar fora de cogitação porque os custos levariam o facebook à falência.

Tal como na vida real, pretende-se que algumas injustiças que causam feridos e mortos resultando em baixas porcentagens de atingidos expliquem e justifiquem os meios utilizados.

E as denúncias?

Imagine um grupo de amigos, todos correligionários intransigentes do partido político PT, por exemplo, querendo tirar do ar um usuário de partido contrário ou até mesmo apartidario?  Com meia dúzia de denuncias tiram o sujeito ou a sujeita do ar...

No “Yahoo respostas” já aconteceu disto, e até pior, e muitos daqueles físicos, matemáticos, médicos, engenheiros, professores, artistas que fizeram parte desse site já o deixaram há muito tempo. Hoje, os melhores freqüentadores do “Yahoo Respostas” são curiosos, e muitos deles determinados a ganhar “pontos” para demonstrar que são “alguém” na vida. Na vida virtual, evidentemente. Já não o freqüento há mais de quatro anos nem pretendo voltar a freqüentar.

Pedir-me dados como CPF, Número da identidade, que são reais, num mundo virtual, onde sites são invadidos, deve ser coisa de site fajuto, de site invadido, ou de rei real idiota que pensa que eu sou ainda mais idiota usando um site virtual.

Obrigado, Facebook, por seus cuidados com a minha “proteção” virtual, sempre e quando não interfira com minha segurança real. De outra forma, dispenso e saio fora!

Rui Rodrigues

PS- O facebook pode ter dúvidas sobre minha identidade real, ou se minha página foi invadida por um “hacker”.. E eu, se o facebook também foi invadido. Como posso dar-lhe, então, os dados de minha identidade real sem abrir mão de minha inteligência, ainda que eventualmente menor do que a do rei do facebook? 

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