O momento político no Brasil.
Em breves e simples palavras
Um computador gigantesco dotado de software adequado pode dar-nos informações preciosas que nos permitam determinar qual a probabilidade do tempo: Chover, ventar, umidade do ar, etc... Mas jamais a certeza! Da mesma forma um computador aplicado à geopolítica ou à política nacional. São muitas as incertezas. Mas duas certezas nós temos em relação ao Brasil: Há corrupção e nunca foi tão alta. Ora isto leva descrédito ao governo dentro e fora das fronteiras.
Mas o Brasil não é apenas um vetor econômico. Pois não! Tem muitos vetores, alguns tão importantes como a economia que domina o cenário da política internacional, e qualquer sistema de governo que não se baseie fortemente na economia e na competitividade no comércio, está fadado a encolher até se reduzir a zero, à custa do sofrimento da população. Quem não sabe governar deveria sair antes que de sua saída dependa a vida dos que lideram o próprio governo como foi o caso de Cuba: Fidel Castro não poderia largar o governo sob pena de morrer na mão daqueles aos quais fez sofrer ao longo de muitas gerações. Cuba só pode mudar a partir do momento de sua morte ou se perder a noção de tudo, como parece ser o caso.
1. Economia brasileira
No governo de Fernando Henrique Cardoso a economia brasileira pela primeira vez no ultimo século se livrou da inflação. Ou melhor, ficou tão baixa, algo em torno dos 5%, que poderia dizer-se que “acabou”. Mas esses 5% eram realmente cinco por cento. Suas instituições de governo não estavam “aparelhadas”, a mentira não servia para “consertar” erros e distorções das metas. O governo era credível, o investimento estrangeiro trazia investimentos, o nível de desemprego era baixo.
Corrupção é endêmica. Uma doença também mundial com menores índices, e no governo de Fernando Henrique era perfeitamente suportável pelos cofres da nação. Nos primeiros anos do governo Lula correram notícias fantásticas: O nível de pobreza havia diminuído, o Brasil tinha pago sua dívida externa, tudo havia “melhorado”, mas começava também o aparelhamento das instituições com gente do partido colocada á frente das decisões de Estado, mais por fidelidade partidária do que por mérito. Lula não tem segundo grau nem nunca o freqüentou. Tem apenas vontade política, uma determinação em conseguir os objetivos e o dom de falar para um público de nível de conhecimentos igual ou inferior ao seu, além de usar a sua imagem como suporte político. É um caudilho. Já no segundo mandato dele o Brasil devía mais do que antes.A dívida externa não tinha sido paga: Tinha sido transferida para a dívida interna. Demoras e complicações em obras a juros altíssimos fazem empresas ganhar sem trabalhar. Os níveis de educação pioraram. Mudaram os quesitos para avaliar a pobreza e o valor da cesta básica, os índices de inflação foram corrigidos pelas instituições e o Brasil passou a estar melhor de mentira. Veio o descrédito internacional. O mundo inteiro sabe que o governo brasileiro mente! A economia parou de crescer e o PIB decresceu também. Descobriram fraudes bilionárias que podem vir a ser trilhonárias na Petrobrás e um esquema de compra de votos de políticos do senado. O Brasil está se transformando num desastre político, financeiro e político-financeiro. Estamos num país em que, para encobrir a inflação, o governo diz que foi o dólar que subiu gerando aumento nos produtos e não o real que se desvalorizou. Nos tempos de Fernando Henrique havia dólares em caixa para injetar dólares no mercado ou comprá-los para controlar a taxa de paridade, mas a situação atual está tão ruim e o caixa tão baixo, que o volume a comprar e vender para efetuar o controle seria impossível. A impressão que se tem é que os cofres de prefeituras, governos de estados, ministérios, governo, foram esvaziados.
