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quinta-feira, 13 de abril de 2017
Como tudo se une no senso de justiça...
Não a vemos, mas é consolidada, uma ilusão real, um paradoxo que não o é!!!
Tudo parece mas não é!!!
Como o Inca... Um dia de chuva, abre as cortinas da janela e olha para baixo. Machu Picchu parece ter despertado como se alguém a tivesse desperto. Sua virgem estava na janela, pronta para ser deflorada. Não tinha mais que quinze anos. Depois seria sacrificada, o coração arrancado, o sangue bebido enquanto ainda palpitante de amor, para que não pertencesse a mais ninguém, além do Inca, filho único do Sol. Um dia o Inca passou mal, acamou-se doente. O sacerdote que o atendia, a filha antes sacrificada por virgem e bonita, foi enfiando-lhe a faca de obsidiana pelo peito, caminho do coração, e perguntando-lhe se o sacrifício o fazia mais filho predileto do Sol, se lhe dava mais prazer, alegria e vida eterna. E ele urrava de dor. E assim ficou por horas a fio... Ele urrando e o sacerdote urrando. Dois urros diferentes. O Inca já havia se divertido muito. O sacerdote não...
Como o cabo judeu a quem o general lhe dissera: - Vai e leva estes alemães prisioneiros ao campo de prisioneiros mais próximos... E de uma viagem prevista para pelo menos uma hora, em meia hora o cabo havia voltado. Disse ao general que o grupo de prisioneiros alemães havia lhe tomado o rifle e tentado fugir e que tivera de abatê-los com seu revólver automático. O general entendeu, eu entendi e o leitor certamente entendeu. O problema não era a religião do Inca, mas o que se fazia em nome dela.
Como o soldado inglês que tomou conta de Napoleão na Ilha e sabia que o papel de parede era pintado com tintas feitas com chumbo... E preparava as refeições dele com um pedaço de chumbo na panela... Chumbo!!!!... Morreu com muitas dores, muitas mesmo... Parecidas com as que causou com suas tropas tentando ser o dono do Mundo e arredores. Pode ser mórbido o prazer do pequeno em ver a dor do "grande" abusador de poder quando sofre o mal que casou. Essa "morbidez" não é mórbida. É redentora! Dá-nos a exata medida da indignação com que se costura o senso de justiça.
Como o povo brasileiro, quando se der conta do imenso conluio dos deputados e senadores para se unirem em prol da divisão de verbas em seu favor, roubando o povo que contribui com seus impostos, sangue suor e lágrimas... No dia da consciência nacional, haverá choro e ranger de dentes entre os abusadores da Republica. Dirão:
- Deixai-nos ir!!!
- E os deixaremos ir, expulsando-os, mas não haverá pragas nem Maná... Haverá choro e ranger de dentes entre os que exploraram este povo de Deus a sul do Equador, abençoado por Deus, onde fica(va) o Paraíso. Vão de cabeça pra baixo, sangrando como Mussolini, como os que tiveram que sair da Bastilha... Como os guilhotinados!
Como eu! Como nós, sedentos de justiça, de uma justiça que não vemos nem sentimos.
Rui Rodrigues
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