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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A gênese dos pintos e o paraíso.


Esta história é fruto de conversas em que, numa roda de amigos, discutimos sobre a criação e abate de aves, mais especificamente frangos. Um dos clientes na mesa do bar é funcionário de uma fábrica de criação de pintos, acompanhando desde o eclodir dos ovos até o abate. Ele é cliente habitual do Bar do Chopp Grátis.
Um dia sentou na mesa onde costumamos nos reunir e nos perguntou:   

-O que é "inteligência"? Conhecemos muitos dos processos que resultam no que podemos chamar de inteligência, mas não existe uma definição credível, confiável e abrangente. Ainda não,mas quando chegarem a uma conclusão, teremos uma dor em nossa consciência, porque não pode ser tão diferente de animal para animal... 

E a consciência? creio que estamos tão avançados quanto no que se refere a inteligência. O livro " O futuro da mente" de Michio Kaku, aborda o assunto de acordo com os maiores avanços da ciência e constata que sabemos  ainda muito pouco do que sejam a inteligência, a consciência. E memória? Qual a galinha que não sabe onde fica o galinheiro, o cachorro que não sabe qual a sua casa, o gato que sabe como abrir portas pulando na maçaneta e não esquece? Então vamos imaginar que os pintos tenham pelo menos um pingo de inteligência, outro de consciência e outro de memória, logo ao nascer, e daí  para a frente até morrerem, mais dois pingos espaçados ao longo do seu crescimento.  



Agora imaginem uma escuridão sem passado onde desponta uma consciência que não sabe o que seja escuridão, mas sente pela primeira vez que o mundo em que vive tem que ser rompido, que tem de sair dali. Sente ser imperioso sair daquele mundo escuro para continuar qualquer coisa que nem sabe o que seja. Começa a dar bicadas na parede que o separa dessa escuridão para algo que não conhece, mas para onde é imperioso ir, e consegue quebrar a parede. Por instantes, logo que consegue romper esse mundo escuro, fica confuso com tantos piares enlouquecedores à sua volta, iguais aos seus, e com umas pequenas luzes que emitem também calor vindas de cima. Todos os outros são amarelos, praticamente idênticos. Sente estar cercado de outros seres que piam como ele, e identifica os piados como chamados de desespero. Falta-lhes algo. Um ser semelhante que lhes dê comida, que os possa abrigar, dar-lhes calor. Têm sede, mas não há água. Estão todos dentro de novos mundos de onde não podem sair, cercados de barras que seus bicos não quebram. Assim passam a primeira fase de sua vida, entre piados sede e fome, por longas oito horas. 




O mundo à sua volta se ilumina de repente. Aquele pinto ouve um som forte, seu mundo balança causando incertezas, medos, dores, pelo rodar do trator. Pisoteiam-se uns aos outros, alguns sucumbem. Sente-se desamparado, entregue a um destino que nunca viu e sente também que aquele barulho enorme que ouviu antes de se começar a mover, agora o acompanha enquanto se movem. Alguns dos que sucumbiram piam fraco, parecem estar sofrendo. Outros jazem inertes, os olhos parados, olhando sempre para o mesmo lugar. Repara então que esse seu novo mundo cheio de grades se abre num lugar cheio de correias transportadoras e mecanismos barulhentos, e os despeja a todos, num recipiente, aos magotes. O lugar está cheio de outros mundos gradeados despejando pequenos seres amarelos no mesmo lugar de onde são transportados até as mãos de seres gigantes, com grandes patas que torcem os pescoços a uns irmãos e a outros não. Notou claramente que as mãos enormes torciam os pescoços dos mais fracos. Olhou para baixo e viu que alguns caíam das correias transportadoras no afã de fugirem dali. Estava confuso por não saber onde estava, o que viria a seguir, nem porque estava ali. Ficou contente por não lhe terem torcido o pescoço. Meteram-no num outro mundo cheio de grades. Seus irmãos agora eram todos fortes, mas continuavam apertados uns aos outros. Foram levados para um outro lugar, sem grades, onde havia comida e água, luzes em cima de onde vinha calor, mas nenhum ser igual a eles, maior, com asas onde pudessem se esconder e que pudessem chamar de mãe. Ficaram lá por cerca de 30 dias.        


 



Com uns cinco dias nesse mundo mais espaçoso já se conheciam uns aos outros e o ambiente era alegre. De vez em quando disputavam comida, mas correu voz entre eles que estavam num paraíso onde havia comida e água em abundância, calor. Tinham um grande e poderoso provedor que lhes dava luz e calor, comida e água e isso era tudo do que precisavam. Não precisavam saber mais nada e tinham medo de saber. Cresceram muito e ficaram quase adultos. Adoravam o provedor, e agora eram como anjos brancos, com fortes asas, se houvesse espaço voariam. Viam o mundo lá fora, com uma luz enorme na parte de cima sob fundo azul que logo desaparecia para dar lugar a outra que não transmitia calor, sob fundo escuro. E isso se repetia em horários quase certos, mas ali dentro, no paraíso, era sempre como a luz mais forte e quente, aquela que normalmente aparecia lá fora sob fundo azul, exceto nos dias em que caía água de lá. Por falta de referencia, comiam a todo o instante e engordavam muito. Um dos irmãos deu a ideia de chamar Sol ao disco maior e de Lua ao menor. Dia ao tempo com o maior, noite ao tempo passado com o menor disco luminoso. Ao provedor chamaram de Deus. Deus era bom, tinha-lhes dado a vida e os alimentava. Deus era fiel. Se tudo o que viam era assim e tinham um Deus que os provia, então esse provedor lhes dera o paraíso, fizera o mundo em que  viviam segundo sua vontade e de certeza os tinham feito parecidos com ele. Deus deveria ser um Frango enorme, que nunca se via, mas que mandava os provedores de mãos enormes que torciam pescoços de pinto, servir-lhes, atendê-los. Aos fins  de semana Deus, o enorme frango provedor, desaparecia para descansar. Chamaram ao irmão que tivera o vislumbre, de profeta. Ele entendia o provedor. De vez em quando, quando a ração parecia que ia acabar, o profeta levantava as asas, piava mais alto, e dizia que tinha pedido a deus por mais ração. E a ração chegava. O profeta conhecia  o esquema de horários da ração. Os irmãos reservaram-lhe o melhor lugar do Paraíso, defendiam-no das bicadas dos outros irmãos descrentes. Um dia trouxeram uns irmãos de outro lugar. Eles sabiam de outras coisas. Houve desentendimentos entre eles.
  


