Tirando os livros das prateleiras
para uma saudável releitura
(Hoje na berlinda, Napoleão, o relacionamento Israelopalestino,
a matança colonial de índios brasileiros, a queda de três prédios no Rio de
Janeiro).
Todos
nós sabemos - como disse Aristóteles - que “todo o ato humano é um ato político”.
Também sabemos, e muitos de nós já fomos vítimas disso, que os livros “oficiais”
de história de cada nação, já passaram por sua fase de censura e direcionamento
de figurões encarregados por reis, presidentes – políticos, todos eles – que lhes
deram forma, conteúdo e intenções, fugindo da verdade dos percalços históricos,
e exaltando, exagerando, os feitos que na época se julgavam haver contribuído
para a boa imagem dos respectivos governantes ou vultos históricos.
Essa
forma de escrever a história produziu muitas distorções da verdade e provocaram
preconceitos, holocaustos, guerras, mudança de rumos da humanidade.
·
Napoleão
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·
Palestinos e
israelenses
A
origem étnica é evidente: têm a mesma origem. A história milenar, porém, os
colocou frente a frente na mais longa batalha da história que se conhece desde
a antiguidade. Isto já vem desde os tempos de Moisés antes de o povo israelita
se instalar nas terras de Canaã, a terra prometida, de onde, na verdade, já
haviam saído para se deslocarem ao Egito que então os expulsava (Na verdade, o
faraó não impedia a saída do povo israelita do Egito. Na verdade já não estava
interessado em manter emigrantes dentro de suas fronteiras, tal como acontece
hoje nos EUA e Europa – povo que fica rico, fica exageradamente sociofóbico,
intolerante, um enorme e presunçoso “rei na barriga”). Podemos resumir esta
guerra teimosa de nossos dias, numa frase muito simples: Não se obterá paz
enquanto uns não reconhecerem a independência de Israel e este não deixar de
ocupar as terras palestinas ou as faixas de terra destinadas a segurança, como
a faixa de gaza. Quanto ao povo, se fizerem uma votação popular – um referendum
– todos desejarão a paz. Os governos é que não querem ceder e podemos imaginar
muitos motivos para que a guerra continue sendo incitada, ainda que surda e
politicamente, por ambos os governos.
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A matança colonial de
índios brasileiros
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·
A queda de três
prédios no Rio de Janeiro
Três
prédios desabaram em efeito cascata na noite de quarta-feira, 25 de Janeiro de
2012. Um deles, o mais alto, de 20 andares, desabou sobre os demais porque o
nono andar cedeu e suas lajes se abateram sobre o oitavo andar, e estas sobre o
sétimo, descendo tudo em fração de segundos até o nível do solo, num amontoado
de corpos, objetos de uso pessoal, vigas e pilares destroçados, ferros
retorcidos, móveis quebrados, poeira... Uma empresa fazia obras de reforma nesse
edifício, que já havia sido muitas vezes reformado com abertura de janelas,
fechamento de varandas, etc.
A
primeira idéia que nos ocorre é que a Prefeitura ou o CREA deveriam verificar
projetos antes de aprovar a sua execução, até mesmo porque ambos os órgãos
recebem pagamentos para tal efeito, e no caso do CREA, um pagamento mensal dos
profissionais de Engenharia, Agronomia e Arquitetura para que possam exercer as
suas funções. O diploma da Universidade não é suficiente para se exercer a
profissão. Só se exerce legalmente estas profissões se for paga mensalmente uma
“pequena” cota mensal ao CREA. Entre os engenheiros da Prefeitura e os
engenheiros do CREA, nos parece evidente, a nós que somos leigos no assunto,
que estes últimos teriam muito maior capacitação de verificar, aprovar, porque
têm o poder de “afiliar” os da prefeitura... Mas a responsabilidade do desastre
irá infalivelmente para o engenheiro que foi afiliado ao CREA, e paga
anuidades, pagou suas taxas à Prefeitura, mas não sofreu fiscalização eficiente
por parte destes dois órgãos. Faltam-nos pelo menos duas respostas para a nossa
indignação: Para quê afiliar-se e pagar taxas, se não se é devidamente
fiscalizado, e se os Estatutos destes dois órgãos se omitem de tais
responsabilidades?
E
o CREA entra na justiça com ação de arresto de bens contra antigos e reformados
engenheiros que nos últimos trinta anos nem trabalharam em engenharia por “presumíveis”
legalidades na cobrança de anuidades.
Precisamos
reler os livros e as leis que estão à nossa disposição. Necessidade urgente, muito
urgente.
Rui
Rodrigues
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