Ella Athal é a minha bela e competente secretária, gerente, jornalista, e o que há de melhor no Bar do Chopp Grátis. Além do mais, ela pratica artes marciais e tem uma queda por mim. Sempre treinamos juntos. Não fossemos tão aventureiros, e já estaríamos casados há muito tempo, cheios de filhos até pelos corredores e do salão até o hall, o mais velho me pedindo uns trocados para montar a sua empresa, o mais novo no meu colo, lavando o bumbum dele, mas minha avó paterna foi enfática: Não se pode dar o passo maior que as pernas. Apliquei isso ao bolso, e nunca gasto mais do que o bolso tem. Perguntem a Ella Athal, que sempre me chama de “pãum durru” mas quando vamos comprar sorvete, cada um paga o seu. Produtos de lavagem e perfume vaginal, camisinhas, toalhinhas e essas coisas femininas, até o batom, quem paga sou eu. Ela argumenta que eu é que uso os produtos que compro pra ela. Afora isso, dividimos muitas coisas. Certa vez em que a rua estava em obras, tiramos uma semana para irmos a Viena, Áustria, quando também por coincidência, conseguimos umas passagens tão baratas que pensamos que o avião seria algo parecido com o Bagatelle do Santos Dumont. As passagens realmente saíram por uma bagatela. Quem não sente a Áustria e Alemanha como uma Anschluß[1], formando uma só nação? É uma injustiça pensar assim mas talvez não seja tanto.
1. Áustria, a capital cultural da Alemanha.
Se já experimentou desembarcar em Viena de Áustria deve ter se sentido numa “Alemanha” cheia de cultura, como se fosse a capital da industrial Alemanha. Colocaria a República de Weimar num chinelo. A língua e o povo são praticamente o mesmo. Viena, então, é ainda mais silenciosa, musical, intelectual, digamos até imperial do que qualquer cidade da Alemanha. E mais cara também. Freud viveu lá. Como era verão, Ella Athal resolveu se refrescar em frente ao Palácio Imperial de Hofburg puxou uma revista, deitou-se na grama e pediu que lhe batesse uma foto. Depois se levantou e caminhamos até um restaurante que tinha umas cadeiras do lado de fora, perto do Bosque de Viena. Pedimos duas cervejas. Na mesa a nosso lado estava um senhor solitário tomando uma bebida mais forte. Era bem idoso. Um homem e uma mulher o olhavam na mesa ao lado. O idoso estava sentado numa cadeira de rodas. Foi ele quem puxou conversa em inglês perfeito.
Na foto o professor em Quichinau- 1944
- É sim. Séculos de cultura, experiência, guerras...
- É verdade. Não reparem nem olhem, mas aquele senhor e aquela senhora na outra mesa não falam inglês. Cuidam apenas de mim.
É muito raro que eu saia de casa por causa da minha idade. Eles só me deixam tomar um drinque e mais nada. Sei que o drinque já vem batizado com água lá de dentro, por ordem daqueles dois, mas não posso fazer nada. Vocês vieram de onde?
É muito raro que eu saia de casa por causa da minha idade. Eles só me deixam tomar um drinque e mais nada. Sei que o drinque já vem batizado com água lá de dentro, por ordem daqueles dois, mas não posso fazer nada. Vocês vieram de onde?
- Do Brasil.Ela é minha secretária, jornalista.
- Ah... Jornalista...
- Algum interesse particular senhor...
- Professor! Angstrom Von Shneider. Fui professor secreto na Universidade de Quichinau, capital da Moldávia.Secreto, porque naquela altura se estava em guerra e só meia dúzia de pessoas de Stalin sabiam que eu trabalhava lá. Nem os alunos sabiam. Para eles eu era um secretário do Partido adido á Universidade. Há muito tento passar informações, mas ninguém me dá crédito. Acham que estou ultrapassado e que sou gágá... Se puderem, publiquem.
- Professor! Angstrom Von Shneider. Fui professor secreto na Universidade de Quichinau, capital da Moldávia.Secreto, porque naquela altura se estava em guerra e só meia dúzia de pessoas de Stalin sabiam que eu trabalhava lá. Nem os alunos sabiam. Para eles eu era um secretário do Partido adido á Universidade. Há muito tento passar informações, mas ninguém me dá crédito. Acham que estou ultrapassado e que sou gágá... Se puderem, publiquem.