Havia um buraco na malha que cercava o paraíso, defendida por anjos armados, com aspecto  igual ao daqueles que torciam o pescoço dos pintos. Suspeitaram que havia alguma guerra de bicadas nas imediações. Alguns irmãos escapuliram pela calada de uma noite escura e chuvosa. Viram quando um raio caiu do céu. Três deles foram fulminados instantaneamente. Disse o irmão que tivera o vislumbre da associação do provedor a um Deus, o profeta, que tinha sido castigo do Todo Poderoso, coisa de que alguns duvidaram, porque aqueles raios também eram produzidos no paraíso, ali mesmo, quando alguns fios, descapados por tantas bicadas, se encostavam. Saiam fagulhas, davam choques, irmãos morriam exalando cheiro de penas queimadas. Era o mesmo cheiro que de vez em quando chegava ao paraíso vindo de bem perto dali, de uns barracões parecidos com aquele onde estavam e do qual vislumbravam luzes azuis. A partir desse dia, em que viram os irmãos serem chamuscados e pararem de cantar, andar, olhar, se mexerem, começaram a chamar a esses barracões de inferno, por simples associação do cheiro de penas queimadas. Os irmãos que haviam chegado por ultimo ao paraíso disseram que havia uma guerra entre provedores e que cada barracão tinha seu Deus, seu provedor. Durante as guerras chegavam caminhões, carregavam os irmãos e desapareciam. Chamaram vida aos instantes em que podiam piar e morte à escuridão. Inferno era o lugar de luz azul onde todos morriam com cheiro de penas queimadas. Por vezes os provedores usavam armas cintilantes, muito poderosas para evitar que invasores roubassem as fieis aves do paraíso.

Certo dia pela noite vieram novamente os das máquinas, e os levaram a todos para uma sala iluminada por luz azul para que ficassem relaxados. Haviam chegado ao inferno. Não sentiram dor. Sentiram alivio e não deixaram memória para a posteridade. Se fosse por terem cometido pecado por fazerem ovos, jamais seriam expulsos do paraíso. Nunca souberam como eram as frangas, nem cogitaram de sua existência.    

Rui Rodrigues 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sexbar Nonude



Aqui, no Bar do Chopp Grátis, em dias quentes bebe-se muito chopp, ainda mais que é grátis. É tão barato produzir chopp, que não fossem os impostos deveria ser distribuído quase a a preço de água tratada, o que permitiria não ser cobrado, porque o lucro viria do  resto dos produtos à  venda. Atrairia fregueses. No inverno  e em dias chuvosos, bebe-se preferencialmente o chopp, tirado na pressão, um a dois dedos de espuma grossa, leve sabor de lúpulo, nunca estupidamente gelado para não "adormecer", insensibilizar as papilas gustativas da língua e perder o sabor. Nestes dias frios e/ou chuvosos é que aparecem as "figuras" que, entre umas verdades e outras que são mentira, parecem falar apenas besteiras. Outros não falam. Apalpam-se, comem-se com os olhos, afagam-se, acariciam-se. Se houvesse mais liberdade em bares, o prazer seria muito maior. 

Num dia desses, frio e chuvoso, o bar do Chopp  Grátis em Amsterdam, na Holanda, começou a encher com os primeiros pingos de chuva. O pessoal a caminho  de casa, depois de um duro dia de trabalho, aproveitou a oportunidade para relaxar, bater uma prosa e chegar mais tarde em casa. Homens e mulheres. A certa altura, minha bela secretaria, Anita Castro, de origem colombiana- e muito parecida com a moça da foto- me fez um sinal para que eu olhasse para uma determinada mesa. Uma dona segurava o prepúcio de um sujeito, sob o tampo. Prepúcio é uma forma de falar para não dizer "jeba" que soa horrível, coisa de gente que escreve ou fala sem noção, ou de gente sem noção que escreve ou fala. Aquilo era um pepino do mar. 

- Patroncito... (Sussurrou ela no meu ouvido com aquele sotaque doce e feminino de portunhol)- No vais facer nada?