2. A política brasileira
Questiona-se a validade técnica do diploma de economista da presidente Dilma indicada por Lula que atestou, para o efeito de sucessão e sem propriedade alguma, que ela estava “preparada”. Preparada para quê? Fala-se que ela ganhou o segundo turno das eleições por fraude nas urnas eletrônicas. A companhia que as supervisionou é Venezuelana e não tem boa fama internacional realmente. A reclamação na Venezuela é a mesma. Durante a campanha para o segundo turno, caiu um avião com o mais forte candidato em oposição a Dilma, Eduardo Campos, somando-se esta catástrofe a muitas outras semelhantes na política brasileira, o que mais do que coincidência chama a atenção de quem entende de estatísticas. A economia da Venezuela é um desastre ainda maior. Maduro, o presidente é um caminhoneiro que vê passarinhos com cara do falecido Chávez que era um militar seu predecessor e que o indicou como substituto. Lula torneiro mecânico, Dilma ex-terrorista, Chávez, Maduro, Fidel Castro e o irmão Raúl, este também sucessor de Fidel, Evo Morales cocaleiro e Cristina Kirshner uma viúva, compõem o lado “socialista” de uma parte insucessa do Cone Sul da América do Sul que governam sem experiência política anterior sem conhecimentos das ciências que envolvem os vários ministérios. Fazem parte do “Foro de São Paulo”, uma instituição onde Gramsci, se fosse vivo, seria o Presidente com um salário de fazer inveja a Rotschild.
Para eles, a China, Rússia, Angola, Moçambique, continuam sendo países comunistas, a Europa toda socialista, Cuba um exemplo de comunismo bem sucedido. Quem lhes meteu na cabeça, a Lula e Dilma, estas coisas inconsistentes, equivocadas, foram os assessores. Lula e Dilma valeram-se de “quem sabe” para os ajudarem no governar, isto é, ex-terroristas como José Dirceu e José Genoíno e toda uma equipe despreparada, habituada a obedecer cegamente, agora mandando segundo seu “sentimento” de certo ou errado, mas sem instrução, conhecimento de causa. Todos os antigos filósofos de esquerda, socialistas ou comunistas abandonaram o partido, abandonaram Lula e Dilma em face de erros crassos, de um modo de governar muito parecido, senão idêntico, ao dos novos-ricos: Gastam à vontade e depois arranjam outra forma de conseguir dinheiro, mas isso nem sempre é possível Há empresas como a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal, o BNDES, os ministérios, onde acham que podem ir apanhar mais dinheiro, e se necessário for, como tem sido, mentem.
A aproximação dos EUA com Cuba às vésperas da morte de Fidel Castro – e não poderia ter sido antes – veio esvaziar os discursos políticos do PT, da base aliada, de Lula e de Dilma: Não há mais nenhum país no mundo que seja comunista de fato porque o único que tem o sistema é apenas uma ditadura suportada pela mentira da igualdade porque não têm nada para dividir igualmente entre todos a não ser necessidades de tudo: A Coréia do Norte, cujo presidente também indicado pelo falecido pai, é um menino mimado que adorava ir até a Disneyland incógnito quando criança e acaba de matar quase toda a família por dissidências e “traição”.
Sem uma equipe multidisciplinar que entenda dos vários assuntos técnicos que envolvem seus ministérios e sem apoio dos filósofos políticos eminentes porque abandonaram o partido principal de uma organização aliada de partidos de esquerda, os pés de manteiga da estátua do PT como monopolizador do poder e da riqueza da nação brasileira começam agora a derreter. Quando derreterem os pés da estátua, as pernas de barro se estraçalharão. Ficará uma cabeça sob torso inerte, a serem levados para uma fundição histórica, com um epíteto: PT, afundador do Brasil.
3. Os futuros quatro anos da nação brasileira.
A população brasileira tem uma idiossincrasia muito própria. Afinal, é uma nação cuja forma semelhante de pensar de seus habitantes a torna quase idêntica de norte a sul, e uma dessas características é o enorme poder de pressão que pode agüentar. É um povo pacífico, fácil de governar, fácil de levar, cuja maior parte ainda acredita em milagres quer por que pertençam a qualquer religião, quer porque têm fé, esperança, sempre renovadas a cada eleição: Um dia aparecerá alguém que ponha a casa em ordem, entre um campeonato de futebol e outro, uma copa do mundo, um carnaval, um show “gratuito” pago a peso de ouro por prefeituras ou pelo governo central. É o caudilhismo, a crença de que um ser humano possa alcançar o governo e dar justiça á nação, mas é exatamente e também na justiça que está o calcanhar de Aquiles desta forma de governar: Para poder suportar os erros de governo, a justiça tem que ser injustiça para poder explicar o injustificável. Progressos nas leis trabalhistas estão sendo perdidos, bandidos andam à solta, verbas desviadas não são devolvidas, os índices de mortandade por violência aumentaram, as estradas estão esburacadas, a saúde pública piora, a segurança pública não consegue abraçar o território da nação, queimam-se ônibus, fecham-se estradas com pneus em fogo, começam a surgir notícias de atrasos no pagamento de salários em empresas públicas, o preço do barril do petróleo despencou e inviabiliza o pré-sal adicionando mais um fator negativo à Petrobrás, além da corrupção em bilhões de reais que a pode levar à falência quando então terá que ser privatizada. Erros de administração são punidos com palmas quando são destituídos e pior, alguns administradores colocados nas empresas estaduais e ministérios continuam em seus postos esquecendo-se a ineficiência em favor da proteção por fidelidade partidária. Alguns são agraciados com palmas quando se vêem obrigados a abandonar suas posições na administração. Muitos desviam verbas ou são ineficientes e saem para evitar processos.