- É sobre o quê, professor?
-Macro-Economia política, visando á conquista de mercados ou á sua destruição.
Ella Athal a partir daí assumiu a conversa que se transformou numa entrevista.
2. A MACROECONOMIA GEOPOLÍTICA.
O professor começou a explicar onde queria chegar.
- Nas Universidades aprende-se economia e macroeconomia, mas é nos escritórios secretos do governo e de banqueiros que se aprende como invadir mercados e até destruí-los, se bem que a economia é uma dama tão sensível, que qualquer ato fora de ordem pode acabar com o amor.
- Pode ser usada então como uma arma? Quero dizer, de certo modo...
- É esse exatamente o caso. As forças armadas de cada país estão unidas em torno de governos porque os governos protegem o capital. É este capital que produz serviços públicos de qualidade, forças armadas fortes, ensino de primeira qualidade. Quem consegue um status razoável não deseja que ninguém o destrua. Quando alguém destrói a economia de seu país, ou é para levar vantagem, ou incompetente. A terceira opção para a incompetência seria estar a serviço de nação estrangeira. Mas isso seria uma traição á pátria. Naquele tempo a Alemanha tinha arrebentado com a sua economia, e a Russia era comunista. Temia um confronto futuro com os EUA. Pensou-se então numa guerra econômica.
- Faz sentido isso...Mas parece que a Russia a perdeu se é que alguma vez fez esse tipo de guerra.
- Já viu comunista que odeia o capital, que acha que este mundo pode ser gerido sem o dinheiro, gerir bem o capital? Isso é nonsense... Não tem sentido, mas os russos tentaram sair do aperto econômico do mundo ocidental. Tentaram sim...Mas não tiveram visão! Nos tempos de vacas gordas deve comprar-se para fazer estoque para o tempo das vacas magras...
- Como tentaram, professor?
- Não tenho nada contra gente pobre, e até os admiro porque conseguem sobreviver. Esses são os melhores economistas do mundo. Simples, mas entendem de uma economia ainda mais simples: A da sobrevivência. A Russia sempre teve uma economia da sobrevivência. Não era competitiva. Nenhum país comunista ou socialista tem economias competitivas.A Russia lutava por um lado para sobreviver internamente mantendo um padrão mínimo á base de distribuição de cupons de racionamento, e por outro lado tinha pretensões para conquistar a corrida espacial, manter as republicas socialistas sob sua botina, estender o comunismo a Cuba, a África... É a economia do "pobre" que se tenta vestir como se fosse rico e acaba por gastar mais no supérfluo do que alguém de classe média, esquecendo o principal e a poupança segura.
- Então, professor a queda do comunismo na Russia foi produto de uma incompetência ou de uma conspiração?
- Diria que das duas. Veja as bolsas da China. Estão caindo muito. Isso vai dar o que falar. A China pode até entrar numa revolução. China e Russia erraram no mesmo ponto: Mão de obra barata, quase escrava, por conta do "comunismo", quando o camarada trabalha para o partido por ideal. Quando os mercados externos balançam, esses países precisam baixar ainda mais sua mão de obra... Como? Não pagando nada a quem trabalha? Já a Igreja Católica se aproveitou da queda do comunismo e disse que tinha sido devido a rezas e que isso estava na carta de "Lúcia"... A Igreja Católica também é política. Quem não é?
- Mas a China está sob ataque ou também é por incompetência?
- Olhe, menina...Todos os países comunistas acreditaram erroneamente que uma "Pátria Educadora" pode mudar o perfil idiossincrático da humanidade e transformar um povo em doador anônimo. Não podem. O ser humano gosta de progredir, ter um sentido de vida. Hoje caçar com machado de pedra, amanhã com um de bronze, depois com um de ferro, até possuir uma bomba atômica e ir para casa de automóvel do ano. Quando em 2008 o mercado teve um baque por causa de três bancos que iriam á falência nos EUA, a China e os emergentes começaram a crescer enquanto o mundo ocidental se retraía por ter percebido que ainda sentiria falta de dinheiro. O mundo ocidental economizou e passou a consumir menos. Qual economista digno de diploma e de nome não sabia disto, não poderia prever o futuro? Nem que fosse louco. Ladrão ou chefe de ladrões, sim, passaria batido por cima da situação porque não é esse seu interesse. Seu interesse é esvaziar cofres e distribuir pelo politburo e amigos dependentes que lhes garantam o poder.