Respondi:- O que eu poderia fazer? Ia criar um problema. Deixa que se alguém vir, vai reclamar e o chefe dos garçons dá um jeito. Você viu que ela está sentada em cima da mão dele?
-Ela debe estar toda molhadinha... Ahora senti invexa...(e Anita me olhou com aqueles olhinhos pidões de impossível dizer não, mesmo que eu quisesse e eu não queria. 
- Você quer subir? (perguntei-lhe)
- Quero... Vou te facer locuras, hasta que la sábana te suba por el huequito...(sábana significa lençol em espanhol. O resto que ela disse nem traduzo).
Subimos logo para o jirau, um pavimento intermediário entre o piso do bar e o andar de cima, onde tenho meu escritório e cama. Realmente estava na hora. O trabalho por vezes nos absorve de tal modo que, tendo ali à mão, pitéu tao saboroso, não aproveitar-se mais frequentemente, assim uma duas vezes por dia, seria um desperdício, um pecado. Um dia ainda vou tirar férias com ela numa ilha deserta do caribe, longe de renas e caribus, nadar pelado, transar no meio do mar dentro de água. Por falta de ferias e Caribe, transamos  ali mesmo no ar condicionado por uns vinte minutos. Depois nos arrumamos e descemos, a pele agradecida, relaxada, senti-me mais jovem. Ela resplandecia. 

Ao descermos, ouvimos uma vozearia e um sujeito falando alto.

-Nunca mais venho nesta espelunca de Bar!... Vi uma mulher e um cara se masturbando debaixo da mesa até revirarem os olhos... Claro que gozaram... Vi que o chão debaixo da mesa estava todo sujo...Nunca mais volto nesta merda...
Os demais fregueses pareciam tao fleumáticos quanto os britânicos e não deram a minima importância. Uma moça disse que não tinha nada demais e sapecou um beijo na boca de seu parceiro. Uma outra colocou os seios de fora e disse para seu acompanhante: Toma... Beija! E na mesa do canto, uma moça bem dotada de peitos, enfiou a mão dentro da calça do parceiro enquanto o beijava.   
Em poucos minutos o Bar tinha-se transformado num "Sexbar Nonude", um Bar onde os clientes se podiam excitar sem contudo ficarem nus ou se apresentarem de forma indecentemente exposta. Houve trocas de casais, formaram-se grupos de agarra-agarra, a situação ficou incontrolável em termos de "bons" costumes. Convidei o casal "excitante" para o dia seguinte, despesas grátis. 

Perguntei-me o que  eram os bons costumes e no dia seguinte fui na chefatura de policia para me informar como poderia legalizar um bar assim, com novos e liberais costumes, para casais, sem meretricio, iluminação minima apenas sobre as mesas como se fossem pequeníssimas velas. Fui informado que teria que colocar uma placa de aviso descrevendo o que não era permitido dentro do Bar, como sexo explicito, colocar cortinas nas janelas, e uma segunda placa informando: Proibida a entrada a menores. Também me perguntei o que seriam "menores" mas dispensei-me a resposta porque estava escrito na lei. Pelo entardecer desse mesmo dia, ainda frio e sombrio, chegou o casal que convidara. foram recompensados pela ideia que geraram, tendo direito a cinco noitadas livres de despesas. Em uma semana a decoração, simples, estaria pronta. O casal seria a alavanca desinibidora que daria inicio
 às solenidades.



Na America do Sul, tentamos montar este tipo de bar em vários países. Sem sucesso!


Primeiro, que tivemos que preencher uma porcão de papelada e apresentar um projeto. Tivemos que pedir aprovação num par de dezenas de instituições. Num par de instituições quiseram mudar o estatuto de bar para um outro que iriam inventar com características muito próximas de casas de meretricio. Nunca quiseram entender que ia no bar quem queria, e que se alguma piranha ou algum boy de aluguel o frequentassem, não teríamos como adivinhar porque não trazem rotulo. Entender todos entendiam, mas o pessoal queria "propinas" para aprovação. Seis meses depois de termos dado entrada nos processos, desistimos. Alem do mais, mesmo com garantia de que a cerveja não seria vendida, mas doada, os governos se recusaram a baixar ou eliminar os impostos de mais de cinquenta por cento.



Rui Rodrigues  

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O filme, a delinquente infanto-senil e o Escroque Internacional

Já vi esse filme, mas quero ver de novo




Já que ninguém enxerga olhando para nossos políticos, também não vejo nada de estranho neles... Depois que vi Guerras nas Estrelas - e todo o mundo só fala no Darth Vader, isso que é estranho - já me habituei a ver por aqui, nesta guerra entre as estrelas, dromedários com rabo entre as pernas, hienas dentuças falando mandarim, vacas cabeludas com sutiãs recheados, elefantes patudos com trombas energéticas, coelhos da Pascoa assassinos de galinhas, Papais Noel com air-bags de Ferraris, pássaros cardeal com olhos de vidro, Falcoes com asas de morcego gritando Batman, e pequenas lombrigas de mortadela comemorando o ano do dragão na porta da Ode-Brecha...O que vier será puro divertimento ao melhor estilo do Zé do Caixão e do Luis Severiano Ribeiro. Que seja Chanchada, mas que role o filme....Quero ver de novo!

A delinquente infanto senil e o Escroque Internacional


Como Econobesta, ela administrou/gerenciou/aconselhou/assinou setores de verbas gordas e rechonchudas como Minas e Energia, Petrobras, Casa Civil, PAC, sob os auspícios das diretrizes Lulo-rapinantes.... Com sucesso!... A intenção do Lula era lularizar a America Latina, a Africa, e cercados pelo lulismo, a União Europeia e a Europa se lularizariam... Mas que coisa... A Europa virou para a direita, os EUA provavelmente a caminho, a Russia já é, Hong Kong empurra a China para a direita, e o Pan-lulismo nem vai aos jogos olímpicos... As velhas chanchadas da Atlântida (cinema, a maior diversão), voltaram a todo o vapor. Esperamos Lula e Dilma no edifício da Central do Brasil, fazendo a marcha pela "legalidade"


Parece que a saída e julgamento deles não tem entradas a não ser a da cadeia...  A menos que ainda tenha caixa -ou arranje caixa- para comprar quem a condena, mas o Brasil inteiro não aguentaria isso... O mercado de compras politicas está encerrado. Na Argentina, Cristina que perdeu as eleições, já foi intimada pela justiça. Evo Morales perdeu o plebiscito para prorrogação de mandato, Maduro perdeu o Senado e a Câmara, Cuba americanizou. A Europa vai para a direita, os EUA são sempre os EUA. A esquerda sul-americana morreu!... 




Rui Rodrigues

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Novas regras para eleger politicos





Todos os políticos, em boa parte quadrilheiros notórios, deveriam passar por exames que atestem: Coordenação motora, idade, coeficiente de inteligência, teste vocacional, sanidade mental, tendência ao crime, estabilidade emocional, nível de educação, capacidade de realizar as operações de quatro (perdão... De realizar as quatro operações), capacidade de escrever pelo menos um parágrafo com principio, meio, fim e ponto final, com pingos nos iis e cedilhas nos "ces", tiles e circunflexos, além  de poderem verbalizar fluentemente a língua portuguesa, ou brasileira como quiserem... 

Obrigaria certamente a novas eleições gerais, imediatas e já, porque sem isto votam sem saber em quê, porquê, e fogem de plenário quando não entendem para terem tempo para que alguém lhes traduza a pauta...

Atestado de antecedentes criminais negativos de atos de terrorismo, crimes de qualquer tipo, certificado de bens, certidão negativa de dividas publicas e ao fisco, seriam bem vindas e aplicáveis.

Existem atualmente muitos safados com pendências na justiça, votando leis e medidas provisorias que afetam nossa vida e melhoram a vida deles...


E para o bem da justiça e do que é justo, condenados, seriam afastados de suas funções ate final do julgamento, sem vencimentos, e na aposentadoria limitados a um salario minimo. Não se deve favorecer ladrões. Ou deve? Afinal que serviços prestam ladrões para a Pátria?

Agora imaginem um líder do "governo", condenado ou a caminho, de tornozeleira apitando no meio do Senado (porque se afastou do local onde deveria estar) e votando nos próprios salários?

Chamado a votar, Delcidio pode votar no aumento dos próprios salários, ou "liderar" uma patota para votar "sim"? E os outros que estão sendo investigados podem? Afinal... Vivemos numa zona, num antro ? Num bordel de políticos corruptos votando nossas leis que nos governam? 
  
Rui Rodrigues  

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Câmara e Senado: Moralizem-se para que o Brasil se moralize.


O exemplo vem de cima... Por isso Buda, Jesus Cristo, Maomé, dentre outros tiveram sucesso... Os princípios da politica deveriam ter a moral das religiões e sua aplicação ser "ateia" para que a justiça possa ser cega, surda e muda sem olhar a "quem" julga. Governos devem trabalhar como qualquer cidadão e não apenas de segunda a quinta, ganhando régios salários...Querer permanecer indefinidamente no poder, mesmo que indicando fantoches como a louca, é golpe!

Poderia ter Começado hoje, 25 de fevereiro de 2016, o que poderia ser o desmantelamento de tudo o que o "louco e a louca" fizeram em nome de nada mais do que a promoção e o enaltecimento de suas identidades e o enriquecimento de suas contas bancárias em meio a sigilos, falsas noticias preparadas por marqueteiros, corrupção generalizada e compra de votos na Câmara e no Senado para atingirem os seus fins...Todos os bens deveriam ser expropriados dos beneficiados, porque corruptos não dão o que é deles, e sim o que é dos cidadãos. Mentiram. Diziam que era em nome do socialismo, do comunismo.




Eis cinco noticias de hoje:

1- Os salários de Dilma e Temer foram rebaixados hoje na Câmara.
2- Acabou a tipificação da lei em que protestos populares poderiam ser considerados como "terrorismo" .
3- Senado aprova projeto que tira obrigação da Petrobras de explorar o pré-sal.

4- A mulher de João Santana - o marqueteiro - confirma contas na Suíça.
5- A operação Zelotes investiga a Gerdau


A "era da loucura" de nossa politica tem que ser revista porque muito ou quase tudo do que foi votado não faz sentido e quem votou ou estava com o rabo preso, ou recebeu mensalidades, ou pixulecos, muitos
 já estão presos e outros vão ser presos. Como manter leis e decretos e Medidas Provisorias aprovadas por gente desonesta, influenciada pela embriagues do dinheiro fácil e corrupto?

As leis do bando, aprovadas por gente devendo explicações na justiça, devem ser anuladas, e se julgadas interessantes para a nação, voltarem a ser votadas - com voto aberto- por gente ilibada, sem denuncias na justiça. De modo geral, tudo deve ser apurado desde a forma como foram eleitos.


Bandidos no governo, era da loucura, nunca mais !!!!!!



Rui Rodrigues

O dia 13 de março de 2016 e os Partidos Políticos



Até agora, o povo tem feito o trabalho todo de tirar ladrões do poder, com a ajuda de denuncias por jornalistas e populares ao Ministério Publico e Policia Federal, onde felizmente existe um Sergio Moro e infelizmente poucos outros de mesma estirpe.

Os partidos políticos que se unem na ladroagem devem ficar em casa. Os partidos políticos que são contra a ladroagem petista devem ir para a rua pelo menos para mostrarem que estão com o povo e a justiça deste pais, e que nossa nação não pode mais continuar como está, entregue a ratos ignóbeis e ignorantes.

Partido que fica em casa, está junto com o PT fingindo-se de "morto" pra passar bem, aguardando as próximas eleições...

Rui Rodrigues

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Catando aqui e ali, em época de Pega pato


Acabaram-se as bruxas... Ninguém mais fala nelas nem que as vai caçar. O que não falta são patos e patas, vale dizer, gente que se julga esperta e sempre acaba presa, pelo bolso, nas malhas da justiça... Gente "inteligente", quando rouba, rouba pouco a modos de ninguém sentir que foi roubado... Gente apenas esperta, rouba o pote inteiro, os cofres da nação, que escondem em cuecas, calcinhas, meias, sutiãs, contas no exterior e diamantes... Os neo-patos dos tempos modernos...



1- Da "gloria" da Pátria Enganadora para a Papuda!!!



O Santana conseguiu eleger 7 presidentes, entre eles o Chavez ( o rei do papel higiênico), o Lula, a Dilma (es-terrorista), o Jose Eduardo dos Santos (o rei dos diamantes), Mauricio Funes (ex-terrorista) , Maduro (o rei do petróleo), e até o Haddad que é presidente das ciclovias milionárias pintadas...

Santana, mesmo contra a vontade do povo, sabe das promessas de esperança que o povo gostaria de ouvir, mesmo que sejam mentiras...


Ou seja... O povo é enganado pela propaganda...E o que faz a Pátria educadora de tanta propaganda e educação chula? Prepara o populacho para a alienação, para eleger sempre quem querem mesmo com verbas publicas fartamente distribuídas....

Diz na revista "época"

"Quanto Santana fatura com todo esse movimento? “São números confidenciais, que só interessam à empresa”, diz. Mas ele próprio já informou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que a campanha de Dilma Rousseff custou R$ 42 milhões – sem especificar os percentuais de despesa, a maior parte, e de lucro. Os números disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a Pólis Propaganda e Marketing, sua empresa, recebeu, do PT nacional, R$ 13,7 milhões em 2006, R$ 9,8 milhões em 2008, R$ 42 milhões em 2010 e R$ 30 milhões em 2012. Um total de R$ 95,6 milhões. É o que há no TSE até 2012."



O povo não elege. Quem elege são os marqueteiros e a compra de votos... não falta dinheiro publico quando o Brás é Tesoureiro do governo e da Petrobras...



2- No carnaval com que roupa ou vou? E no senado, com  que moral ele vai?

Esse tal de Delcidio , com o rabo mais preso que cachorro engatado, vai votar em "quê" ou liderar "quem", ao abrigo de leis - mal interpretadas- que mantêm rabos presos soltos, como se fossem rabos virgens, exatamente em "casas" onde se define o futuro e o presente do Brasil????

Estamos reféns de uma corja de bandidos?



3- Zika e microcefalia...Uma associação, ou falta um terceiro elemento?

Na Colômbia conhecem-se cerca de 30.000 casos de gravidas que tiveram Zika, mas entre elas nenhum caso de microcefalia em seus fetos ou filhos... Por aqui, apenas casos conhecidos já vamos nos 3.900 casos de microcefalia "associada" ao Zika ...

Temos uma fronteira comum Brasil x Colômbia ... De um lado pimba, do outro necas?...

O terceiro elemento poderia ser o leite? a água? a carne? o peixe ? os agrotóxicos nos legumes? Os produtos da Monsanto? a poluição do ar? Mércurio ou alguma vacina para grávidas?

Os ministros da saúde nos últimos 13 anos foram indicados pelo PT... O PT que se pronuncie... Talvez nem seja preciso torturar os mosquitos para sabermos o que realmente causa a microcefalia, um processo em que o cérebro cresce normalmente e depois "encolhe" na gestação...


Precisa-se urgentemente de caçadores de patos para os encaminhar para a justiça. Eles se disfarçam de socialistas e de comunistas, revolucionários... 
  
Rui Rodrigues

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O Baú do Egípcio.

Das histórias que mais me impressionam e se passaram aqui no Bar do Chopp Grátis, pelo menos em parte, esta é uma delas... Começa no tempo em que ainda não havia Shopping Centers na cidade, em plena Rua do Costa que ficava perto do Colégio Pedro II, entre a Praça da Republica e o colégio, no Centro do Rio de Janeiro. Costumava frequentar esse bar bem em frente a uma loja de meu pai. Dizia-se que o senhor Manuel e a dona Maria, casal simpático, não eram empregados, e sim os donos, e que dona Maria não era casada com ele. Foram eles a minha inspiração para criar o Bar do Chopp Grátis, um lugar onde se escutavam historias de todos os tipos contadas por pessoal do Itamarati, da Light, militares, comerciantes e políticos.

O Egípcio

Por essa época, nos anos 60, ainda chegavam emigrantes de Portugal, Israel, Líbano, Alemanha, Japão, e de muitos países de todo o mundo, que rapidamente se integravam com o povo brasileiro. Faziam-se amizades mais ou menos sólidas e os negócios muitas vezes nem precisavam de contrato. Eram na palavra. As desconfianças vieram depois.

