Um dia nas Arábias...
Olham-se as fotos das mulheres árabes, mas aqui no ocidente nem se imagina o alcance das possibilidades nem a inflexibilidade de manobras no campo das impossibilidades que elas têm ou não têm. Sair da linha pode representar-lhes a morte.
Mas o que poderia e não poderia ser feito, se é que já não se faz?
Nas arábias dos países muçulmanos as mulheres têm que ser recatadas, as leis dos livros sagrados, como os 10 mandamentos são cumpridos na íntegra, ao pé da letra. A lei de Talião "olho por olho dente por dente" se aplica por lá. Prometidas em casamento, em troca de dote, as meninas muitas vezes são entregues aos maridos ainda jovens, menores de idade, aos 10, 12 anos. Um homem pode ter várias mulheres. Mas mulher só pode ter um homem. Um só... Não pode matar a curiosidade nem a vontade. Em algumas sociedades lhes cortam o clitóris para não serem tentadas pela vontade. No ocidente andaram inventando cintos de castidade, mas muitos mancebos da nobreza perderiam suas amantes plebeias, abades não poderiam satisfazer suas necessidades de aliviar o saco. Os cintos foram arquivados, enferrujaram, muita gente de confiança dos maridos perdeu a língua em pequenas lâminas incrustadas em seu interior.
Ora no Oriente Médio também há mulheres com "furor uterino", aquela vontade de fricção vaginal diária, sonhando com os olhos revirados, as pernas tremendo... E também mulheres que não a diário, mas de vez em quando, quando precisam de mais do que um abraço, mudar os ares, os afagos, a frequência, o ritmo e os volumes, estariam dispostas a experimentar outros homens se pudessem. A vontade não se elimina. Apenas se prorroga.
Quando estudante de engenharia na UFF muitas vezes se arranjava um ou outro caso nas barcas. Um amigo meu conheceu uma turca linda que para ter prazer era preciso uma longa sessão de preliminares, como se não tivesse clítoris. Disse que era "fria" e que o marido reclamava. Muitos anos depois viajei a Istambul, passei uns dias lá de férias, depois um avião até Ankara e uma excursão até a cidade dos tapetes, Kayseri, Continuamos até quase na fronteira com o Irã.
Também estive na Cappadocia. Conversei com muitas pessoas. E não sei se foi piada ou verdade, nem se faziam referência a algum país em particular, mas me contaram que há mancebos se vestindo com "burkas" para poderem ficar a sós com suas amantes enquanto o marido trabalha ou fica rezando a Alah cinco vezes por dia. Disseram que alguns maridos mais ricos contratam eunucos ou gays para cuidarem da segurança de suas mulheres, mas eles também usam a sua parte masculina para satisfazerem o harém, em troca de "bico calado"... As mulheres podem inventar "casos" e eles serem punidos.
Mulheres "traidoras" são apedrejadas, mas consta que se alguém souber que a mulher de fulano o traiu, isso seria uma coisa tão terrível para o marido pela opinião pública negativa de sua figura, imagem pública, que muitos fingem não saber de nada. Em troca têm as esposas mais bem dispostas, e sempre alegremente dispostas, da cidade.
Algumas vezes o amante resolve acabar com o romance proibido. Então tomam alguns barbitúricos para dormirem bastante e os maridos pensam que tentaram o suicídio. Chegam a sentir arritmia, consultar médico, os filhos se voltam contra o pai. Uma questão de valores. A humanidade é caçadora e o faz com maior ou menor inteligência, independentemente de religião.
Travam-se "batalhas" carregadas de astúcias, espertezas e dissimulações para se conseguirem os objetivos em todos os lugares do planeta. A força daria a eterna vitória aos homens. Então, e certamente como medida mais humana, bane-se e castiga-se o uso da força. Prevalecem então as "batalhas" da inteligência e dissimulação. Chega a parecer que somos humanos e que cada vez dependemos mais de gente que entenda de leis e seja qualificada. mas logo aparecem os que espertamente tentam subverter as leis de forma a tirarem vantagem. E isto acontece entre famílias, em empresas, entre partidos políticos, em empresas, corporações... Entre grupos de amigos!
Mas não se desespere. A natureza fez a vida muito fraca e que não resiste sempre à ação do tempo. Um dia até o mais forte tomba e deixa tudo o que arrecadou na vida para a vida ao seu redor. Nunca se sabe o que está debaixo de uma burka, de um hijab, de um sorriso.
Rui Rodrigues
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