Se me fosse dado escrever sobre a História do
Brasil...
...Descreveria este período que vem desde 2002
como " Medievalização da República Nacional" . Pode parecer um
contrassenso falar em medieval junto com república, mas verão no inverno que
não é... Por enquanto ainda faz muito calor por aqui. Os trovadores continuam
cantando "canções de amigo", os grandes "torneios" vão se
iniciar nas grandes "arenas", os "arautos" passam
desenrolando longos "pergaminhos" anunciando novos impostos,
e já se prepara a sucessão ao Reino que deverá ser da mesma família e talvez
até de mesmo sangue real. Pelo menos a corte que se reúne amiúde em S.Paulo,
onde se criou um Foral para a Comuna, assim delibera.
Correm vozes no Reino de grande seca e menores
fartanças populares, de forma tal que tudo fechará por falta de tudo,
provocando manifestações populares onde se diz que o Rei está nu, que a Rainha
é louca. As embaixadas no exterior já não têm moedas sonantes para pagar suas
despesas e alguns estão sendo chamados de volta ao Reino, porque a Rainha não
quer falar com ninguém, fechando-se em Copas.
Passou há tempos pelo Reino um santo homem que
preveniu para o Apocalipse Eminente, mas por mais que tenha sido cristianizado,
o povo não entende este protestantismo contra o Rei e a Rainha, embora o
Meirinho tenha esclarecido que o povo quer mudanças no comportamento da Corte e
que teme a volta do patíbulo com carrascos e corpos balançando nas traves,
porque até as hortas já estão ficando sem água.
É voz corrente que em casa de ferreiro o
espeto é de pau, mas muitos da plebe já se perguntam: E em casa de torneiro, e
de dama de casa de que será?
RR
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