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sábado, 25 de fevereiro de 2017
Previsibilidade...Calma...Estamos quase lá...
Creio ter entendido ao longo de mais de 70 anos, que tudo, absolutamente tudo, sem exceção, tem um princípio, um meio e um fim. Parece estar escrito em tudo que se olha e estuda. Nosso planeta e o Universo estão cheios de exemplos, como se fosse uma mensagem, uma regra, uma lei. Nem precisaria comprovar. Nosso planeta e o Universo são exemplos de que surgiram, tiveram uma "vida" e... Terão um fim, "morrerão", como tudo morre! Einstein disse que Deus não joga dados e deve estar certo (Einstein não estava certo quanto à constante cosmológica), porque tudo é previsível até mesmo no caso do "entrelaçamento quântico", quando se colocam duas partículas em contato e depois se afastam por quilômetros, e quando se troca a rotação de uma, a outra automaticamente a troca também, numa velocidade de resposta que excede infinitamente a da luz.
A natureza em que vivemos deixa-nos mensagens sempre à vista. Precisamos interpretá-las. Por exemplo o "caso dos rios". Mas antes... Como aparecem? Aparecem pelo acúmulo de água, gota a gota. E depois, para onde vão os rios, como vão, e por que vão? Os rios vão sempre "para" o centro da Terra atraídos pela gravidade que age sobre cada gota de água. Como não podem ir de forma direta, vão por onde podem, de cada milímetro em que se encontra cada gota para um milímetro mais baixo. O mar não os faz acabar. O mar os absorve, e quando na nascente e ao longo de seu percurso o clima seca drasticamente, os rios acabam. Temporária ou definitivamente. No contexto do fim de nosso planeta, todos os rios acabarão também.
Mas não são apenas rios que surgem e acabam. Os primeiros astros que apareceram no universo, foram as estrelas, constituídas de hidrogênio e hélio. Um dia, vencidas pela gravidade que elas mesmas criaram, e sem o combustível cujas explosões as mantinham ativas, explodiram em super-novas, mas criaram outros elementos mais pesados que o hélio e o hidrogênio, que se juntaram e formaram outras estrelas, mas agora com planetas em suas órbitas. Partículas surgem e desaparecem a todo o instante. Espécies surgiram e desapareceram da face deste planeta, como os dinossauros.
Em termos de "coisas" inertes ou "vivas", a nível atômico, molecular, ou estelar, podem aparecer, evoluir, mas têm seus dias contados pela forma como se formaram e evoluíram. A sensação que temos é que se trata de uma "guerra" de fagia entre tudo, mas não há guerra alguma. Lavoisier disse que "na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma". Creio que ele não sabia o completo alcance de sua lei, a caminho da "previsibilidade completa universal". Hoje podemos calcular quanto tempo durará uma estrela, ou seja, ela tem seus "dias" contados praticamente a partir do momento em que se forma. Um dia aprenderemos a calcular o tempo de existência de galáxias e do próprio Universo, de cada ser vivo. Hoje já podemos avaliar quanto tempo ainda resta a certas espécies para que ainda existam em nosso planeta até se extinguirem. Carl Jung disse a Sigmund Freud que ele estava "criando" um câncer, e foi disso que faleceu. Disse-o em função do estilo, do histórico de vida que Freud levava.
Creio que a nossa humanidade se extinguirá quando tiver "aprendido" quase tudo sobre este universo e poucas forem as perspectivas de "novidades". Somos uma espécie viva que busca novidades e odeia o tédio. O conhecimento causa a previsibilidade como se a Natureza jogasse xadrez, de tal forma, que se soubéssemos tudo poderíamos prever o futuro de qualquer "coisa". Nossos conhecimentos e nossa tecnologia aumentam de dia para dia, a uma velocidade exponencial, caminho do nosso "fim". É bem verdade que nosso fim pode ser a Eternidade" ou a extinção, mas sem calma nada se faz. Portanto, calma.... Estamos quase lá, mas ainda temos muita coisa para fazer, muitas "novidades" para descobrir.
Rui Rodrigues
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