I- A formiga e
a água do Senhor
Formigas não catalogam nada, não deixam registros, nem pretendem ir à Lua. Aliás, as formigas não sabem de muita coisa e nem enxergam. Quando andam em filas enormes, comunicam-se através de substâncias químicas para as quais têm um excelente faro. Elas não se alimentam do que levam para os formigueiros. Tudo o que levam para lá serve como adubo para cultivar fungos. Comem os fungos. Estão organizadas de tal forma que possuem "soldados" para manter a ordem, consertar as entradas, ventilações, matar inimigos. Morrem de forma altruísta e nem ganham medalhas. Porém, morrer sem ser por uma causa deixa-as confusas. Quando sentem algo vivo, de "faro" orgânico que seja muito grande, atrapalhando-lhes a passagem ou destruindo o formigueiro, atacam-no impiedosamente. Cada corpo desses que lhes atrapalha a vida é um tipo de demônio. Não conhecem nenhum Deus. Tudo são demônios ao seu redor. Incrível como fazem pontes vivas para possibilitar a passagem da "tribo". Elas parecem ter um "manual" de instruções que seguem à risca, estritamente. Sem problemas com sexo. Operárias e soldados não têm sexo. Uma rainha fecundada passa a vida botando ovos. Nenhum de nós aguentaria muito tempo vivendo como formigas, e muito menos ficando sujeitos a uma igualdade irritante em que a menos da especialização entre operárias, soldados e rainha, todos são iguais, absolutamente iguais e não poderia ser diferente porque a mãe de cada uma é a rainha comum. Os membros dessa comuna assim formada pela natureza são todos nobres, burgueses e irmãos. Apesar disso, elas conseguem viver e sobreviver sem alegrias nem tristezas. Elas também não têm um sistema nervoso central. Por isso também quando isoladas, sem odores de comando, ficam perdidas sem rumo, e sua única função, porque nem preocupação têm, é encontrar um "cheiro" para que possam fazer alguma coisa para a qual estejam programadas. Uma dessas formigas, iguais a todas as outras, foi parar talvez carregada pelo vento numa xícara de café quente do senhor sentado a uma mesa na calçada em frente a uma cafetaria. Mexeu-se a esmo numa tentativa de não afundar na água. Formigas estão programadas para as enchentes nos campos ou quando são apanhadas por filetes de água corrente mas não para o calor. Aquela água estava muito quente. Foi assim que a formiga foi sorvida por um furacão e desceu às profundezas do inferno onde aos poucos foi perdendo os movimentos. E de repente imobilizou-se como se nunca tivesse existido. No formigueiro não fazem registros de nada. Nunca souberam ou se preocuparam com aquela formiga exceto quando lhe deram mecanicamente feromonas para que entendesse para onde ir e o que fazer, mas sem contudo a identificarem, nem com um simples numero sequer. Uma trabalhadora nobre, burguesa, socializada... Sabiam apenas que a identificavam como "viva e operacional". Ninguém contabilizava ninguém. Para o senhor, com ou sem formiga, o café não mudou em nada. Poderia ter sido naquele dia, ou no anterior, ou no que viria e nunca chegou.
Formigas não catalogam nada, não deixam registros, nem pretendem ir à Lua. Aliás, as formigas não sabem de muita coisa e nem enxergam. Quando andam em filas enormes, comunicam-se através de substâncias químicas para as quais têm um excelente faro. Elas não se alimentam do que levam para os formigueiros. Tudo o que levam para lá serve como adubo para cultivar fungos. Comem os fungos. Estão organizadas de tal forma que possuem "soldados" para manter a ordem, consertar as entradas, ventilações, matar inimigos. Morrem de forma altruísta e nem ganham medalhas. Porém, morrer sem ser por uma causa deixa-as confusas. Quando sentem algo vivo, de "faro" orgânico que seja muito grande, atrapalhando-lhes a passagem ou destruindo o formigueiro, atacam-no impiedosamente. Cada corpo desses que lhes atrapalha a vida é um tipo de demônio. Não conhecem nenhum Deus. Tudo são demônios ao seu redor. Incrível como fazem pontes vivas para possibilitar a passagem da "tribo". Elas parecem ter um "manual" de instruções que seguem à risca, estritamente. Sem problemas com sexo. Operárias e soldados não têm sexo. Uma rainha fecundada passa a vida botando ovos. Nenhum de nós aguentaria muito tempo vivendo como formigas, e muito menos ficando sujeitos a uma igualdade irritante em que a menos da especialização entre operárias, soldados e rainha, todos são iguais, absolutamente iguais e não poderia ser diferente porque a mãe de