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terça-feira, 28 de maio de 2019

Texto surpresa de mixórdias pra desembrulhar e...


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Depois do ralhatório emudeceu, fez e entregou o relatório, passou pelo oratório e ajoelhou-se num genuflexório almofadado e orou a um santo com espanto e espalhou seu pranto pensando no povo banto, aquietando-se por um momento  enquanto se satisfazia com azia sem saber o que fazia com aquela melancia que aparecia, se a esquecia ou se a comia. Foi até o aparador naquele dia de calor e de frente para o andor pensou num abanador para aliviar a dor enquanto tirava o pó com um espanador. Nunca ninguém lhe disse que podia beijar a Berenice nem a Alice, que adoravam comer ceviche sem que as visse o marajá de Peniche, preto de azeviche, que fumava haxixe no trapiche e deitava no beliche com a menina do boliche. Encheu-as de beijos e queijos, ávidos como de marujos aperreados por caramujos, e sentiu-lhes os molejos e os latejos dos corpos ávidos e impávidos nada comedidos e bem atrevidos que aproveitou em ímpetos rítmicos com seu falo desferidos. O problema maior era não haver dilema no teorema da Jurema que criava uma seriema em ecossistema de alfazema. Saiu dali, um pé lá outro aqui, comendo caqui que guardou na bolsa de cáqui, com saudades de arroz de pequi comido em floresta com sagui, colibri, sem nada de mimimi, sem peçonha que a qualquer um envergonha mesmo não nascido de cegonha com ou sem carantonha bisonha. Cansado que estava, danado, nada lisonjeado, pôs-se no mar a nado, alienado, resignado, abnegado, sentindo-se como exilado, execrado, atribulado , mas determinado. Sairia dali e chegaria lá, onde tem maná, mulher gostosa doida pra trair marajá, com olhar de cobra coral, bem amoral, até imoral no geral, o que faz bem e não mal, sem cobrar vintém nem de mim nem de ninguém, desde aqui até Belém, mulher de harém em Jerusalém.
Então ficamos assim, bom pra você e pra mim, se por desavença nos dão com um bujão atacamos com canhão, aos necessitados damos a mão, e se houver, melão com muita fé e esperança mas sem lambança como lembrança de encher a pança...

(Texto avacalhado, escrito emburrado enquanto comia melado todo lambuzado. Não sei que bicho me mordeu pra escrever uma indecência destas, mas se fizer sentido avise o cupido )

Rui Rodrigues

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