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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Preparem-se para a economia de final de século e para a do século XXII.



Economias medievais aumentam os impostos, taxas de juros e cortam nos gastos públicos no que é mais caro e fundamental: Nos serviços. Isto estrangula a economia e gera inflação por falta de confiança nesses governos. A sensação é a de que é preciso se prevenir para tempos futuros, cobrar mais por segurança, segurar o capital de giro, que por inerte não gera mais empregos, diminui a arrecadação de impostos. Aqui termina qualquer esperança comunista. É impossível mudar o ser humano e pela força não vai mesmo. Por força se pode entender uma tal de “Pátria Educadora”, que, a exemplo dos livros vermelhos de Mao Tse Tung tentou em vão moldar uma sociedade comunista na China. O homem não pe comunista por natureza. Odeia isso, perder a sua individualidade, ter que se nivelar por baixo. Prefere arriscar, a apostar em sua capacidade na vida, mesmo que isso lhe custe a vida. É a lei da natureza, que evolui e permite que cada um evolua como pode e consegue.  



Já há fortes sinais de comportamento da economia mundial para o final do século. Vejamos apenas alguns:


1.  Quem já foi á Suíça e a Paris sabe. Não há cobradores de bilhetes nos transportes públicos. Há muitos anos. Essa mão de obra foi drasticamente reduzida a uma meia dúzia de fiscais eventuais. A população paga sua passagem e retira o seu ticket antes de entrar a bordo, em qualquer ponto do percurso. O dinheiro economizado com a mão de obra beneficiou o sistema com larga vantagem. Mas como postos de trabalho foram cortados, a população não aumentou. Nada de ter filhos para ficarem desempregados. Isso é educação. Assim como para ir para o céu são poucos os que passam pelo buraco da agulha, também para viver neste planeta não há lugar para um numero infinito que independa de nossa falta de educação em ter filhos porque não nos prevenimos com camisinha ou anticoncepcionais. As recomendações de chefes de igrejas não são humanistas. São idiotas, nada científicas, carecem de “pensar”. Visam uma clientela que em vez de crescer fia cada vez menor. Os que pensam já não vão a esses templos.


2.  Criadores de gado encontravam mão de obra barata, e também plantadores, cultivadores. Então vieram a máquinas e os postos de trabalho desapareceram quase por completo. É tudo mecanizado. A mão de obra agora é mais qualificada reservada a um universo muito limitado de serviço pesado de manutenção de equipamentos, coleta de materiais no campo, manutenção de instalações. Mesmo assim, é muito mais barato, maior a produção, menor o desperdício.Já se usam helicópteros para tocar gado na Austrália.


3.  As fábricas chegavam a ter milhares de empregados, fazendo de tudo. Desde a limpeza até serviços de acurada e científica tecnologia, como soldagem, montagem, instalações elétricas e eletrônicas. Então chegaram os robôs que fazem de tudo a muito menos que micro-milímetros de precisão, com uma perfeição assombrosa. Quase nem precisam de manutenção, não comem, não reclamam, não pedem aumento de salários. Pedem para serem substituídos por robôs mais eficientes. A mão de obra foi reduzida a técnicos que cuidam dos robôs. Um dia serão robôs cuidando de robôs. A jornada de trabalho será drasticamente reduzida. Sobrará mais tempo para a diversão, o compartilhar a vida com a família, mas as populações deverão ser drasticamente reduzidas. Não cabemos todos dentro das fronteiras, nem fora delas, onde devem existir as matas, as florestas, os rios, a natureza.


4.  Já ouvimos muito falar de “carne de canhão”. Generais mandavam na guerra, tal como Napoleão que ganhou até ser vencido por duas vezes de forma catastrófica. Hitler foi outro. Seus soldados eram “porcos” substituíveis, por mais que sua dialética fosse contrária. “Amavam” seus soldados, mas mandavam-nos como lhes aprouvesse, para frente da batalha, enfrentando canhões e minas terrestres, bombas e bombardas, de peito aberto, muitas vezes de improviso sem planejamento. Quando as economias nacionais estavam em severa crise, inventava-se uma guerra, e os “esforços” de guerra eram suficientes para pagar aos soldados, às custas da fome generalizada do resto da população, cupons de racionamento. Hoje as populações reclamam seus mortos. Guerra já não é solução, mas o problema é que ainda há tanta ignorância grassando pelo mundo que alguns dirigentes de nações preferem correr riscos futuros que entregar o poder que tanto lhes dá de vaidades, prestigio e fortuna. São ditadores que usam a democracia como conivente. Hoje se usam “drones” e muitos mais se usarão no futuro. Foguetes antifoguetes, drones antiaviões, drones de ataque, de defesa, submarinos não tripulados, porta-aviões cheios de drones controlados por satélites, satélites anti-satélites... Jogos de computador mortais. Chegará o dia de soldados-andróides contra andróides-soldado, ou andróides contra andróides. A família assistirá confortavelmente em casa como se fosse um jogo de computador, e se seu país perder, pode perder muitas coisas, mas não a vida nem o conforto. O mundo seguirá. Haverá coisas mais importantes do que matar carne humana.


