Filmes legendados obrigam você a ler e tem que ser muito rápido senão perde a meada do filme. É uma vantagem que pode ajudar muito para as provas do Enem, competir para o Fies. Sabia que se você passar na prova e até para o Enem, é porque teve mais competência que os outros que não conseguiram passar? Mesmo sendo de origem índia, negra, branca, oriental, eslava, watusi, quíchua, ou esquimó? E isso nem faz de você um racista ou um burguês.
Por outro lado tem a vantagem de poder escutar o timbre de voz de grandes artistas. Quem dubla nem sempre tem a veia artística suficiente para dar a “entonação” de acordo com a situação e fica aquela coisa lida, corrida, que até parece ter sido posta lá no estúdio, de propósito, para satisfazer algum pedido de grandalhão petista. Pior ainda quando têm o sotaque paulista carregado sem que o filme seja passado em São Paulo. Nestes casos fica a impressão que o personagem é paulista emigrado para o local das filmagens.
Filmes dublados tiram de você a possibilidade de testar a tradução das legendas (acredita que há filmes dublados com legenda?). Sempre há furos nas traduções. Por economia são feitas por uma só pessoa. Traduções teriam que ser feitas sempre por uma dupla que não se agredisse um ao outro: Uma que falasse a língua dos personagens da película, e um do lugar onde vai ser passada. Reduziria as dúvidas e a tradução seria perfeita. Seriam raros os casos de brigas entre tradutores juramentados. Sim. Teriam que ser juramentados porque esses é que entendem de traduções. Mesmo quando o filme for russo para ser rodado nos EUA, ou iraniano para passar em Jerusalém.
Você sabe como é “falar búlgaro”? Aposto que não. É uma língua tão rara, que alguns remanescentes do comunismo poderiam achar que passar filmes búlgaros seria de um requinte “bulgarês” – burguês para filmes búlgaros em particular - inaceitável. Bulgarês é um termo moderno criado aqui só a título de ilustração, que é como se fosse uma metáfora que é uma imagem, segundo uma célebre metáfora do presidencialismo tupiniquim cujos pais nunca a conseguiram ensinar direito a falar búlgaro. A primeira vez que visitou a Bulgária, essa célebre metáfora tupiniquim, quase que foi parar na Bósnia-Herzegovina porque dispensou a tradutora e achou que o vôo deveria ser para Sarajevo. Sófia (capital da Bulgária) para ela não existe, deve dizer-se “sofisma”, ou então é o nome de uma mulher com assento que não existe. Assento com dois esses mesmo.
Filmes com legendas permitem que se treine o falar, e entendimento da língua inglesa, por exemplo. Basta tampar com um anteparo as legendas e ficar escutando o que dizem. Também poderia, num processo semelhante treinar seu inglês em filmes dublados usando o controle remoto: Escuta o que dizem, dá um pause no filme, e num caderno de notas vai anotando a tradução. Depois aluga o mesmo filme com legendas e compara. Este processo, porém, é tão complicado e chato que ninguém usa.
Pretendem lançar um filme sobre essa metáfora presidencial chamado “Coração Valente”, só porque a tal da metáfora é uma mulher e o herói do verdadeiro filme é um escocês que usava Kilt, que parece muito com uma saia, mas é pra homem. Para que se veja como são os arremedos de películas Stalinistas que promoviam a imagem do líder, assim como agora são na Coréia do Norte, a tal da metáfora não usa kilt, nem saia. Usa calças. Também a guerra do filme original era pela independência, e a daqui, a ser pela independência, também, a heroína teria que passar seus últimos momentos numa forca esperneando de calças, porque de saias seria um filme pornográfico com requintes maquiavélicos. E não é assim que morre o herói do filme original sobre a Escócia.
Estudantes pagam meia, tapas devem ser com luvas de pelica (só para povo gay) e votante da milícia sempre paga, mas com dinheiro doado pelo partido segundo as regras da casa, que é sempre haver uma “claque” para quando a metáfora estiver presente. Nada de pipoca. Só bandeirolas, coca-cola inventada pelos americanos, e mortaleca que não se sabe quem inventou, porque tem muita polpa de jornal á mistura. Quem faz claque não trabalha, e com a falta de trabalho atual, há riscos de cada vez haver mais claques com cada vez menos coca-cola e menos mortadela, porque não há dinheiro para tudo. De saco cheio de tanto ganharem só coca-cola com mortadela enquanto os empresários de seus partidos ganham bilhões, assim mole-mole, só no papo, as hostes dos claques está diminuindo a olhos vistos. Afinal, eles lutam pela divisão do capital: Uns trabalham como animais sendo até mal pagos, e teriam que dividir seus ganhos com os outros: Os que não podem (e deveria ser justa a divisão) e os que não querem trabalhar (aqui o bicho pega e morde).
Já tentaram traduzir: “Shit not always sink, it floats. Flush is needed”. São capazes de traduzir por “ Folhas nem sempre pensam. Precisa acender um flash”. No fundo e muitas vezes, uma espécie de censura velada, ou promoção adúltera ou adulterada que para os efeitos dá no mesmo.
® Rui Rodrigues
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