Peguei-a no ar... Á minha consciência, quando ela passava voando. Eu e ela nunca nos separamos, a não ser pela noite, depois que passo a não me lembrar se respiro ou não, nem onde estou, ou fazendo o quê...
Disse-me: E em que degrau estás?
Respondi-lhe a velha resposta de sempre, que lhe dou desde garoto, como quem diz "te amo", com toda a convicção e não de falar por falar...
- Não sei... Só sei que do décimo para cima eu não irei, jamais, porque não quero, e do quinto para baixo nem pensar... Mais fácil ir até o décimo primeiro do que passar para o quarto degrau...
E os degraus não são assim tão compridos, altos ou largos. São apenas degraus que de vez em quando se mechem dando impressões falsas de que são mais estreitos muito mais altos e curtos.
E temos sido sempre fiéis... Ela, eu e os degraus!
® Rui Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário