Muita felicidade pode matar. Muita gente tem medo de ser feliz. Conheço gente que disse:
- Não jogo na loteria porque tenho medo de ficar rico(a)...
Quando o Freud estava vivo perguntei-lhe se era esse medo da extrema felicidade que nos fazia buscar problemas de forma a compensar a felicidade com preocupações e tristezas. O Freud não me respondeu. Disse que vivia cheio de problemas e que quando podia chegou a tomar tragos de cocaína diluída em água e a prescrevia para seus doentes, mas que em 1895 parou de consumir e em 1899 de prescrever por viciar e fazer mais mal do que bem.
Ele me disse também que não existem "Afrodisíacos"... O que existem, disse ele, são "Afreudisíacos" que eram os remédios que ele receitava a seus doentes. Pegaram o termo remetido a Africa baseados no pó dos chifres de rinocerontes e mãos de gorilas usados pelos chineses para lhes dar "potencia". Deve ter algum relacionamento com o tamanho dos chineses que são os maiores predadores do mundo e acabaram recentemente de deixar de lado o comunismo e o socialismo. Se eles vierem a ser a primeira potencia mundial vão ser mil vezes piores que os americanos. Eu gostava dos americanos como primeira potencia porque nos livraram do Hitler, e são bons em filmes e musicas, alem de virem a ser muito provavelmente os primeiros a colonizar planetas aqui no nosso sistema solar.
Tanto foi assim, essa do afreudisiaco, que quando D.Pedro visitou Viena, em 1872, onde o Freud vivia, não se sabe o que, nem se, mas se cheirou ou bebeu foi por lá... O láudano estava em voga. O láudano(vinho branco, açafrão, cravo, canela e ópio) foi descoberto pelo químico Paracelso no século XVI. Era o remédio da alma segundo o Freud. Imagina-se a Marquesa de Santos ou Carolina Bregaro sua meia-cunhada, casada com seu meio-irmão alucinadas esperando pelo Pedro II... Não seria de admirar que o qualificativo pejorativo "Brega" tenha surgido desses entreveros sexuais com a Senhora Bregaro que duraram cerca de dez anos...
Astérix é o herói de uma história em quadrinhos desenhada e contada por dois belgas. Uderzo e Goscinny, tendo como tema a luta dos francos contra Julio César e cujo poder residia numa poção mágica produzida por um druida chamado Panoramix. Uma das aldeias chamava-se Laudanum e a poção mágica era produzida com um visgo de plantas... Nada que sugerisse as folhas de coca ou as cápsulas de papoulas.
De vez em quando a humanidade envereda por caminhos dos quais se vai arrepender mais tarde, como se fosse um animal monstruoso hoje com cerca de 7,5 bilhões de seres humanos, dotado de um "inconsciente" coletivo não decifrável nem previsível. Por vezes a humanidade parece ter também um consciente coletivo, que se expressa pela adoção de uma ideia, uma filosofia, um habito... Uma mudança drástica, como quando os hominídeos resolveram erguer-se sobre as patas traseiras e caminhar erectos, ou quando resolveu fixar-se em cidades para melhor se protegerem. Depois criaram deuses fortes que os fizessem vencer os exércitos inimigos. De certa forma, um láudano do espirito, uma conformação, uma forma de dar sua vida pela comunidade, fechando o ciclo que começou com o temor a felicidades extremas, passou por Freud, por D. Pedro II, desenhos em quadrinhos e por deuses que não são apenas gregos e romanos.
Rui Rodrigues
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