Num certo dia enevoado, sombrio, em que nem se repara nas pessoas, provavelmente num mês de Julho, um egípcio com quem tinha feito sólida e boa amizade me chegou com um baú . Disse que precisava fazer uma viagem, e pediu que o guardasse até a sua volta. Então perguntei-lhe a quem o deveria entregar acaso não voltasse por qualquer motivo. Respondeu-me que me avisaria, mas que se não recebesse noticias dele em dois ou três anos, que ficasse com o baú. Isto foi por volta de 1963, por aí, e em 2010, quando inaugurei o Bar do Chopp Grátis mais moderno, coloquei o baú numa prateleira como decoração. Nem lembro quando o abri, mas não tinha nada de valioso a não ser um Kilim, ou tapete pequeno de oração. Mandei avaliar, mas não era valioso. Coloquei-o na prateleira por debaixo do baú. Meu amigo cujo nome nem lembro por completo (Ele era conhecido como Radamés),nunca mais apareceu nem mandou noticias. Ninguém reclamou o baú, que nunca vendi, apesar de ofertas que clientes e namoradas fizeram. Não se vendem coisas nessas circunstancias nebulosas, envoltas em amizade. Até que, no ano passado...

Gente suspeita chega ao Bar.

Primeiro chegou um, sentou-se numa mesa e passou a ser frequentador assíduo. Reparei nele por ter um tipo de bigode que não se usa mais e por ser muito reservado. Umas semanas depois notei que tinha companhia: Uma bela moça de uns 27 anos de idade, de traços árabes, do tipo que não conversa com estranhos. Ele também parecia de origem árabe, mas poderia ser avô ou pai dela. Um mês depois, mais ou menos, juntou-se-lhes mais um casal, e embora não tivessem aspecto de serem árabes, tinham em comum que conversavam apenas entre si, muito pouco, em voz baixa. E de vez em quando olhavam para o baú, o que sempre achei muito normal. Era uma bela peça em que quase todos os clientes reparavam. Levaram um par de semanas indo ao Bar, olhando o baú, até que me convidaram para me sentar com eles. Quando me sentei, preparei-me para escutar uma proposta de compra. Vistos de mais perto, olhos nos olhos, havia algo que não agradava, como se fizessem pequenos e constantes esforços para parecerem tranquilos, convincentes, compreensivos e simpáticos. Mas eu não o venderia, fosse qual fosse a proposta. Contaram-me uma história.

Uma história do baú

O homem de bigode apresentou-se. Chamava-se Gamal e a moça, sua filha, Amilah. O casal que chegara mais tarde eram seus parentes. Disse-me que o baú tinha uma historia e começou:

- Temos reparado nesse baú que está na prateleira. Reparei nele logo no primeiro dia em que entrei em seu bar. O valor dele é sentimental porque um parente nosso tinha um igual. Na verdade, este é uma cópia de um outro que foi encontrado na tumba de Tutancâmon e que está no museu do Cairo. Pode mandar avaliar e verá que lhe digo a verdade.
- E de onde vem o valor sentimental? Perguntei-lhes olhando para todos. Amilah respondeu.
- Acreditamos que pertenceu a um tio, irmão de meu pai, que desapareceu misteriosamente. Se for verdade, há uma pequena marca que parece o raspar leve de uma ferramenta que deixou pequeno e indelével sulco na madeira do fundo. Gostaríamos de olhar. Podemos?

A proposta

Fui até a prateleira, retirei o baú e o olhamos sobre a mesa. A marca estava lá. Enquanto olhavam perguntei o nome do parente, e me disseram que se chamava Radamés. Então...Aquele meu amigo que deixara a peça comigo, o Radamés, era tio da moça... Mas nesse caso porque não me teria avisado para lhes entregar o baú, já que eram de família? Preparei todos os meus sentidos para ficarem de sobre-aviso. Disse-lhes:

- Não pretendo vender esse baú. Tenho-o desde 1963, e já faz parte de minha vida e de minhas recordações. Parece impossível medir o que seria maior e mais forte, se o valor da minha afeição ou o vosso sentimental que nutrimos por ele. Em todo caso, vou consultar um especialista e embora não pretenda vendê-lo, se desejarem podem fazer uma oferta de preço, quem sabe me surpreendem? Em todo caso preciso de alguns dias...Digamos uns 30.

Concordaram entreolhando-se e abanaram positivamente as cabeças. Depois pagaram a conta e saíram.

Para negociar, conheça-se do negócio...

No dia seguinte pedi a um velho amigo que viesse novamente avaliar o baú que, por precaução, levara para minha casa. Queria ter certeza do valor. Também consegui com outro amigo meu que lhe tirasse uma chapa de raios x. Ele trabalha num hospital perto do bar. O primeiro me disse que a peça era realmente uma imitação muito bem feita, incluindo madeira envelhecida, obra de artista que deveria ter tido acesso ao baú original, no Cairo, tal a riqueza de detalhes e das medidas. Não eliminou a hipótese de aquele baú ter sido feito com a intenção de falsificar e vendê-lo a bom preço. A radiografia mostrou algo impressionante de tão pequeno e complicado. Foi por isso que no dia seguinte o baú já estava de volta ao Bar do Chopp Grátis, no mesmo lugar da prateleira onde sempre estivera, por cima do kilim. Porem faltava-lhe algo que nem o melhor conhecedor de antiguidades ou com vista mais apurada poderia identificar.