5.  Governar é um ato que se diz democrático. Para isso conhecemos os políticos tais como são, porém começamos já a conhecer outros tipos de políticos. Esses vivem nos países nórdicos onde o que interessa é a população e seu bem estar. Vivem em pequenos e exíguos “sala e quarto” pagos pelo estado, têm salário igual aos demais cidadãos, não têm regalias, são exatamente iguais perante a lei e se destinam a trabalhar para o povo, que nem é para o “estado”, porque o Estado, é o Povo. Cumprem ordens do povo segundo assembléias regionais e estaduais que por sua vez se reúnem com o povo. Ninguém tem lugar “quente” nem pe indicado, nem tampouco têm direito a aposentadorias diferentes das dos demais cidadãos. É uma democracia participativa. As representativas se transformam em nossos dias em “sindicatos” de exploradores do alheio que usam a democracia como suporte para as suas vontades. Presidentes de república de democracias representativas, são normalmente coniventes com o poder, são “figuras” a respeitar pela constituição, mesmo que sejam verdadeiros bandidos e ignorantes, chefes de Máfias unidas de partidos políticos.


6.  Em suma, este planeta onde vivemos será “zoneado” a exemplo da “Carta de Atenas” que zoneou cidades, e as fronteiras políticas sofrerão acomodações. Na carta de Atenas definem-se regras para cidades, separando zonas industriais de zonas comerciais, residenciais, estabelecem-se parâmetros para largura de vias, testada de edifícios. Face à carta de Atenas, Nova York é um desastre arquitetônico. Nova York mudará de estilo, muitas ruas desaparecerão para deixar entrar o sol. Europa e Norte América, bem como alguns países da América do Sul não crescem tanto como antigamente. Hoje o crescimento mundial está limitado à África e à Ásia por total falta de controle de natalidade. Esse crescimento exige mais comércio, mais industrias, mais culturas, porque é preciso dar trabalho a cada vez mais gente, para que possam comprar seus alimentos, vestir-se, morar, estudar, pagar despesas com a saúde. A cada ano que passa os Estados cuidam menos dos indivíduos. Não deveria ser assim, porque pode ser diferente, sem ideologias de “Pátria Educadora”. A Pátria não educa. Isso se faz nos lares desde o berço.


7.  Em qualquer família ou sociedade há sempre os que não podem contribuir por problemas de saúde ou capacidade inata. Há também os preguiçosos e os aproveitadores do trabalho dos outros. São todos filhos da pátria e a cada um seu trato pela família e pelo estado. As políticas de estado proporcionarão uma economia estável onde haja trabalho para todos, e uma reserva técnica para tempos mais difíceis. Os impostos serão proporcionais a metas a atingir. Não podem ser os mesmos ano após ano, sem folga para o cidadão, como se estivesse pagando pena. Haverá anos de alívio e anos de maior pressão nos impostos. Podemos ter pressa, mas não podemos tropeçar. Para onde vamos com todo esse progresso?

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8.  Nosso progresso tem um sentido único. Preservar o nosso habitat, o que equivale a preservar o ambiente em que vivemos, estarmos preparados tecnologicamente para mudanças climáticas, porque este planeta não é perfeitamente estável, e capacitados para abandoná-lo quando for necessário sair para outros planetas por absoluta necessidade. É um caminho longo que exige preparação antecipada em milhares de anos. A “terraformação” de um planeta pode levar até milhões de anos. Precisamos descobri-los, estudá-los, viajar até lá, trabalhá-lo para as gerações do futuro. Nossa humanidade não fará escolhas genéticas por indicação de políticos. Se aposta neles para que seus netos e descendentes continuem procriando seus genes, esqueça. Serão os mais capazes, com estudos avançados, num mundo em que a mão de obra pesada e braçal não existirá mais.

Até lá, há um enorme caminho a percorrer. Ano após ano a mortalidade será maior que a natalidade de uma forma geral, através de muitos processos, desde o abandono de populações inteiras, por fome e doenças, até a morte em guerras, processos cruéis, até que a população se estabilize em uma quantidade de indivíduos que possam trabalhar e produzir o próprio alimento, sem pressões populacionais em debandada de fomes e guerras, ou internamente às fronteiras porque a economia “cresceu” e se deduza que já se pode ter mais de um ou dois filhos por casal.
É possível que estejamos perdendo a nossa sensibilidade a catástrofes humanas, mas há que nos perguntarmos até que ponto não é necessária. Nosso coração e a bondade que nele existe está percebendo que não podemos socorrer a todos. Estamos numa fase de evolução, talvez uma Idade Média, da qual se espera que possamos emergir numa nova Renascença. 

Somos assim...Aos altos e baixos mas sempre subindo.Nossa humanidade é um fenômeno extremamente doloroso da natureza!


® Rui Rodrigues.    

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