- Fala do Brasil, professor?
- Do Brasil e de quem se forma até em Harvard mas não atende o cargo pela nação e sim por interesses próprios ou pelos interesses a quem, indiretamente, deve beija-mão.Já estive até no Brasil uma vez com um grupo de alemães. Viajei pela Varig...
Mesmo em época de crise os países ocidentais podem continuar comprando petróleo e estocando em poços vazios... Comprar minério de ferro e estocar em pilhas. Eles têm os bancos e o dinheiro. Podem fazer estoques baratos com vistas á produção futura. Comunistas dizem que exploram, que são isto e aquilo, mas não... É trabalho limpo, fruto de inteligência, de mérito. A vantagem é a qualificação, o mérito, a moral e a ética. Dar ninguém dá... Mas voltemos á Russia, quando ela quis fazer tudo ao mesmo tempo e não tinha dinheiro...
- Sim, professor... O que fez a Russia?
- Ajudou Angola em troca de diamantes. A filha do homem que ele ajudou, o atual presidente há já quarenta anos, é a mulher mais rica de África, a Isabel... Em troca de ajudas, na maior parte inócuas, recebia matéria prima dos ajudados por todo o mundo e até açúcar de Cuba. Dava "apoio" aos regimes e recebia matérias primas quase de graça, de amigo para amigo. Mas não desenvolveu a economia, sistemas produtivos competitivos, e continua não desenvolvendo. Para o presidente deles está bom. Tem todo o conforto, toda a riqueza que quer e até submarino particualar. A Russia não mudou muito.
- E os EUA? vão para o socialismo com o Obama, ou continuam capitalistas depois dele?
- Aos banqueiros não importa para onde vão os EUA. Podem sair de lá e ir capitalizar outro país, a Alemanha, por exemplo. Sempre estiveram em todos os países do mundo. Ser capitalista é ser humano e ter sucesso com o dinheiro ainda que isso possa representar um tremendo insucesso no relacionamento pessoal, mesmo com as mulheres, como pensam os comunistas, mas isso é uma epidemia quando se põe primeiro a profissão e depois o conforto e o relacionamento.Mas muito em breve as mulheres serão banqueiras também, generais de exército, almirantes, brigadeiras...
- Tem algumas fotos, professor?
- Tenho... Ando sempre com elas. Tirem fotos das fotos e me devolvam que só tenho essas...
- Tá... E esta crise atual quando acaba, professor ?
- Se não der em guerra, não termina antes de 2028... Garantido... Se houver guerra, nem se preocupem... A guerra acabará com a crise, porque sem humanidade não há crise... Os ratos herdarão a terra. Já andam roendo economias em nome do comunismo, uma baboseira sem tamanho, uma cretinice,uma cabotinada em que só quem for muito ignorante pode acreditar. Já não existe nenhum país comunista e eram mais de cem... Mas quanto mais "pobre" mais acredita na ressurreição de Jesus, em Papai Noel, em duendes, e na fraternidade humana... Quem dá, diziam, emprestava a Deus... Deus não se sabe se ficou mais rico, mas quem pedia, e ainda pede, ficou... Basta ver a riqueza que têm.
- Só para finalizar, professor... Poderíamos dizer que aquele problema dos três bancos falidos em 2008 foi uma conspiração?
- Bem... Em 1929 os banqueiros resolveram conspirar vendendo ações para depois recomprarem a custo menor e desencadeou uma tremenda guerra porque todos os países foram atingidos, grande desemprego, fome, miséria, suicídios... Em 2008 quem pode dizer se foi se não foi? Pode ser que os banqueiros tenham dado um golpe para conseguirem dinheiro público em suas contas a custo quase grátis... O povo perdeu o dinheiro, evidentemente. Em todo mundo. Os bancos ficaram com os cofres mais cheios...
Esta Não é Ella Athal. Pediu-me para não a mostrar. É uma amiga muito parecida com ela.
Despedimos-nos do simpático professor Angstrom Von Shneider que nos disse ter 105 anos... Acreditamos, mas continua lúcido.
® Rui Rodrigues
-Macro-Economia política, visando á conquista de mercados ou á sua destruição.
Ella Athal a partir daí assumiu a conversa que se transformou numa entrevista.
