Na minha terra, aos quatro anos de idade, via o pessoal sair para a caça às perdizes e de vez em quando a uns javalis que andavam a monte e de vez em quando baixavam para comer das lavouras. Por aqueles tempos de pós-guerra, as lavouras eram muito mais importantes. De vez em quando caçavam umas lebres que faziam exatamente o mesmo que os javalis.
Há décadas que deixei de caçar, embora não ache muita diferença entre caçar e abater bois e vacas do plantel para consumo. Ou coelhos, galinhas, frangos, ovelhas, carneiros, cabras e bodes. Matamos para comer, plantamos e matamos vegetais para nos alimentarmos...Deixei de caçar mas não foi por isso.
È porque a cada dia que passa vejo nos animais apenas uma leve "diferenciação" de nossa anatomia. Noventa e nove virgula nove, nove nove por cento das espécies não nos atacam. Têm veias e sangue correndo nelas, morrem como nós, comem, defecam, urinam, têm filhotes... E pensam! Decidem a todo o instante o que fazer... Ovelhas choram quando pressentem a morte.
E de vez em quando nos dão olhares como o desta preguiça.
Amo o Brasil...
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