Uma visita noturna inesperada

Passei duas semanas tentando saber tudo sobre chaves. Chaves de cofres e de bancos. A radiografia revelara um pequeno encaixe de madeira num dos lados do baú, perfeito, que escondia uma pequena cavidade com uma chave. A peça que liberava o encaixe era uma pequena haste vertical que se puxava desde o topo da lateral,e por ficar debaixo da tampa nunca ficava visível. A chave parecia ser adequada a pequenos cofres de bancos destinadas a guardar pertences de clientes. Mas qual Banco? Em que país?
Retirei a chave e devolvi o baú para a prateleira do Bar assentando-o sobre o Kilim.
Tive que explicar a Gamal e aos outros três familiares, que continuavam visitando o Bar, que a pessoa que verificaria o valor do baú estava de viagem e que a aguardava a qualquer momento. Estranhei que as senhoras não tivessem voltado ao bar, e que em vez disso, em outra mesa tivessem aparecido dois sujeitos com aspecto de seguranças. Comecei a pensar seriamente em me cuidar.
Uns dias depois, ao chegar em casa, tive uma surpresa. No hall vi um senhor de idade, sentado confortavelmente no sofá, conversando com o porteiro. Quando entrei os dois olharam para mim. Impossível não reconhecer o Radamés apesar da idade. Demo-nos um grande abraço.

Operação resgate

Recordamos os velhos tempos por instantes, enquanto subíamos ao meu apartamento. Depois, tomando um par de anises e outro de "amêndoa amarga", meu amigo egípcio me contou a sua história, desde que saíra do Egito para o Brasil em 1956 por causa da invasão franco-britânica-israelense, até a revolução de 2011 que o trouxera de volta novamente. Perguntou-me se tinha encontrado alguma coisa estranha no baú. Contei-lhe sobre Gamal e Amilah, os dois casais e os seguranças, e a chave, que lhe entreguei. Contei também sobre minha pesquisa e a intenção de encontrar o cofre que ela abriria dada a ausência do amigo há tantos anos. Então me convidou para um passeio na manhã seguinte, mas pediu-me que o encontrasse no centro da cidade por volta das 10 horas da manhã nas escadarias da igreja da Candelária, no portão principal, e que tomasse varias conduções para despistar possíveis intrusos. Avisou-me que não deveria ter confiança na família dele por terem diferentes preferências politicas e religiosas, e por serem muito ambiciosas. Gente perigosa, acrescentou. Contou-me também, em pormenores, como ficara rico e tinha uma boa fonte de aposentadoria.

No dia seguinte chamei três táxis e pedi o numero das placas ou do veiculo: um táxi normal, dois pela Uber, marcando local e horários para me pegarem, descrevendo minha roupa. O ultimo era de um amigo meu que costumava me apanhar quase todos os dias. No horário marcado sai do meu táxi e entrei no carro de Radamés que já me esperava. Fomos a um Banco famoso ali perto, em pleno centro. A chave abria um cofre de particulares do Banco. Radamés foi até os cofres, abriu o seu. Fiquei a uma certa distancia para lhe garantir a privacidade e vi quando ele tirou um pequeno saco de veludo preto do bolso e transferiu alguma coisa para ele, e o colocou no bolso do casaco. Depois virou a gaveta do cofre e a despejou numa bolsa de plastico preta de supermercado. Deixou a chave dentro da gaveta, em cima da mesa e saímos.

Alegria e tristeza em despedidas

O carro esperava-nos na saída. Já dentro, Radamés pegou a bolsa preta, do tamanho de meu punho cerrado, e a colocou nas minhas mãos dizendo: - Fique com o baú e com isto. Há coisas que apenas a amizade não pagam. Tenho mais que o suficiente. Lembre-se sempre de mim. Você estará sempre em meus pensamentos e em meu coração. Pela idade que temos pode ser que seja esta a ultima vez que nos encontramos. Foi assim que em menos de 24 horas tinha tido o prazer de reencontrar o amigo, e o tinha perdido novamente. Ele me deixou na porta do edifício de meu apartamento já passava do meio dia. Quando puxei os cordões do pequeno saco preto vi aqueles brilhos ofuscantes e nem pensei duas vezes. Fui ate o armário das garrafas a que chamo de adega, enchi um copo de Bourbon, e tomei de uma talagada só. Aquilo dentro do saco de veludo eram diamantes dos graúdos e médios. Uma fortuna considerável.

A ultima despedida


No dia seguinte voltei ao Bar. Lá estavam Gamal e Amilah e os dois seguranças. Disse-lhes que o bau tinha sido avaliado e que por ser uma peça incomum e muito bem feita, poderia valer uns 10.000 dólares. Fomos ate meu escritório no Bar. Eles acharam o preço excelente. Amilah tirou da bolsa um pacote e meio de notas de dólar e me ofereceu como pagamento. Quinze mil dólares. Disse-me que minha afeição pelo baú, depois de tantos anos, deveria ser maior do que o valor sentimental deles, no que, interiormente, pensei que deveria ser a pura verdade. Vendi-lhes o baú.

Não existe coisa mais frustrante que quereremos agradecer a alguém e esse alguém estar indisponível. Onde encontrar Radamés para lhe agradecer? Encontrei-o nas paginas do jornal dois dias depois. Fora encontrado morto em seu apartamento de luxo na zona sul do Rio de Janeiro. Liguei para a policia federal, contei o caso sem mencionar a ida a Banco nem a chave do cofre, e descrevi os suspeitos baseado na historia que Radamés me contara.