2. A MACROECONOMIA GEOPOLÍTICA.
O professor começou a explicar onde queria chegar.
- Nas Universidades aprende-se economia e macroeconomia, mas é nos escritórios secretos do governo e de banqueiros que se aprende como invadir mercados e até destruí-los, se bem que a economia é uma dama tão sensível, que qualquer ato fora de ordem pode acabar com o amor.
- Pode ser usada então como uma arma? Quero dizer, de certo modo...
- É esse exatamente o caso. As forças armadas de cada país estão unidas em torno de governos porque os governos protegem o capital. É este capital que produz serviços públicos de qualidade, forças armadas fortes, ensino de primeira qualidade. Quem consegue um status razoável não deseja que ninguém o destrua. Quando alguém destrói a economia de seu país, ou é para levar vantagem, ou incompetente. A terceira opção para a incompetência seria estar a serviço de nação estrangeira. Mas isso seria uma traição á pátria. Naquele tempo a Alemanha tinha arrebentado com a sua economia, e a Russia era comunista. Temia um confronto futuro com os EUA. Pensou-se então numa guerra econômica.
- Faz sentido isso...Mas parece que a Russia a perdeu se é que alguma vez fez esse tipo de guerra.
- Já viu comunista que odeia o capital, que acha que este mundo pode ser gerido sem o dinheiro, gerir bem o capital? Isso é nonsense... Não tem sentido, mas os russos tentaram sair do aperto econômico do mundo ocidental. Tentaram sim...Mas não tiveram visão! Nos tempos de vacas gordas deve comprar-se para fazer estoque para o tempo das vacas magras...
- Como tentaram, professor?
- Não tenho nada contra gente pobre, e até os admiro porque conseguem sobreviver. Esses são os melhores economistas do mundo. Simples, mas entendem de uma economia ainda mais simples: A da sobrevivência. A Russia sempre teve uma economia da sobrevivência. Não era competitiva. Nenhum país comunista ou socialista tem economias competitivas.A Russia lutava por um lado para sobreviver internamente mantendo um padrão mínimo á base de distribuição de cupons de racionamento, e por outro lado tinha pretensões para conquistar a corrida espacial, manter as republicas socialistas sob sua botina, estender o comunismo a Cuba, a África... É a economia do "pobre" que se tenta vestir como se fosse rico e acaba por gastar mais no supérfluo do que alguém de classe média, esquecendo o principal e a poupança segura.
- Então, professor a queda do comunismo na Russia foi produto de uma incompetência ou de uma conspiração?
- Diria que das duas. Veja as bolsas da China. Estão caindo muito. Isso vai dar o que falar. A China pode até entrar numa revolução. China e Russia erraram no mesmo ponto: Mão de obra barata, quase escrava, por conta do "comunismo", quando o camarada trabalha para o partido por ideal. Quando os mercados externos balançam, esses países precisam baixar ainda mais sua mão de obra... Como? Não pagando nada a quem trabalha? Já a Igreja Católica se aproveitou da queda do comunismo e disse que tinha sido devido a rezas e que isso estava na carta de "Lúcia"... A Igreja Católica também é política. Quem não é?
- Mas a China está sob ataque ou também é por incompetência?
- Olhe, menina...Todos os países comunistas acreditaram erroneamente que uma "Pátria Educadora" pode mudar o perfil idiossincrático da humanidade e transformar um povo em doador anônimo. Não podem. O ser humano gosta de progredir, ter um sentido de vida. Hoje caçar com machado de pedra, amanhã com um de bronze, depois com um de ferro, até possuir uma bomba atômica e ir para casa de automóvel do ano. Quando em 2008 o mercado teve um baque por causa de três bancos que iriam á falência nos EUA, a China e os emergentes começaram a crescer enquanto o mundo ocidental se retraía por ter percebido que ainda sentiria falta de dinheiro. O mundo ocidental economizou e passou a consumir menos. Qual economista digno de diploma e de nome não sabia disto, não poderia prever o futuro? Nem que fosse louco. Ladrão ou chefe de ladrões, sim, passaria batido por cima da situação porque não é esse seu interesse. Seu interesse é esvaziar cofres e distribuir pelo politburo e amigos dependentes que lhes garantam o poder.
- Fala do Brasil, professor?
