Imaginem que um dia se inicie uma colonização em Marte, por
exemplo, e que, ou porque acabamos a missão, ou porque a abandonamos, saímos de
lá deixando apenas alguns instrumentos funcionando, movidos a energia solar, de
forma a que a “base” aparentemente esteja funcionando como se algum ser
invisível a operasse... A base servia para colonizar o planeta com plantas que
produziam oxigênio para permitir uma atmosfera mais respirável.
Vamos mais longe... Imaginemos que conseguimos uma
tecnologia que tornasse esses equipamentos invisíveis, mas que nos tenhamos
extinguido em guerras ou por qualquer outro motivo. Deixamos de existir, mas os
equipamentos ficaram “trabalhando” até se esgotarem por deterioração, quando já
tinham deflagrado o processo da expansão de vida.
Então, certo dia, uma espécie alienígena ou nascida ali
mesmo, em Marte, milhares de anos depois da implantação da base, sente que a
natureza se fez presente em todo o planeta, que há “vida” em Marte, mas não
sente nem vê vestígios de quaisquer equipamentos, ou ser que os opere...
E não tendo explicação, sendo alienígena, diria que o
planeta evoluiu, começando suas pesquisas para saber como. Mas, sendo nativo de
Marte, surgido depois que o planeta permitiu, sem contatos com outras civilizações,
diria:
- Deus criou o Mundo, criou este planeta, no sexto dia fez o
primeiro ser de nossa espécie, e no sétimo descansou, foi-se embora porque já
não o vemos. E escreveria certamente um belo livro fazendo constar que o fazia
por inspiração divina para pôr no mundo a sua ordem, isto é, a ordem do
escritor. O nome que daria a Deus seria de acordo com a língua que falasse.
® Rui Rodrigues
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