Há quem diga que as liberdades devem ser relativas e limitadas. Chamemos-lhes os "nãozistas", porque dizem "não" pra quase tudo e se contrariados, punem.
Há quem diga que as liberdades devem ser totais e irrestritas: Chamemo-lhes de "simzistas" porque dizem sim pra tudo, e se com eles exageram, conversam muito sem punir.
Isto desde que são criancinhas dos primeiros e titubeantes passos.
Os primeiros nasceram nos tempos em que ainda havia pais. Os segundos nasceram nos tempos em que crianças assaltam e matam e dificilmente conhecem os pais, ou os reconhecem no mesmo baile funk que sua mãe ainda frequenta..
Para uns, estamos no final dos tempos, nos primeiros acordes do Apocalipse segundo S. João e já se vê a besta do 999. Para outros, os freudianos, as crianças de hoje carecem de alter-ego. Para outros a culpa é do capital, e se distribuíssem mais capital todos ficariam muito felizes, nem precisariam trabalhar, e assim poderiam criar mais monstrinhos em paz entre uma e outra baforada de erva ou de pedra...
A culpa, dizem todos, é da educação, mas parece que confundem educação com a cultura familiar, aquela "educação" que se dava em casa, naqueles tempos em que se dizia, à boca pequena, que "quem casa quer casa".
O inferno não existe!
O inferno cria-se...
Rui Rodrigues
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