Uns dias depois os seguranças apareceram com Gamal e Amilah no Bar. A policia apareceu também, surgida do nada. Houve tiroteio acirrado e os dois seguranças tombaram mortos na porta de entrada que fica ali perto, no Blogger. Gamal e Amilah foram presos. Perguntei aos policiais a razão do tiroteio. Disseram que era uma quadrilha que agia no trafico internacional de diamantes. As noticias dos jornais no dia seguinte confirmaram, acrescentando que os diamantes haviam sido recuperados.

Nem todos, mas isso somente eu sabia. Fui despedir-me de Radamés pela terceira vez em meu apartamento, tomando meia garrafa de "amêndoa amarga" que me custou mais um dia seguinte de ressaca.

Rui Rodrigues

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Confidentes, inconfidentes, uma questão de semântica?


Apenas uma questão de semântica?...


Ser confidente significa confiar segredos, contar intimidades, fazer-se confissões reservadas em confiança, ou com quem de hábito se conversa privadamente...

Então talvez, apenas talvez, os "inconfidentes" de Minas gerais tenham sido na verdade,Confidentes (entre si). Um só que teria cometido a inconfidência de delatar os demais, numa época em que o imposto era de míseros 20%, na verdade um pixuleco, e nem se cogitava de "delação premiada" de forma legal.


Isto posto, e aproveitando que os impostos são agora dos "cinquentas - ou meios - dos infernos" e já existe a delação premiada, perguntar se existe a possibilidade de fazer uma "confraria da confidencia" para que, mesmo aos trancos, barrancos e precalços, possamos descalçar estas botinas com grilhões que não nos deixam caminhar para a Ordem e para o Progresso...

E dependendo sempre do angulo sob o qual El-Rei analisa os fatos, sempre pode ser uma confidencia ou uma inconfidência...

Delcidio deveria trabalhar no convencimento de confidentes a acabar com os "cinquenta impostos do inferno", basear-se no "Libertas Quae Sera Tamen", e ajudar a acabar com o PT & Associación de Ladrones...


Rui Rodrigues

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Os sorteios do STF e o Delcidio Coletivo



Os horários e dias de sorteio dependem do oportunismo politico, na base do "não das não levas...", olho por olho dente por baço" , "dando se recebe" . A justiça politica...

- Quem solta o Delcidio?
- Quem isenta o Aécio?
- Quem isenta o Calheiros?
- Quem indicia o Cunha?
- Quem solta o Fernando Moura?
- Quem isenta o Fernando Baiano?
- Quem solta o Vaccari?

(depois de muitos sorteios de prende, solta , segura, etc)

- Quem propõe os nossos aumentos ?
- Vamos ter Delcidio Coletivo?
- Quem segura o Palhaço???

Palhaço é o povo brasileiro....O Barbosa já saiu pra não dar delação premiada.


Se for sempre o mesmo a soltar, indiciar, isentar, vai dar nas "pinta".... Um dia o STF terá 300 juízes para poderem se dedicar e ajeitar melhor... A OAB quer participar também... Afinal... A fama obriga...

Rui Rodrigues

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Lisboa - Os enterros e a Baixa




A industria dos "enterros"

Primeiro nos embarcam num bote de madeira lacrada em nossa primeira viagem para o outro mundo... Depois, quando acham que voltamos, recolhem os restos - que são bem poucos, uma meia duzia de ossos - e os empacotam numa barqueta também de madeira lacrada para eles não fugirem. Um dia nem se sabe a razão, resolvem queimar os incomodativos ossos guardados. São então guardados num pequeno vaso que pode ser de qualquer coisa e guardado em qualquer lugar...E sempre "a pagar". 


Prefiro começar pela ultima etapa ou jogarem minhas aproveitáveis e recicláveis carnes no oceano. No Pacifico ou em qualquer outro mais agitado e violento.

Exemplificando como na foto, numa trasladação dos ossos de uma senhora que ficou famosa... Faltaram as flores e o padre e a policia deveria estar por perto, não vão roubar alguma coisa de valor que possa ser vendido na Sotheby`s. Muda muita coisa neste mundo, mas certos modismos, a que chamam de tradição, não...Mudar a paisagem da Baixa de Lisboa parece ser mais fácil...



Reformulação paisagística e arquitectonica da "Baixa" 

A famosa "Baixa" de Lisboa pode ficar sem lojas de comércio e já não é uma zona residencial... Então... O futuro deve ser de "derruba tudo e constrói de novo".

Pensando bem, o lugar nem serve para passagem de um lugar a outro. Quanto menos "Marquês de Pombal" melhor... Pena perder-se a arquitetura do lugar, mas como se tem vindo a fazer com tantos outros imoveis pais afora, podemos imaginar que também se perdeu no terremoto de 1755... As gerações futuras nem se preocuparão em perguntar: 

-Ó mãe... O que é que era isto aqui antes de ser o que é? É dantes ou pós-cavaco?

(Estarão ocupados com seus eletrônicos de mão, e nem saberão quem foi o Cavaco Silva. Eu nem quero saber. 

E a paisagem nem importa muito, afinal... As virtuais são muito mais bonitas e acessíveis, sem precisar enfrentar transito pra ir lá e ainda ter que gastar dinheiro pra comer algum coisa ou ser-se assaltado. Talvez até a criança perguntadeira  nem saiba o que é uma "mãe")

Que tal manter os prédios e adaptá-los para um empreendimento de shoppings, estacionamentos e escritórios, com residencias de apoio, com muitos verdes e laminas d`água limpa que a do Tejo nem tanto?

Rui Rodrigues 

Meu lap-top, que já foi de moda, tem "teclado inglês".