- Do Brasil e de quem se forma até em Harvard mas não atende o cargo pela nação e sim por interesses próprios ou pelos interesses a quem, indiretamente, deve beija-mão.Já estive até no Brasil uma vez com um grupo de alemães. Viajei pela Varig...
Mesmo em época de crise os países ocidentais podem continuar comprando petróleo e estocando em poços vazios... Comprar minério de ferro e estocar em pilhas. Eles têm os bancos e o dinheiro. Podem fazer estoques baratos com vistas á produção futura. Comunistas dizem que exploram, que são isto e aquilo, mas não... É trabalho limpo, fruto de inteligência, de mérito. A vantagem é a qualificação, o mérito, a moral e a ética. Dar ninguém dá... Mas voltemos á Russia, quando ela quis fazer tudo ao mesmo tempo e não tinha dinheiro...
- Sim, professor... O que fez a Russia?
- Ajudou Angola em troca de diamantes. A filha do homem que ele ajudou, o atual presidente há já quarenta anos, é a mulher mais rica de África, a Isabel... Em troca de ajudas, na maior parte inócuas, recebia matéria prima dos ajudados por todo o mundo e até açúcar de Cuba. Dava "apoio" aos regimes e recebia matérias primas quase de graça, de amigo para amigo. Mas não desenvolveu a economia, sistemas produtivos competitivos, e continua não desenvolvendo. Para o presidente deles está bom. Tem todo o conforto, toda a riqueza que quer e até submarino particualar. A Russia não mudou muito.
- E os EUA? vão para o socialismo com o Obama, ou continuam capitalistas depois dele?
- Aos banqueiros não importa para onde vão os EUA. Podem sair de lá e ir capitalizar outro país, a Alemanha, por exemplo. Sempre estiveram em todos os países do mundo. Ser capitalista é ser humano e ter sucesso com o dinheiro ainda que isso possa representar um tremendo insucesso no relacionamento pessoal, mesmo com as mulheres, como pensam os comunistas, mas isso é uma epidemia quando se põe primeiro a profissão e depois o conforto e o relacionamento.Mas muito em breve as mulheres serão banqueiras também, generais de exército, almirantes, brigadeiras...
- Tem algumas fotos, professor?
- Tenho... Ando sempre com elas. Tirem fotos das fotos e me devolvam que só tenho essas...
- Tá... E esta crise atual quando acaba, professor ?
- Se não der em guerra, não termina antes de 2028... Garantido... Se houver guerra, nem se preocupem... A guerra acabará com a crise, porque sem humanidade não há crise... Os ratos herdarão a terra. Já andam roendo economias em nome do comunismo, uma baboseira sem tamanho, uma cretinice,uma cabotinada em que só quem for muito ignorante pode acreditar. Já não existe nenhum país comunista e eram mais de cem... Mas quanto mais "pobre" mais acredita na ressurreição de Jesus, em Papai Noel, em duendes, e na fraternidade humana... Quem dá, diziam, emprestava a Deus... Deus não se sabe se ficou mais rico, mas quem pedia, e ainda pede, ficou... Basta ver a riqueza que têm.
- Só para finalizar, professor... Poderíamos dizer que aquele problema dos três bancos falidos em 2008 foi uma conspiração?
- Bem... Em 1929 os banqueiros resolveram conspirar vendendo ações para depois recomprarem a custo menor e desencadeou uma tremenda guerra porque todos os países foram atingidos, grande desemprego, fome, miséria, suicídios... Em 2008 quem pode dizer se foi se não foi? Pode ser que os banqueiros tenham dado um golpe para conseguirem dinheiro público em suas contas a custo quase grátis... O povo perdeu o dinheiro, evidentemente. Em todo mundo. Os bancos ficaram com os cofres mais cheios...
Esta Não é Ella Athal. Pediu-me para não a mostrar. É uma amiga muito parecida com ela.
Despedimos-nos do simpático professor Angstrom Von Shneider que nos disse ter 105 anos... Acreditamos, mas continua lúcido.
® Rui Rodrigues
[1] Acordo entre o governo nazista alemão e o Austríaco para se juntarem num só país alegando a língua, os costumes e os interesses, como base para o acordo. Hitler anexou assim a Áustria e a empurrou para a guerra que iniciaria contra o mundo. Os alemães daquela época não pensavam bem. E alguns hoje também não.
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