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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Descansa em paz, meu amigo...


Nenhum texto alternativo automático disponível.Quando cheguei ao Brasil conheci o cunhado do dono de uma sapataria em frente da alfaiataria de meu pai. Ele era sócio do cunhado. Ele tinha uma Aero Wilys azul e eu andava a pe e em transportes públicos. Fizemos amizade, namoramos duas irmãs, ele casou com uma e eu não. Nunca deixamos de ser amigos. A vida nos separou, e voltou a juntar-nos num condomínio da Tijuca por um par de anos, tremenda coincidência. Os tempos que passamos juntos, o lufa-lufa de construir famílias, os ventos da vida que nos empurram, fazem parte de minhas melhores memórias, que não sei o que fazer com elas, porque me parece que memorias também morrem... Basta sair por ai fazendo perguntas...

Em 2015 ainda nos vimos e comprei-lhe dois pares de sapatos que ainda tenho, mas nem uso porque deixei de usar ternos...

Descansa em paz, meu grande amigo, Manuel Pinho Santos, desde os tempos em que nossos pais ainda eram vivos... Somos daqueles poucos que têm tudo para se orgulhar, nada para execrar!

Rui Rodrigues

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