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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Good bye Romney!



                                                                                            Good bye Romney!

Neste blog, onde se fala sobre tudo, com ou sem opinião pré-moldada, ou cabeça feita, é indiferente a vitória nas urnas de Romney ou de Obama, em eleições que terão lugar dentro de poucos dias nos EUA. Nada mudará de essencial na política norte americana. Como são apenas dois candidatos, quem apostar na vitória de um ou de outro tem 50% de chances de acertar. É o que nos diz a teoria das probabilidades, que no fundo é uma lei.  Mas, analisando a vida de cada um deles, o (aparente) perfil psicológico e o que dizem e fazem em campanha, pode-se adiantar que, não havendo esses tipos de sujeira na contagem dos votos que de vez em quando acontecem, Obama será o grande vencedor, e por tanto, Good bye Romney... So long!

Podemos até nos perguntar porque razão os EUA até hoje não usaram urnas eletrônicas para abreviar e simplificar a contagem de votos(isto me soa muito estranho, já que detêm a tecnologia mais avançada do mundo).

E porque razões assim será?

O mundo mudou nas últimas décadas, mas não tanto. Para a maioria dos americanos comuns as condições de vida pioraram, e é cada vez maior o numero de americanos “comuns”, ou seja, os que sem baixar o seu nível de conhecimentos ou de inteligência, se viram obrigados a baixar o nível econômico e necessitam mais de ajuda do governo. Ora isto é reduto de Obama que tem características de governo mais voltado para os aspectos sociais. Romney, pelo contrário, defende a volta – aparentemente a qualquer custo – do “American way of life”, que como sabemos dificilmente voltará com a aparência de glamour dos filmes de cinema dos anos 20 ou 50 ou mesmo 60. O mundo mudou bastante e esse modo de vida jamais será o mesmo, até porque os conservadores perderam a força dentro dos próprios lares com o crescimento do feminismo e já não apitam muito na opinião dos filhos e netos. Aliás, o american way of life era apenas no cinema. Pobres se aquecendo em latões nas ruas ou escarafunchando lixo é secular nos EUA e ao redor do mundo, mas ninguém vai para as televisões levantando bandeiras e vangloriando-se de ser um país pobre que cultiva as diferenças sociais.

Cerca de 17% de eleitores americanos de raiz latina, com bastante peso nas eleições, olham para os dois e o que vêm? Obama dirigir-se a eles em espanhol e Romney usando o filho que sabe falar espanhol por ter residido no Chile. Ambos demonstram ter atenção para com os latinos, mas enquanto Obama se dedicou a aprender espanhol, o Rude-Romney - dotado de uma teimosia de empedernimento mental republicano - mandou o filho falar, porque não tem tendências para aprendizado de espanhol, ou não teve tempo para se dedicar. Isto pesa bastante.

A braços com um furacão de que não há memória e que quase arrasa N. York, Obama fica dois dias sem campanha, mas Romney fica apenas um. Nesse segundo dia em que não fez campanha, Obama decidiu sobre a ajuda governamental a N. York e ganhou o apoio do prefeito na campanha. Romney demonstra ambição cega e interesseira achando mais importante a campanha. Obama também, mas aproveitou o seu ato de ajuda – mais do que normal – para fazer deste uma alavanca na sua campanha.

Na primeira campanha para a presidência, Obama disse: “Yes, we can”!

E ele “could”. Ele pôde fazer muitas coisas. Uma delas eliminar Bin Laden. Outra, retirar as tropas do Iraque e em breve as do Afeganistão. E outra ainda, aliviar consideravelmente a crise nos EUA. Isto pesa muito.

Todo mundo sabe – o mundo inteiro – que Bush distribuiu verbas públicas para ajudar três bancos a se livrarem da falência. Os banqueiros pediram desculpas, ficaram com o dinheiro e o seguraram porque têm medo de voltar a emprestar. Isto desencadeou a crise de 2.008. Estamos em 2012 e a Europa está agora com a crise que chegará aos latinos da América do Sul em breve. Mas Obama recuperou a economia que agora cresce a um por cento ao ano, o que é um feito que poucos países – já desenvolvidos – conseguem atingir, se é que algum deles detém esta marca. Isto também pesa muito.

E pesa ainda mais, na hora de votar – para os indecisos – a rudeza e a aparente firmeza na intransigência republicana no perfil de Romney. Mulheres e gays preferem Obama.

E Obama não dá “mancada” como Romney tem dado, demonstrando por atos falhos que é muito diferente do que diz ser:

  1. Em Londres[1], durante as olimpíadas, criticou a organização dos Jogos e mostrou ser pouco familiar com o inglês britânico.
  2. A fragilidade do plano de cinco pontos de Romney[2], que beneficia as classes mais ricas e mais poderosas.
  3. Embora se tenha declarado contra a afirmação de aliado sobre o aborto, Romney demonstra que dentro de seu reduto não há uniformidade de opinião e portanto representa uma dúvida para os eleitores[3] e num mundo em mudanças, com jovens que ditam o futuro, Romney une-se a conservadores.

O cidadão norte americano – é de sua idiossincrasia -  raramente aceita um mancada de um líder, ou de quem se propõe a sê-lo. Romney e seu grupo de campanha abusaram muito.

Good Bye Romney. Obama vai ganhar estas eleições!

Rui Rodrigues



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