Após os movimentos de rua de julho de 2013 a nação acalmou estranhamente, porque a situação do país piorou ainda mais. Deve ser a tal capacidade idiossincrática da população para agüentar pressões na vida diária, ainda mais quando é notória a falta de água de forma geral, com mananciais reduzidos por uma seca gigantesca que em breve pode levar também a uma crise energética jamais vista. Há notícias que empresas estão reduzindo os efetivos, teme-se que algumas transfiram suas atividades para outros países. Grande parte da colheita de grãos, e não só, ficou retida e perdida em grandes filas nas estradas por ineficiência nos portos em 2014. Em vez de melhorá-los, financiando privatizações e novos portos, o BNDES criou 60.000 postos de trabalho a nacionais e estrangeiros, a maioria em Cuba e outros países que financiou com o dinheiro da nação, que em boa parte entrará na conta de calotes porque foram financiados a países que não podem pagar, como Cuba, Moçambique.
Lula e Dilma fizeram gordas “doações” a políticos que, internacionalmente, são reconhecidos como ditatoriais e de duvidosa reputação.
O futuro do Brasil é incerto. Não será um país socialista ou comunista porque não é essa a tendência dos governos ao redor do planeta e muitos tendem mais para a extrema-direita como França, Inglaterra e Alemanha. Depois da derrocada do comunismo a partir da queda do muro de Berlim, sucedeu-lhe de forma reforçada o socialismo que está doente devido á sua incapacidade de ter lidado com a crise econômica iniciada em 2008 e que nem deve ter ainda chegado a seu ponto máximo para começar a decrescer. Não deverá terminar antes de 2018, quem sabe se estenderá até 2028. O Banco Central da Suíça num só dia valorizou o Franco em 30% na semana que terminou em 18 de janeiro de 2015, mesmo criando problemas aos seus fabricantes de produtos e exportadores. A Inglaterra prepara-se para enfrentar as conseqüências de uma bolha imobiliária, detectada nos últimos meses de 2014. Teme-se que a Grécia abandone a zona do Euro e países da comunidade européia que não o adotaram não dão mostras de reverter suas intenções. As nações mais desenvolvidas do mundo estão criando “muros” invisíveis de proteção aos seus interesses, um caminho adequado à recessão econômica mundial.
No Brasil, além das conseqüências de tudo isto, o governo não consegue nem vai conseguir conter a inflação por dois motivos: O primeiro porque a inflação advém de uma crise de crédito governamental. O mundo e os brasileiros não têm a mínima confiança no governo. Segundo, porque o próprio governo, por falta de planejamento e política realista das várias situações internas e externas, é o primeiro a aumentar o custo dos serviços, o preço da gasolina e os impostos que só por si já eram altos, impulsionando a inflação.
Um governo que se diz socialista, comunizando até o nome de monumentos como prioridade, criando comissão da verdade em que analisou apenas os crimes cometidos contra guerrilheiros do passado e não destes contra o governo de então, não pode amar o capital a não ser em proveito próprio.
A regra no mundo comunista e socialista tem sido gastar o capital acumulado em governos capitalistas anteriores até acabarem com o capital. Basta um olhar nos livros de história, mas até estes correm os riscos de terem seus textos alterados para que a interpretação dê falsa fé e falsa esperança a um povo que sabe que as coisas estão indo de mal a pior, mas tem fé em milagres, agüenta a pressão. Com as instituições aparelhadas, balas de borracha, cassetetes, tanques e helicópteros o governo não controla o tráfico, nem os assaltos a bancos e a pessoas, mas pode controlar multidões armadas de bandeiras, cartazes e gritos...
Mas só enquanto pode e até um dia!
® Rui Rodrigues em 16/01/2015
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