cada uma é a rainha comum. Os membros dessa comuna assim formada pela natureza são todos nobres, burgueses e irmãos. Apesar disso, elas conseguem viver e sobreviver sem alegrias nem tristezas. Elas também não têm um sistema nervoso central. Por isso também quando isoladas, sem odores de comando, ficam perdidas sem rumo, e sua única função, porque nem preocupação têm, é encontrar um "cheiro" para que possam fazer alguma coisa para a qual estejam programadas. Uma dessas formigas, iguais a todas as outras, foi parar talvez carregada pelo vento numa xícara de café quente do senhor sentado a uma mesa na calçada em frente a uma cafetaria. Mexeu-se a esmo numa tentativa de não afundar na água. Formigas estão programadas para as enchentes nos campos ou quando são apanhadas por filetes de água corrente mas não para o calor. Aquela água estava muito quente. Foi assim que a formiga foi sorvida por um furacão e desceu às profundezas do inferno onde aos poucos foi perdendo os movimentos. E de repente imobilizou-se como se nunca tivesse existido. No formigueiro não fazem registros de nada. Nunca souberam ou se preocuparam com aquela formiga exceto quando lhe deram mecanicamente feromonas para que entendesse para onde ir e o que fazer, mas sem contudo a identificarem, nem com um simples numero sequer. Uma trabalhadora nobre, burguesa, socializada... Sabiam apenas que a identificavam como "viva e operacional". Ninguém contabilizava ninguém. Para o senhor, com ou sem formiga, o café não mudou em nada. Poderia ter sido naquele dia, ou no anterior, ou no que viria e nunca chegou.
Por onde andaria o Grande Contabilizador que nos mantém com memória na memória, enfim... Vivos? Todas as formigas do mundo, têm seu Grande Contabilizador como a Grande esperança do amanhã e todos eles são diferentes, mas não contabilizam nada.
II- O Mosquito
Camikaze da ZIKA
Estava justamente vendo um filme de aviação da segunda guerra mundial quando senti algo me incomodando. Parecia que tinham atirado em mim, no braço por que estava ardendo. Então dei um pause e no silêncio que se fez, tentei ouvir algum som. De repente ouvi como se fosse um motor ao longe, e tentei divisar o inimigo, mas estava camuflado.
Ajustei o meu ângulo de visão para mais ou menos as dez para as dez, um pouco abaixo e olhei... Minhas mãos voaram uma contra a outra e quando as abri, lá estava o inimigo: Um mosquito das forças aéreas da ZIKA. Olhei bem as mãos... Tive que ir ao banheiro lavá-las. O piloto estava morto, ensanguentado. O aparelho danificado, o trem de pouso completamente quebrado, as asas uma pra cima e outra pra baixo...
Voltei ao filme mais tranquilo, mas o braço mostrava os danos que ele me causara: Um calombo. Sou alérgico. Uma amiga me disse:
- Sabes o que é bom pra picadura de mosquito?
- Naão... O que é?
- Bundinha de mosca!!!!
Então me dei conta que de repente se parou de falar em mosquitos, Zika, Milagres que não se explicam assim tão facilmente.... Os santinhos de presépio benzem-se... E assim de repente temos que esperar o senso pra saber se havia moscas suficientes para acalmar os mosquitos.
® Rui Rodrigues
II- O Mosquito
Camikaze da ZIKA
Estava justamente vendo um filme de aviação da segunda guerra mundial quando senti algo me incomodando. Parecia que tinham atirado em mim, no braço por que estava ardendo. Então dei um pause e no silêncio que se fez, tentei ouvir algum som. De repente ouvi como se fosse um motor ao longe, e tentei divisar o inimigo, mas estava camuflado.
Ajustei o meu ângulo de visão para mais ou menos as dez para as dez, um pouco abaixo e olhei... Minhas mãos voaram uma contra a outra e quando as abri, lá estava o inimigo: Um mosquito das forças aéreas da ZIKA. Olhei bem as mãos... Tive que ir ao banheiro lavá-las. O piloto estava morto, ensanguentado. O aparelho danificado, o trem de pouso completamente quebrado, as asas uma pra cima e outra pra baixo...
Voltei ao filme mais tranquilo, mas o braço mostrava os danos que ele me causara: Um calombo. Sou alérgico. Uma amiga me disse:
- Sabes o que é bom pra picadura de mosquito?
- Naão... O que é?
- Bundinha de mosca!!!!
Então me dei conta que de repente se parou de falar em mosquitos, Zika, Milagres que não se explicam assim tão facilmente.... Os santinhos de presépio benzem-se... E assim de repente temos que esperar o senso pra saber se havia moscas suficientes para acalmar os mosquitos.
® Rui Rodrigues
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