"Apresentaram-se um dia ao rei Salomão duas mulheres que disputavam entre si a posse duma criança. Dizia uma delas:
— Meu rei e senhor, eu e esta mulher morávamos na mesma casa, e cada uma de nós tinha o seu menino de tenra idade. De noite morreu-lhe a ela o filho; e, levantando-se em silêncio, trocou-o pelo meu, que está vivo. Quando me levantei e fui ver o berço, encontrei o menino morto, mas reconheci logo que não era o meu. Dizia a outra:
— Não é verdade o que esta mulher conta. O menino que morreu era o dela; o meu é o que está vivo. Tornava a primeira:
— É falso! O vivo é meu, e o morto é que é o teu.
E não havia maneira de se entenderem.
Depois de as ouvir, mandou Salomão a um oficial da corte que lhe trouxesse uma espada, e disse às mulheres que apresentassem o menino vivo.
— Quereis então que eu resolva a contenda... —disse o rei. — É fácil. Parte-se o menino ao meio e dá-se metade a cada uma.
—Meu Senhor e Rei! — exclamou aflita a que primeiro falou. — Peço-vos que não mateis o menino. Antes quero que o deis vivo a essa mulher!
Dizia, porém, a outra:
— Então tu queres saber mais do que o nosso rei? O melhor é dividir o menino, para não ser meu nem teu!
Salomão deu logo a sentença: — Não mateis o menino. Dai-o à mulher que não quer que ele morra. É ela a verdadeira mãe, pois que lhe tem amor."
Por vezes é necessário renunciarmos ao que mais queremos (nossos filhos ou o poder) para que vivam.... Bashar Al-Assad, Dilma e Lula não renunciam a nada. Não amam seus filhos
Rui Rodrigues
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